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11 de jul. de 2013

3º TRIMESTRE DE 2013 - LIÇÃO Nº 02 - 14/07/2013 - "ESPERANÇA EM MEIO À ADVERSIDADE"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 02- DATA: 14/07/2013
TÍTULO: “ESPERANÇA EM MEIO À ADVERSIDADE”
TEXTO ÁUREO – Fp 1.21
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Fp 1.12-21
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO

e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/




I – INTRODUÇÃO:

Tendo chegado ao fim de suas saudações iniciais, Paulo fornece informações sobre sua situação presente (encarcerado), bem como sobre os resultados desse aprisionamento. Apesar desta adversidade, ficou demonstrado o exemplo da preocupação do apóstolo pela causa cristã e sua suprema dedicação à mesma.


II – SITUAÇÃO ATUAL DE PAULO:

Fp 1:12-14 - Os crentes de Filipos estavam profundamente preocupados com Pau­lo. Nutriam caloroso afeto por ele; sabiam que estava preso aguardando o julgamento.

Paulo sabe o que há na mente dos filipenses, e por isso deseja tranquilizá-los, transmitir-lhes um pouco da confiança que lhe enche o coração enquanto contempla sua própria situação.

O fato do apóstolo aos gentios estar em cadeias poderia muito bem ser considerado um golpe contra o avanço do evangelho que Paulo fora chamado para pregar.

Todavia, não era assim: fosse qual fosse a situação de Paulo, a palavra de Deus não estava presa (cf II Tm 2:9). Na verdade, a presença de Paulo em Roma como prisioneiro, aguardando julgamento, havia contribuído para maior avanço do evangelho. De modo especial, isso fazia parte de seu compartilhamento nos sofrimentos de Cristo - Fp 3:10.

Quando o evangelho tomou-se assunto de conversa por causa da presença de Paulo na cidade, os crentes aproveitaram a ocasião e começaram a dar seu testemunho público com maior confiança e vigor. Nada poderia dar maior alegria ao apóstolo.


III - TRANSFORMANDO A ADVERSIDADE EM OPORTUNIDADE:

As prisões de Paulo foram adversidades que se transformaram em oportunidades para a pregação do Evangelho. Carcereiros, guardas, presos e visitantes puderam ouvir o testemunho da vida, morte e ressurreição de Jesus através de Paulo. O apóstolo dos gentios não apenas aproveitou a oportunidade, mas em Cristo, na graça e no poder do Senhor, manteve o ânimo necessário para não esmorecer na fé, e ainda fortalecer outros com o seu exemplo.

Regozijo (chairo) e alegria (chara) são termos comuns nesta epístola (Fp 1.4, 18; 2.2, 17-18,28- 29; 3.1; 4.1, 4, 10). Há algo de paradoxal no estado de espírito do apóstolo, que consegue, mesmo entristecido, se alegrar (2 Co 6.10). Não se trata aqui de autoajuda para vivenciar tal realidade, mas da ajuda do alto.

Quantos neste exato momento não se encontram presos de corpo e alma, sem ação, prostrados em camas, cativos em seus quartos, acorrentados em cadeias emocionais, prisioneiros em seu próprio ser, imobilizados pelas circunstâncias adversas da vida, paralisados pela perda de alguém amado. Paulo era humano como eu e você, e estava sujeito aos sentimentos listados acima. O seu segredo? Bem, o seu segredo vinha de duas direções:

Em primeiro lugar vinha de cima, do Senhor: “[…] tudo posso naquele que me fortalece.” (Fp 4.13).

Em segundo lugar, vinha do lado, dos irmãos e amigos amados: “Todavia, fizestes bem, associando-vos na minha tribulação.” (Fp 4.14).

Sim, para superarmos as adversidades, para vencermos as prisões, para nos alegrarmos em cadeias, precisamos do Senhor e uns dos outros.

O salmista expressa muito bem tal verdade ao declarar: “O Senhor está comigo; não temerei. Que me poderá fazer o homem? O Senhor está comigo entre os que me ajudam; […]” (Sl 118.6-7a).

Ainda no plano horizontal, Paulo se regozijava, pois os seus sofrimentos e prisões resultavam em conversões e transformações de vidas, ou seja, no progresso do evangelho (Fp 1.12). Paulo nos ensina como alguém que colocou Cristo no centro absoluto de sua vida deve se portar diante das adversidades. Com a ajuda do Senhor e dos amigos, superaremos todas as lutas e prisões que querem nos deter, que tentam nos fazer parar na caminhada.


