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20 de nov. de 2015

4º Trimestre de 2015 - LIÇÃO DE Nº 08 - 22/11/2015 - "O INÍCIO DO GOVERNO HUMANO"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 08 - DATA 22/11/2015
TÍTULO: “O INÍCIO DO GOVERNO HUMANO"
TEXTO ÁUREO – Rm 13.1
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Gn 9.1-13

PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO








I - INTRODUÇÃO:



A dispensação do Governo Humano - Gn 8.5 a 11.19.



A duração desta dispensação foi de 427 anos, desde o tempo do dilúvio até o dia da dispersão dos homens sobre toda a superfície da terra - Gn 10.25; 11.10-19.




II - A ALIANÇA DE DEUS COM NOÉ:



Gn 8.20-22; 9.9-17 - Logo após sair da arca que o salvou das águas, Noé se aproximou de Deus levantando o altar, com o sacrifício de sangue. Deus atendeu a Seu servo, concedendo-lhe os termos de uma nova aliança com o homem. A primeira cláusula continha três provisões.



(1ª) - Deus não amaldiçoaria mais a terra.



(2ª) - Deus não mais feriria todo o ser vivente, como acabava de fazer.


(3ª) - Enquanto durasse a terra, haveria sementeira e ceifa, dia e noite, frio e calor, verão e inverno - Gn 8.21-22,



Como sinal de que não mais destruiria a terra por água, Deus fez aparecer o arco-íris. Foram instituídas duas mudanças na natureza:



(1ª) - O medo do homem foi instilado nos animais, facilitando dessa maneira o domínio do homem sobre eles.



(2ª) - Apresentada a dieta de legumes, foi dada a carne para comer, havendo apenas uma restrição: O sangue do anima seria retirado antes.




III - A INSTITUIÇÃO DO GOVERNO HUMANO:



No século antediluviano não havia nenhum governo humano. Todo homem tinha liberdade para seguir ou rejeitar qualquer caminho.



Mesmo rejeitando o Caminho, não havia refreio contra o pecado.



O primeiro homicida, Caim, foi protegido contra um vingador - Gn 4.15,



Sucessivos homicidas, (Lameque, por exemplo), exigiram semelhante proteção - Gn 4.23-24.



Os homens, durante séculos, haviam abusado do amor e da graça de Deus e gastaram seu tempo entregues a toda qualidade de pecado e de vícios.



Após o dilúvio, o Caminho, o único Caminho para a vida eterna, ainda permanecia aberto diante deles, e cabia-lhes o direito de aceitar ou rejeitá-lo. Mas, se o rejeitassem, continuando desobedientes às leis divinas, eram passíveis de punição imediata por parte de seus contemporâneos, pois Deus instituiu um governo terrestre que serviria de freio sobre os delitos dos ímpios. A ordem divina está em Gn 9.6.



A pena capital é a função de maior seriedade do governo humano, e uma vez que Deus concedeu ao homem essa responsabilidade judicial, automaticamente todas as demais funções de governo foram conferidas.



O governo humano assim constituído, exercendo a prerrogativa da pena capital, foi e é sancionado pelo próprio Deus como meio de deter os desobedientes - Rm 13.1-7; I Tm 1.8-10.



A investidura dessa autoridade e responsabilidade no homem foi uma novidade do novo pacto de Deus com os homens, após o dilúvio.



É notável que desde o tempo de Noé nunca mais tem Deus tratado com alguém que represente a raça humana em sua totalidade entregando-lhe novos termos duma aliança afeta a toda humanidade. Por isso, desde os dias de Noé e até que chegasse o tempo de Deus dar novas leis à humanidade, a aliança com Noé continuaria em vigor. Só no milênio, sob o governo de Cristo, haverá outra aliança que substituirá a de Noé.




IV - A GRANDE FALHA NA ALIANÇA COM NOÉ:



O coração corrupto do homem não rejeitou o Caminho da redenção, como também deliberadamente desobedeceu ao mandamento especial que e os homens se espalhassem sobre terra. Antes, começaram a construir cidades e agregar-se. Nimrode, neto de Cão por Cush, foi o primeiro a ser poderoso. O princípio do seu reino foi Babel, mas construiu mais sete cidades - Gn 10.10-11.



