COMENTE

Caro Leitor,

Caso queira, na parte final de cada um dos Subsídios, você tem a liberdade de fazer seu comentário. É só clicar na palavra "comentários" e digitar o seu. Não é preciso se identificar. Para isto, após o comentário, click em "anônimo" e pronto. Que Deus continue abençoando sua vida, em nome de Jesus.







10 de abr. de 2014

2º TRIMESTRE DE 2014 - LIÇÃO Nº 02 - 13.04.2014 - "O PROPÓSITO DOS DONS ESPIRITUAIS"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL 
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ 
LIÇÃO Nº 02 - DATA: 13/04/2014 
TÍTULO: “O PROPÓSITO DOS DONS ESPIRITUAIS”
TEXTO ÁUREO – I Cor 4.22
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Cor 12.8-11; 13.1-2
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/




I – INTRODUÇÃO:





Os dons espirituais não são para elitizar o crente, tampouco são para sinal de superioridade espiritual. No entanto, muitos estão se utilizando destes dons de forma interesseira e egoísta. As dádivas divinas nos são concedidas pela graça de Deus e devem ser utilizadas com sabedoria e santidade, a fim de que o nome do Senhor seja exaltado e todos os membros do Corpo de Cristo sejam edificados.





II – ERROS ENCONTRADOS NA IGREJA DE CORINTO:




O apóstolo Paulo chamou a Igreja de Corinto de carnal e imatura – I Cor 3.1-3, apesar de ter afirmado que nenhum dom lhe faltava – I Cor 1.7. Era uma Igreja que apresentava os seguintes erros:




(1) - Deploráveis divisões haviam separado a Igreja em facções hostis, despedaçando a unidade em torno da qual todos os que professaram ser irmãos em Cristo deviam estar reunidos – I Cor 3.1-3.




(2) - Dentre seus próprios membros, um deles se tornara culpado de grosseira imoralidade e de gravidade tal que nem mesmo a devassa sociedade daquela cidade pagã teria tolerado, mas, não obstante, a congregação não impusera disciplina ao ofensor, expelindo-o de sua comunhão – I Cor 5.1-13;




(3) - Membros da Igreja viviam arrastando uns aos outros perante os tribunais seculares dos pagãos para solução de disputas surgidas entre eles, em lugar de resolverem suas querelas no espírito do amor cristão, dentro da própria comunidade – I Cor 6.6-8.




(4) - Alguns membros vinham cometendo fornicação com prostitutas, procurando justificar tal conduta com o argumento de que apenas o corpo era envolvido e que os feitos do corpo são inconsequentes para a alma – I Cor 6.13-20.;




(5) - A Ceia do Senhor, que deveria ser uma expressão de amorosa harmonia, havia degenerado em irreverência, glutonaria e comportamento desatencioso – I Cor 11.33-34;




(6) - Havia cenas de desordem que nada edificavam quando os membros se reuniam para a adoração pública, especialmente no exercício dos dons espirituais com os quais haviam sido dotados. O apóstolo Paulo sentiu ser necessário relembrá-los que o mais excelente de todos os dons, e que é o que mais deve ser cobiçado, é o dom do amor, à parte do qual, os demais dons são inúteis – I Cor 14.26-40; e




(7) - Um ensino herético que, por negar o fato da ressurreição de Cristo e por realmente negar a possibilidade de qualquer ressurreição dentre os mortos, feria a própria Pedra de Esquina da fé Cristã, e que lamentavelmente conseguira muitos adeptos na Igreja de Corinto – I Cor 15.




Com este relato, aprendemos que as manifestações dos dons espirituais na Igreja local não são propriamente indicadoras de seriedade, espiritualidade e santidade. Uma Igreja onde predominam os erros acima descritos, nem de longe pode ser chamada de espiritual, e, sim, de imatura e carnal.





III – O PROPÓSITO DOS DONS:




Deus nunca faz algo que não seja necessário. Cada coisa que Ele fez, cada ser que Ele criou, tem uma razão de ser e tem uma função útil para cumprir. Podemos ter certeza que os dons espirituais que Ele tem distribuído não são supérfluos; têm um propósito importante. Se descobrirmos este propósito, compreenderemos melhor o que Deus quer de nós, e saberemos como usar os dons que possuímos.




Leiamos Ef 4.12 e meditemos:




(1) - Considerando esta passagem bíblica, aprendemos que Deus deu estes dons “querendo o aperfeiçoamento dos santos”. Vejamos:




(1.1) - Esta é a única vez que a palavra “aperfeiçoamento” aparece no NT, porém o verbo correspondente é usado 13 vezes.




(1.2) - Mateus o usou quando disse que Tiago e João estavam consertando as redes (Mt 4:21). O verbo traduzido “consertando” é da mesma raiz que o substantivo traduzido “aperfeiçoamento” em Efésios 4.




(1.3) - O mesmo verbo é traduzido “encaminhar” nas palavras de Paulo aos Gálatas: Gl 6:1.




(1.4) – Este verbo também foi traduzido pela palavra “preparar” na carta aos Hebreus: Hb 10:5.




O que foi expresso acima nos ajuda a entender o motivo por que Deus deu estes dons: ELE QUER O APERFEIÇOAMENTO DOS SANTOS — isto é, “consertados” (recuperados); “encaminhados” e “preparados” para o Seu serviço.




