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18 de abr. de 2013

2º TRIMESTRE DE 2013 - LIÇÃO Nº 03 - 21/04/2013 - "AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO"

IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM ENGENHOCA 
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
LIÇÃO 03 - DIA 21/04/2013
TÍTULO: “AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO”
TEXTO ÁUREO – Ef 5.25
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Ef 5.22-28, 31, 33
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO


e-mail: geluew@yahoo.com.br

blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/










I – INTRODUÇÃO:


De acordo com a Palavra de Deus, o casal se torna uma só carne por meio do Casamento. Não é, pois, uma questão de ponto de vista, ou de ser moderno ou antigo, o aceitar como normal o relacionamento sexual antes das núpcias. É uma questão de obediência à Bíblia Sagrada, a santa e poderosa Palavra de Deus.



II – A VERDADEIRA VONTADE

DIVINA PARA O CASAMENTO:


O primeiro casamento foi celebrado por Deus: Antes da entrada do pecado no mundo, Ele criou Eva para ser companheira de Adão. 



Desta forma, cremos que foi o próprio Deus que deu ao homem e à mulher o relacionamento e a liberdade conjugais necessários, com base em princípios santos e puros, como parte do Seu propósito para com eles. 


Ao trazer Eva para Adão, Deus estabeleceu as normas para o casamento, quais sejam:



(1) – DEUS FEZ UMA MULHER PARA UM HOMEM – Gn 2.21-23 – Adão ficou unido a uma pessoa: Eva. Se ele a deixasse, não teria outra com quem se casar.


Do fato acima exposto podemos extrair:


(A) – O casamento não é para ser desfeito; e


(B) – A bigamia e poligamia não tem base nos princípios divinos.


Leiamos Pv 31.10-31 – O propósito de Deus ao dar ao primeiro homem uma auxiliadora, tem sido satisfeito por meio de mulheres sábias, bondosas, dedicadas e diligentes, que inspiram aos seus maridos elevados ideais, tanto na vida material como na espiritual. Por isso, a Palavra de Deus sobre o assunto encontra razão de ser. Ou seja, a mulher, segundo os propósitos divinos, tem amplas oportunidades para auxiliar o seu marido - Pv 12.4; 18.22; 19.14.


Assim, o fato de haver Deus trazido a Adão uma só mulher, ensina-nos uma lição de amor, união, companheirismo e fidelidade. 



(2) – DEUS PROVEU ALIMENTO PARA A PRIMEIRA FAMÍLIA – Gn 1.29 – Na segunda parte do sexto dia, Deus criou o homem e logo proveu-lhe do necessário para a sua alimentação.


A provisão para com a primeira família revela o cuidado divino para com todas as demais famílias, em todos os tempos – Hb 13.5 cf Mt 6.25-34.


(3) – DEUS DETERMINOU O TRABALHO PARA O HOMEM - Gn 2.8, 15 – Com base em Gn 3.17, alguns julgam que só depois de pecar é que o homem ficou obrigado a trabalhar. Ao contrário: Deus determinou o trabalho para o homem antes da queda.


O trabalho tanto é indispensável para a manutenção da família, como também contribui para o viver condigno e, consequentemente, para a paz, a harmonia e o conforto familiar.


A indisposição para o trabalho (especialmente do chefe de família), é um dos principais fatores de pobreza, de insatisfação e desespero, o que vem a contribuir para a deliquencia dos filhos e o desmoronamento do lar. Neste sentido, a Palavra do Senhor menciona duas coisas opostas:


(A) – A diligência – Pv 10.4; 12.27; e


(B) – A negligência – Pv 18.9; 24.33-34; 26.13-15.


Muitos lares são infelizes por falta da necessária capacidade do chefe da família para produzir o suficiente para a subsistência. A eficiência do homem é um produto da inteligência e da diligência, que são fatores que se ajustam em prol da felicidade da família.


Toda a Bíblia faz referência ao trabalho, considerando-o uma das maiores virtudes da vida. Aliás, Jesus fez uma significativa menção ao trabalho – Jo 5.17.




III - A IMPORTÂNCIA DO AMOR MÚTUO E VERDADEIRO PARA SE ESTABELECER UMA FAMÍLIA:


Há quatro formas de amor que, obrigatoriamente, tem que estar presentes na vida conjugal. Vejamos:


(1) – ÁGAPE - Amor Divino. É o amor de Deus derramado em nossos corações (Rm 5:5, I Jo. 4:8). É um amor que não conhece limites, é o amor desinteressado, que doa, sem esperar recompensas - I Co. 13:4-7. É o amor perfeito. Busquemos com fé e oração este amor!