IV – O QUE É O EVANGELHO?:

Leiamos Rm 1.16-17, e observemos:

(1) - É PODER DE DEUS PARA SALVAÇÃO - A palavra “poder”, em relação ao Evangelho, significa a INTERVENÇÃO IMEDIATA E INSTANTÂNEA DE DEUS NA VIDA DO PECADOR. O Evangelho tem um poder miraculoso que pode transformar o mais vil pecador numa nova criatura.

A palavra “salvação” neste texto tem um sentido individual e também universal, pois é para todo aquele que crê. Quando Paulo usou a expressão “primeiro do judeu”, não quis dizer que é necessário tornar-se judeu para conhecer os benefícios do Evangelho. Basta crer.

(2) - É A REVELAÇÃO DA JUSTIÇA DE DEUS - Esta justiça é alcançada pela fé. Não é produzida pela mente humana. Ela é inerente a Deus. É própria de Sua natureza. Ela se revela na pessoa de Jesus Cristo e quem O aceita, recebe a justiça de Deus imputada. O pecador é justificado em Cristo, mediante a justiça de Deus manifestada na cruz do Calvário, em favor do pecador.

Nem as obras, nem cultura, nem raça, nem herança têm aceitação diante de Deus. Somente pela fé em Cristo Jesus. A fé é o meio pelo qual a justiça de Deus se tornou possível para uma nova relação com Ele.


V - MOTIVAÇÕES PARA PREGAR O EVANGELHO:

Em (Fp 1.15-17) o apóstolo Paulo menciona dois tipos de motivações para pregar o evangelho e externa também o seu regozijo pelo fato de Cristo estar sendo anunciado. Vejamos:

(1) - Motivações incorretas - Paulo faz menção a um grupo de cristãos que pregavam o evangelho por “inveja e porfia” (Fp 1.15) e outros por “contenção” (Fp 1.17); ou seja, àqueles que pregavam, não por amor a Cristo, e nem por amor as almas; mas, por ciúme, contenda e rivalidade.

Sem dúvida, não era esta a atitude que Cristo e o próprio apóstolo esperavam dos servos de Deus, principalmente, para os anunciadores das boas novas (Rm 13.13; I Co 3.3; Gl 5.20,21; II Co 12.20; Ef 5.18; Fp 2.3,14).

(2) - Motivações corretas - Paulo menciona também àqueles que pregavam “de boa mente” (Fp 1.15), ou seja, de boa vontade; e outros “por amor” (Fp 1.16); que são as principais motivações para pregar o evangelho.

A Bíblia descreve a evangelização como:

(A) - Um mandamento (Mt 28.19,20; Mc 16.15-18; I Pe 2.9);

(B) - Uma obrigação (Rm 1.14; I Co 9.16);

(C) - Um dever de todo crente (Mt 10.8; 14.16);

(D) - Um privilégio, pois somos cooperadores de Cristo, e seus embaixadores (Mc 16.20; I Co 3.9; II Co 5.19,20).

(3) - O regozijo de Paulo - Depois de descrever as motivações pelas quais Cristo estava sendo pregado, o apóstolo diz: “Mas, que importa? Contanto que Cristo seja anunciado… nisto me regozijo e me regozijarei ainda” (Fp 1.18).

Com isto, Paulo não estava concordando com as falsas motivações, mas afirmando que o mais importante era que o evangelho pudesse ser pregado.

Vejamos, então, alguns motivos para pregar o evangelho:

(A) - Porque a humanidade está perdida (Rm 3.23; 6.23);

(B) - Por amor ao próximo (At 20.19-24; Fp 1.16);

(C) - Porque somente Jesus pode salvar (Jo 14.6; At 4.12; I Tm 2.5);

(D) - Por causa da nossa responsabilidade (Rm 10.13-15); e

(E) - Por obediência a Cristo (Mt 28.18-20; Mc 16.15; At 1.8).



VI - MOTIVAÇÕES DE PAULO PARA PREGAR O EVANGELHO:

Em suas cartas, o apóstolo Paulo demonstra claramente o seu profundo amor pelas almas e o desejo de ganhá-las para Cristo. Vejamos:

(1) - Paulo não se envergonhava do Evangelho de Cristo - Após a sua conversão, ele tornou-se um autêntico pregador do evangelho. Seu maior desejo era levar as boas novas de salvação à toda criatura. Por isso, jamais se envergonhou do evangelho (Rm 1.16); e, onde chegava, procurava sempre uma ocasião para falar de Cristo, quer seja nas sinagogas (At 13.5; 14.1); nas casas (At 20.20); no templo (At 5.42); e, de cidade em cidade (At 14.6,7; 15.35). Nem mesmo a prisão era impedimento para ele pregar (Fp 1.12,13; II Tm 2.9).