(2) - A segunda parte do mostra o alvo desta preparação ou restauração ou recuperação: É PARA A OBRA DO MINISTÉRIO. A palavra “ministério”, simplesmente significa serviço. Deus quer preparar cada um que crê para servir o Seu propósito, e o meio que Ele usa para preparar os salvos é pelos dons espirituais.




(3) - A última parte do versículo - Ef 4:12 - mostra o alvo de todo serviço: É PARA EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO. Em resumo: O que é dado para os santos deve ser usado pelos santos para a edificação da Igreja – Ef. 4.16.




Assim, o propósito de Deus em dar dons é que esses sejam usados visando a edificação do corpo de Cristo. Estamos usando-os para este fim? Quantas atividades que não edificam são permitidas entre os cristãos! Atividades que agradam a carne, ou alegram a alma, mas não edificam a igreja! Se o fim de qualquer obra não é a edificação da igreja, tal trabalho não é o que o Senhor quer! Leiamos com meditação acerca da edificação da Igreja em I Co 12:7 cf I Co 14:3, 5, 12, 26.




(4) - Ef 4.13 – Aqui podemos observar até que ponto Deus quer que sejamos edificados. Esta edificação deve conduzir-nos à unidade da fé. Isso indica que nós não devemos ficar estacionados. Deus quer que cresçamos, sempre avançando em direção à unidade da fé. O meio que Deus usa para levar os cristãos à unidade da fé é o exercício dos dons espirituais.




(4.1) – “cheguemos... ao conhecimento do Filho de Deus” - A palavra traduzida “conhecimento” significa “PLENO CONHECIMENTO”. Ou seja, Pelo ministério dos dons, Deus quer levar-nos a conhecer o Seu Filho, não só como Salvador da nossa alma, mas como Senhor da nossa vida, e mais ainda, como Aquele que satisfaz plenamente todos os anseios do nosso ser - Fp 3:8, 10.




(5) - Neste mesmo versículo (Ef 4:13) vemos ainda mais um aspecto deste alvo que Deus tem em vista. “... cheguemos... a varão perfeito” - Deus quer que o novo homem seja um homem perfeito, isto é, um homem maduro e responsável. Ele ainda diz que chegar a varão perfeito é chegar à medida da estatura completa de Cristo!




(5.1) - Esta maturidade que Deus deseja para a igreja é apresentada no versículo seguinte, do ponto de vista negativo. Ele quer que “não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente” - Ef 4:14 - Deus forneceu dons à Sua igreja, para que esta não fosse uma igreja infantil, facilmente atraída por qualquer novidade, bem como acrescenta a de um barquinho sendo açoitado por ventos fortes num mar tempestuoso, empurrado pelo temporal, ora para cá, ora para lá. E o vento que sopra, ameaçando desviar-nos da rota certa, é a doutrina falsa!




(5.2) - As palavras que Paulo usa no fim deste versículo 14 mostram, de uma forma impressionante, as forças terríveis contra as quais temos de batalhar: “Pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente”. Notemos os dois substantivos, “engano” e “astúcia”, aos quais Deus ainda reforça com o advérbio “fraudulosamente”.




A palavra traduzida “engano” é “kubia” no grego, literalmente “um dado”, e, portanto, indica astúcia e malandragem. Indica uma tentativa consciente e premeditada de enganar, tendo em vista a vantagem própria. Ele acrescenta que estes enganadores agem com astúcia; é a tradução da palavra grega “panourgia”, que foi usada para descrever a ação daqueles que tentaram o Senhor, perguntando: “É-nos lícito dar tributo a César ou não”. O Senhor, entendendo a sua astúcia, disse-lhes: “Por que me tentais?” (Lc 20:22-23). Paulo também usou esta palavra quando disse aos coríntios: “Temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo” (II Co 11:3).




Estes exemplos nos deixam ver a maldade que se opõe aos propósitos de Deus. Aqueles sacerdotes e escribas planejaram bem o seu ataque, procurando meios de pegar o Senhor com a sua astúcia. Muito antes deles, aquele que os incitou havia agido com a mesma astúcia no Jardim, enganando Eva. E conforme vemos em II Coríntios cap. 11, ele ainda planeja, com astúcia, meios de corromper os sentidos dos cristãos, assim apartando-os da simplicidade que há em Cristo, levando-os a vagar no erro doutrinário.




Os dons foram dados para combater estas artimanhas do diabo, recuperando aqueles que tenham caído, e preparando todos para o serviço que edifica, para que todos sejam um varão perfeito, isto é, maduro e forte.





IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS:





O Senhor tem dado dons a cada um de nós, preparando-nos para servi-Lo. O uso diligente destes dons vai resultar no nosso próprio desenvolvimento e aperfeiçoamento progressivo. Mas o benefício não será somente nosso, pois o uso dos dons resultará na edificação e desenvolvimento do corpo de Cristo. Que possamos permitir que os propósitos de Deus se cumpram em nós.


FONTES DE CONSULTA:


As Grandes Doutrinas da Bíblia – CPAD – Raimundo de Oliveira
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – Editora Vida – Myer Pearlman