(2) – PHILEO - É o amor ao próximo; é o amor filantrópico; amor humanitário, altruísta, cívico e comunitário - Lc. 7:34. Deve haver amor de irmãos entre o casal, lembrando que a esposa é irmã em Cristo e companheira de salvação e vice-versa.


(3) – STORGE - Amor familiar, amor romântico, amor conjugal. Por exemplo: Amor entre esposo e esposa; pais e filhos, etc. Deve haver amor romântico entre o casal, não se esquecendo que uma rosa ou um presente pode mudar todo um relacionamento. A mulher dá muito valor às lembranças de datas como casamento, aniversário, dia que se conheceram, etc...


(4) – EROS - Deus da sensualidade: amor físico e sexual; surgem daí as palavras “erótica” e “erotismo”. Assim, deve haver atração física entre o casal.






IV - NAMORO:




Namoro é um compromisso sério que tem como objetivo final o Casamento.


Jovens evangélicos têm usado revistas mundanas para se orientarem como agir em seus namoros. Estas cartilhas de satanás servem muito bem para destruir o conceito puro do relacionamento entre moças e rapazes.


Porém, vejamos algumas orientações para um namoro cristão:


(1) - Guarde o seu corpo para aquele (a) que será seu esposo (a) - Mc 10:7.


(2) - Namore apenas pessoas convertidas - II Cor 6:14.


(3) - Procure comportar-se sempre como se Cristo estivesse presente - I Cor 10:31.


(4) - Conduza seu namoro com jejum e oração - Mt 26:41.


(5) - Evite ficar a sós para que satanás não vos tente  - I Cor 10:12; 10:13.


(6) - Não se entregue às carícias, pois irão conduzi-lo ao pecado. O período do namoro é como um campo de batalha, onde o perigo é constante - Tg 4:7.


(7) - Evite comentários sobre sexo. Este assunto irá quebrar tabus que ainda não devem ser afastados  - I Ts 4:5.


(8) - Dedique-se mais a Deus do que ao namoro. Seu envolvimento nos trabalhos da Igreja proporcionará menos tempo para pecar - Sl 37:4.


(9) - Cultive o hábito de ler a Bíblia em companhia de seu namorado (a). Assim, a Bíblia será como árbitro para apontar onde você errou - Sl 119:9.


(10) - Não ignore os padrões bíblicos de santidade, para que você não venha a ter a consciência cauterizada - I Tm 4:2; Rm 9:1.


(11) - Não permita que suas paixões dominem sua razão e o seu bom senso - II Tm 2:22.


(12) - Analise seriamente as opiniões de seus pais, submetendo-se às determinações - Pv 15:22.


    



IV – NOIVADO:




O noivado é o tempo certo para o lançamento das bases para o enlace matrimonial. É a metade do caminho percorrido entre o namoro e o casamento; é, antes de tudo, UM ATO SÉRIO.


O Casal concluiu que deveria prosseguir rumo ao Casamento e, com o Noivado, assumiu publicamente, um compromisso, envolvendo, também, suas Famílias e sua Igreja.


Todavia, em havendo justa causa capaz de comprometer a felicidade e a estabilidade do Casamento – então, o Noivado, não apenas pode, como deve ser rompido. O Casamento não pode ser edificado sobre base movediça!


Há cinco pontos fundamentais que respondem perfeitamente e de modo objetivo quanto à seriedade do noivado. Vajamos:





(1) - O NOIVADO É UM COMPROMISSO SOCIAL - Os jovens assumem esse compromisso diante de suas famílias. No entanto, a primeira pessoa a receber o pedido de casamento é a moça pretendida. O rapaz não deve querer surpreender a namorada, indo diretamente aos pais dela, mas, depois de consultá-la e receber seu "sim", então é que ambos vão aos pais da moça.


Os jovens, ao assumirem esse compromisso, são devedores ao meio em que vivem. As famílias têm o direito de cobrar uma atitude irresponsável, principalmente por parte do rapaz.



(2) - O NOIVADO É UM COMPROMISSO MORAL - A imoralidade campeia no mundo atual. Os valores vitais e morais de nossa sociedade se deterioram pelo abandono, pelo pouco caso que se dá a esses valores.


O noivado tem um sentido moral por duas razões:


(A) - Porque envolve responsabilidade e compromisso; e


(B) - Porque o procedimento dos jovens deve ser medido pela consciência de que Deus vê todos os nossos atos e de que os pais não devem ser traídos na confiança prestada a ambos.



(3) - O NOIVADO É TAMBÉM UM COMPROMISSO FÍSICO, MAS SOMENTE APÓS O CASAMENTO - O casamento envolve relações físicas para as quais exigem-se fidelidade e respeito mútuo.