O governo humano foi instituído por ordem divina, mas o Imperialismo de Nimrode e de outros daquele tempo já era diferente, sendo um plano de satanás que visava unir o mundo e fazer guerra contra o Senhor Jesus Cristo - Apc 16.14; 19.19.



Mesmo em tempos tão remotos os homens uniram-se para fazer planos para não se espalharem, planos pelos quais poderiam fazer para si um nome - Gn 4.17; 11.4.



O ponto alto desses planos para engrandecer o nome do homem foi a construção da Torre de Babel nas planícies de Sinear (Mesopotâmia), torre que imaginavam chegaria até o céu (Gn 11.4; II Tm 3.1-4; Sl 49.11-13.




V - O JUÍZO - A DISPERSÃO:



Novamente a Trindade conferenciou entre Si - Gn 3.22; 6.7. O Juízo sobre essa geração ímpia foi determinado - Gn 11.5-7. Veio na forma de confusão de línguas, tornando-se o meio utilizado por Deus para obrigar os homens a se espalharem sobre a superfície da terra. Serviu para refrear o seu caminho pecaminoso e suas ambições carnais. Só durante a grande tribulação virá a plena medida de juízo sobre o mundo pós diluviano.



Convém observar que esta diversidade de línguas que resultou, não foi porque os homens se espalhassem cada família para região diferente, e, sim, foi a confusão de línguas que provocou a dispersão - Gn 11.6. Foi uma intervenção milagrosa da parte de Deus que produziu a grande diversidade de centenas ou milhares de línguas.



Em contraste  com o fenômeno citado no parágrafo anterior, temos no Capítulo 2 do Livro de Atos dos Apóstolos, a miraculosa concessão do dom de línguas no Dia de Pentecoste, cujo grande alvo era espalhar as bênçãos do Evangelho a toda criatura em todas as partes da terra. Podemos ainda concluir que, sendo a diversidade de línguas em forma de juízo sobre o homem, uma vez que todos aceitarem a Jesus como Redentor e o pecado for afastado, então haverá uma só língua pura sobre a terra - Sf 3.9.



A dispersão aconteceu cerca de 100 a 300 e poucos anos depois do dilúvio, PROVAVELMENTE, nos dias de Pelegue - Gn 10.25; 11.16-19. É impossível estabelecer com exatidão em que data isso teria acontecido, pois Pelegue viveu 340 anos. Mas, certamente foi por volta do ano 2000 antes de Cristo. A dispersão não significou o fim da dispensação do governo humano, pois a mesma vigorou até a chamada de Abraão - Gn 12.1.



Como terminou essa dispensação? Será que os homens tornaram-se mais santos?



Apesar das restrições impostas por Deus, e a instituição de governo, os homens seguiram o caminho e o espírito de Caim. Venceram o obstáculo da diversidade de línguas, e, ajuntando-se em alianças, estabeleceram o imperialismo - Gn 14.1-9.



O Senhor Deus ainda tolerará esse imperialismo até o mesmo chegar ao seu apogeu na pessoa do anti-cristo - Dn 2 e 7. Então, como nos dias de Noé, visitará este mundo com o castigo terrível que será a grande tribulação, e marcará o fim do presente século pós-diluviano.




VI - CONSIDERAÇÕES FINAIS:



O governo humano é uma instituição divina. Foi criado pelo Senhor objetivando levar a civilização a cumprir seus objetivos, até que o Seu Reino seja instaurado entre nós através de Jesus Cristo, Seu Filho.



Enquanto isso, todos somos exortados a obedecer aos mandatários e governantes, desde que estes não baixem leis que contrariem à Palavra de Deus, que está acima de todas as legislações humanas - At 5.29.



FONTES DE CONSULTA E PESQUISA:

O Plano Divino Através dos Séculos - CPAD - N. Lawrence Olson
Lições Bíblicas CPAD - 4º Trimestre de 2015 - Comentarista: Claudionor de Andrade