COMENTE

Caro Leitor,

Caso queira, na parte final de cada um dos Subsídios, você tem a liberdade de fazer seu comentário. É só clicar na palavra "comentários" e digitar o seu. Não é preciso se identificar. Para isto, após o comentário, click em "anônimo" e pronto. Que Deus continue abençoando sua vida, em nome de Jesus.







29 de set. de 2014

4º TRIMESTRE DE 2014 - LIÇÃO Nº 01 - 05.10.2014 - "DANIEL, NOSSO CONTEMPORÂNEO"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 01 - DATA: 05/10/2014
TÍTULO: “DANIEL, NOSSO CONTEMPORÂNEO”
TEXTO ÁUREO – Mt 24.15
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Dn 1.1-2; 7.1; 12.4

PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/









I - INTRODUÇÃO:




Neste trimestre, estudaremos Daniel, livro maravilhoso, cheio de revelações sobre "as coisas que estão por vir". Nesta primeira lição, veremos como ele está estruturado, e aprenderemos a respeito da pessoa de seu autor.





II - O LIVRO DE DANIEL:




(1) - Estrutura do livro - Este livro contém 12 capítulos e 357 versículos. Ele pode ser dividido em duas partes:




(a) - Parte histórica, que compreende os capítulos l a 6, registra acontecimentos presenciados por Daniel na Babilônia, inicialmente, sob o reinado de Nabucodonosor (cap. l a 4), depois, no governo de Belsazar (cap.5), e, finalmente, seu milagroso livramento nos dias de Dario, o medo (cap.6).




(B) - Parte profética, que compreende os capítulos 7 a 12, registra as visões que Daniel recebeu de Deus acerca da elevação e queda dos governos humanos, sobre o destino do povo de Israel, em relação à dominação das nações gentílicas, e o futuro dos judeus no plano de Deus. "O Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens, e os dá a quem quer" (Dn 4.32b).




O livro de Daniel é chamado de o "Apocalipse do Antigo Testamento".




Esta divisão é meramente didática, uma vez que, na chamada parte histórica, estão registrados episódios nos quais Daniel interpreta sonhos e visões de conteúdo eminentemente profético.




(2) - Autoria do livro - O autor do livro é o profeta Daniel. A moderna crítica teológica rejeita unanimemente esta autoria, apesar da informação contida no próprio texto (Dn 7.1; 8.2; 9.2), e da informação de Jesus, sem dúvida, o maior teólogo de todos os tempos. Ele citou em seu sermão escatológico o profeta Daniel (Mt 24.15).




Esta "moderna" teologia, que não acredita na existência da revelação profética pelo Espírito Santo, atribui a autoria do livro a um autor desconhecido que teria vivido por volta de 163 a.C.




O espaço não nos permite analisar detalhadamente todos os argumentos que estes teólogos apresentam, e ficamos com o testemunho do próprio livro e com a sanção do Senhor Jesus, de que o profeta Daniel é o autor deste livro.




O livro foi escrito na Babilônia, durante o período da vigência do cativeiro babilônico.





III - DANIEL, O AUTOR DO LIVRO:




(1) - Quem foi Daniel? - Sobre o autor do livro, o profeta Daniel, sabe-se apenas aquilo que está relatado no livro por ele escrito. A Bíblia não registra o nome de seus pais, mas diz que pertencia à nobreza, era da linhagem real (Dn 1.3). Ele e seus três amigos, Hananias, Misael e Azarias, eram jovens de boa aparência, instruídos, bem educados (Dn 1.4), mas, sobretudo, servos de Deus, com profundas convicções (Dn 1.8).




Daniel foi contemporâneo dos profetas Jeremias e Ezequiel.




(2) - O cativeiro babilônico - No ano de 605 a.C., no terceiro ano do reinado de Jeoiaquim sobre Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, fez o seu primeiro ataque a Jerusalém. Sitiou a cidade e levou para a Babilônia vasos sagrados da casa do Senhor (Dn l.1,2; 2 Cr 36.4-7). Nessa ocasião, levou alguns judeus cativos, entre os quais, Daniel e seus três amigos (Dn 1.3). Estes foram, por ordem do soberano, escolhidos, para viverem no palácio, a fim de que fossem ensinados nas letras e na língua dos caldeus, para que, posteriormente, pudessem estar diante do rei, a seu serviço (Dn 1.4,5).




Posteriormente, Nabucodonosor atacou Judá mais duas vezes.




(3) - A cidade de Babilônia - Foi propósito do rei Nabucodonosor fazer da cidade um monumento de beleza. Ficaram famosos os seus jardins suspensos. Ao admirar o esplendor de sua cidade, um dia, Nabucodonosor exclamou: "Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder, e para glória da minha magnificência?" (Dn 4.30). E, por causa de sua soberba. foi castigado por Deus.




Babilônia era um grande centro de idolatria. Havia na cidade mais de 2000 deuses. O principal era Merodaque, contra o qual profetizou Jeremias (Jr 50.2). Havia na cidade 55 templos dedicados a este deus. Neste ambiente idolátrico, longe de sua pátria, os judeus, chorando de saudade de Sião, penduraram nos salgueiros as suas harpas (Sl 137.l,2).




Veremos, a seguir, como Daniel conseguiu manter-se fiel a Deus.




IV - DANIEL, EXEMPLO PARA OS CRISTÃOS:




(1) - Deus nos ensina, através do exemplo de seus servos - Deus ensina aos homens de muitas formas. Uma delas é através da maneira de quem vive uma vida de acordo com a Sua vontade.