(2) - Paulo sentia-se um devedor - O desejo de pregar o Evangelho era tão grande na vida de Paulo, que ele chegava a ter um sentimento de dívida para com os homens. Ele diz: “Eu sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes” (Rm 1.14). Este “sentimento de dívida”, não era restrito apenas aos que estavam perto, mas também, para com aqueles que estavam mais distantes. Por isso, colocou-se à disposição de Cristo para pregar o evangelho; realizou três viagens missionárias (At 13.1-14.28; 15.36-18.22; 18.23-20.38); e, ficou conhecido como o apóstolo dos gentios (Rm 11.13; I Tm 2.7).

(3) - Paulo sentia-se na obrigação de pregar o evangelho - Para o apóstolo Paulo, pregar o Evangelho não era uma tarefa qualquer. Era uma obrigação! Por isso, ele diz: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!” (I Co 9.16).

Pelo menos duas lições Paulo nos ensina neste texto:
(A) - Ninguém deve gloriar-se por pregar o Evangelho, pois é nosso dever. É nossa responsabilidade!

(B) - Pregar o Evangelho é uma obrigação: A Grande Comissão não é um pedido. É uma ordem! (Mt 28.18-20; Mc 16.15).

(4) - Paulo estava disposto a sofrer por amor a Cristo e ao evangelho - Quando Paulo se despediu dos presbíteros de Éfeso, disse: “Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (At 20.24).

Em outra ocasião, um profeta por nome Ágabo, tomou a sua cinta, ligando os seus próprios pés e mãos, e profetizou que Paulo seria preso, ele respondeu: “…eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus” (At 21.11-13).


VII - A ESPERANÇA DE PAULO EM MEIO ÀS ADVERSIDADES:

Paulo enfrentou diversos tipos de aflições e adversidades, tais como: insulto (At 13.45); apedrejamento (At 14.19,20); açoites e prisões (At 16.22,23); naufrágio, fome, sede, frio e nudez (II Co 4.8-9; 11.16-33). Mas, sempre demonstrou em suas epístolas o seu regozijo em meio ao sofrimento (II Co 1.5; 4.8,9; 7.4; Fp 1.4,18; 2.2,17; 3.1; 4.1,4,10; Cl 1.24).

Na epístola aos Filipenses, ele externa também a sua esperança, como veremos a seguir:

(1) - “Segundo a minha intensa expectação e esperança (…) Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte” (Fp 1.20) - Paulo tinha convicção que, quer vivesse, quer morresse, Cristo seria glorificado por meio dele. Isto porque, caso ele vivesse por mais tempo, poderia continuar pregando; mas, caso fosse condenado e morto, estaria com o Senhor (Fp 1.23), e a mensagem do evangelho continuaria sendo pregada por outros cristãos.

(2) - “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Fp 1.21) - O verdadeiro crente, estando no centro da vontade de Deus, não precisa ter medo da morte, porque sabe que a morte é o fim de sua missão terrestre e o início de uma vida mais gloriosa com Cristo (I Co 15.53-57; II Co 4.17; II Co 5.1-5; I Ts 4.13-18). Por isso, ele diz: “Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” (Fp 1.23).

Nas suas cartas, o apóstolo Paulo ainda faz menção a esperança da ressurreição (I Ts 4.13); da salvação (I Ts 5.8); da volta de Cristo (Tt 2.13); da vida eterna (Tt 1.2; 3.7) e das bênçãos celestiais (Cl 1.5).


VIII – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Fp 1.19 - Paulo vê a mão de Deus manifestando-se na situação que ele acaba de descrever, que não resta a menor dúvida quanto a ser aquele o lugar em que Deus quis que ele estivesse para o cumprimento de sua comissão apostólica. Tendo tal confiança, ele pode aplicar à sua própria situação atual as palavras de Jó 13:16: "também isso será a minha salvação." Quando afirma que o presente estado de coisas lhe resultará em salvação, Paulo não está pensando principalmente na libertação imediata, no livramento da guarda pretoriana, mas, à semelhança de Jó, na sua reivindicação da corte celestial, em sua salvação eterna. Esta lhe é garantida, quer ele receba um veredicto favorável, quer desfavorável, do tribunal de César - 2 Timóteo 4:8.

FONTES DE CONSULTA:


O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Editora e Distribuidora Candeia – R. N. Champlin

O Novo Comentário Bíblico Contemporâneo – Filipenses – Editora Vida – F. F. Bruce

Estudo Bíblico "Esperança em meio à Adversidade" - Rede Brasil de Comunicação

Estudo Bíblico “Esperança em meio à Adversidade” – Pr. Altair Germano