O maior de todos os exemplos é o de Jesus, a expressa imagem da pessoa de Deus (Hb l.3), que viveu entre nós uma vida modelo, cujo modelo devemos seguir. Ele mesmo disse: "Porque eu vos dei o exemplo, para que como eu vos fiz, façais vós também" (Jo 13.15). Ver, ainda, l Pedro 2.21; l João 2.6.




Paulo escreveu: "Sede meus imitadores, como também eu de Cristo" (l Co 11.1).




Ao escrever a Timóteo, Paulo diz que aquilo o qual lhe havia sucedido, tinha acontecido para exemplo dos que haviam de crer em Jesus, para o vida eterna (l Tm 1.16).




Também Daniel viveu uma vida exemplar, digna de ser imitada. Veremos isso em três diferentes contextos.





(2) - Daniel, um exemplo para os jovens - A Bíblia nada informa sobre quando e como se deu a conversão de Daniel. Mas quando, muito jovem, foi levado cativo para a Babilônia, era já um crente maduro.




(A) - Daniel é um exemplo, por ter buscado a Deus muito cedo na vida - Ec 12.1 - Quem se entrega a Jesus na sua juventude, ganha a salvação, mas também o privilégio de viver toda a sua vida para Cristo! Jovem, faça de Daniel o seu ideal! Entregue a sua vida a Jesus cedo!




Outros exemplos de pessoas que começaram cedo a servir a Deus são Samuel (l Sm 3.l-11), José (Gn 39.2), Davi (l Sm 16.12), e Timóteo, o cooperador de Paulo (2 Tm 3.15).




(B) - Daniel é um exemplo, por ter cultivado uma vida de oração - Isto deu-lhe condições de conservar a sua identidade de servo de Deus, mesmo em uma sociedade pagã. O segredo da vitória de Daniel era o hábito de orar todos os dias três vezes (Dn 6.10), e, assim, quando influências e costumes idolátricos queriam agir para envolvê-lo, tinha poder para reagir e manter-se vitorioso.




Jovem, faça o mesmo! O segredo da vitória para todos nós é permanecermos aos pés daquele que nos amou! (Rm 8.37)




(C) - Daniel é um exemplo, por ter mantido firme o propósito de em tudo obedecer à Palavra de Deus - Quando entrou na escola palaciana, e viu que o cardápio, determinado para ele, entrava em colisão com os preceitos da Lei de Deus, "Daniel assentou em seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei" (Dn 1.8). Com a ajuda de Deus, conseguiu alimentar-se de acordo com a sua consciência. E Jeová o recompensou por sua fidelidade, ao dar-lhe conhecimento e inteligência, em todas as letras; e sabedoria e entendimento, em toda visão e sonhos (Dn 1.17). E, por causa da diferenciada capacidade que Deus lhe deu, Daniel permaneceu diante do rei, para servi-lo (Dn 1.19).




(3) - Daniel, um exemplo para todos os obreiros - Daniel ocupou um elevado cargo, tanto no reino da Babilônia (Dn 2.49; 5.29) como no império persa (Dn 6.1-3). Meu caro irmão, que ocupa uma função de responsabilidade na sociedade, seja em um cargo público, ou em uma empresa privada, tome Daniel como exemplo pessoal.




O que caracterizou Daniel enquanto era alto funcionário?




(A) - Daniel era FIEL - Dn 6.4 - A fidelidade é um adorno que dignifica qualquer servidor, seja em que posição for. O crente deve ser fiel a seus superiores, estejam eles presentes ou ausentes. O cristão precisa ser sincero a seus colegas, e também a seus subordinados. Necessita cumprir os deveres assumidos, e ter firmeza em suas palavras, que devem ser sim, sim, e não, não (Mt 5.37).




(B) - Daniel não tinha VÍCIO - Dn 6.4 - O vício mais comum é a prática da mentira. O crente não pode mentir (Is. 63.8; Ef 4.25). A Bíblia diz que os mentirosos não serão salvos (Ap 21.27).




Outro vício é a desonestidade. O crente deve ser honesto a toda prova (Rm 12.17; I Ts 4.12).




Neemias foi governador em Jerusalém algum tempo. Ele disse que os seus antecessores haviam-se beneficiado a si mesmos, mas ele podia dizer: "eu assim não fiz, por causa do temor de Deus" (Ne 5.15).




(4) - Daniel, um exemplo para os idosos - Mesmo em idade avançada, Daniel deu bom exemplo. Tinha mais de 80 anos, quando foi convocado para interpretar a escrita na parede do palácio, e estava em condições espirituais de fazê-lo (Dn 5.13). Pouco tempo depois, no reinado de Dario, orava três vezes ao dia (Dn 6.10).





V - CONSIDERAÇÕES FINAIS:




A maior bênção na velhice é receber a mensagem que Daniel obteve no final de seus dias: "Vai até o fim, porque repousarás, e estarás na tua sorte no fim dos dias" (Dn 12.13).




No envelhecimento, estaremos mais perto de alcançar o alvo de todo crente: ESTAR PARA SEMPRE COM O SENHOR (l Ts 4.17). E isto é uma CONSOLAÇÃO (l Ts4.18).


FONTE DE PESQUISA E CONSULTA:
Lições Bíblicas CPAD – 3º Trimestre de 1995 – Comentarista: Eurico Bergsten