Esse compromisso assumido no noivado não dá direito de posse do pretendente, antes do casamento; antes, significa que o compromisso deve ser honrado por ambas as partes, até o casamento. Assim procedendo, não terão a acusação tormentosa da consciência.


Leiamos Mt 1:18-20 - Esse compromisso, naquela época, equivalia ao próprio matrimônio, mas não lhes dava o direito de manter relações sexuais antes.


Era um compromisso tão sério, que o noivo podia chamar a noiva de esposa e vice-versa. A Bíblia diz que José intentou deixar Maria para não infamá-la.


Por fim, observemos que José e Maria eram noivos e não se haviam ajuntado ainda.



(4) - O NOIVADO É UM COMPROMISSO MATERIAL - Um rapaz bem intencionado e responsável se preocupará em preparar sua própria casa, antes do casamento, para formar o novo lar.


Ouve-se, às vezes: "Não importa onde vou morar nem como vou viver; com ele (a) vou orar até debaixo da ponte".


Esta é uma afirmação baseada apenas na euforia do amor.


Entretanto, sabemos que o casamento feliz é aquele que sabe mesclar os sentimentos e a razão. O ato envolve responsabilidade material, entre outras.


Por isso, quando um rapaz pede uma moça em casamento, ele garante (mediante a petição), o compromisso material. Esse compromisso abrange casa, alimento e vestuário enquanto ambos viverem.


A filosofia mundana de “JUNTAR OS TRAPOS” é uma arma diabólica para desajustar o casamento e promover a deterioração dessa instituição divina.


Os jovens responsáveis, quando não podem construir sua própria casa ou mesmo comprá-la, devem se preocupar, pelo menos, com os móveis necessários.


Do mesmo modo que o rapaz, a moça, ao aceitar o noivado, deve preocupar-se com o chamado enxoval, que inclui roupa de cama e mesa e alguns utensílios de uso dentro de uma casa.



(5) - O NOIVADO É UM COMPROMISSO ESPIRITUAL - Quando dois jovens resolvem se casar, assumem, entre outras coisas, um compromisso com Deus. Não são apenas dois jovens de sexos opostos que desejam perpetuar um sentimento, mas são dois ideais que se unem para confirmar o ideal divino do matrimônio. Em tudo que fazem ou pretendem fazer, Deus deve estar em primeiro lugar.


O noivado dos jovens crentes envolve um compromisso com Deus. Eles prometem, na verdade, ser fiéis a Deus e à Igreja, antes de tudo.




Portanto, o noivado é um compromisso mútuo de dois jovens que almejam o matrimônio.







V – CASAMENTO:




Um Casamento responsável não pode ser um mergulho no escuro, no desconhecido. Esta tragédia poderá ser, em grande parte, evitada, caso o namoro e o noivado voltem a cumprir o papel que cada um desempenhava no passado.


Vejamos, portanto, duas questões de fundamental importância e que tem sido causa do fracasso de muitos casamentos:


(1) - Num Casamento Cristão o jugo desigual tem que ser evitado - II Cor 6:14 - Esta questão do “jugo desigual” que, antigamente, era levada muito a sério, principalmente, pelos pais crentes, hoje caiu de importância, sendo aceito, ou tolerado.


Todavia, Deus continua não aceitando a mistura entre justos e ímpios; entre o mundo e a Igreja (Dt 7:2-4).


No Casamento, o jugo desigual pode existir entre os próprios Crentes.


Para casar-se, portanto, mesmo que entre crentes, não se pode dispensar a oração.


É sabido, de acordo com A Palavra de Deus, que entre os membros da Igreja Visível, ou das Igrejas Locais, existem os crentes salvos, as virgens prudentes, o trigo, os peixes bons, as árvores boas que produzem frutos bons.


Porém, existem também os crentes não salvos, as virgens loucas, o joio, os peixes ruins, as árvores ruins que produzem frutos ruins.


Assim, só Deus, que conhece os corações, poderá, em resposta à oração, livrar Seus filhos de um jugo desigual, dentro da própria Igreja.



(2) - O Casamento do “irmão” com a “irmã” – um erro que pode ser evitado - O irmão casa-se com “a irmã em Cristo”, ou a irmã casa-se com “o irmão em Cristo”, quando o Casamento é realizado, apenas, com base nas afinidades espirituais, ou no amor “ágape”, que é o amor de Deus existente entre eles.


Neste caso, o "irmão em Cristo" não vê a mulher; vê o “vaso”, o instrumento que Deus usa;


A "irmã em Cristo" não vê o homem; vê o “vaso”, o instrumento que Deus usa.


Este amor espiritual ou divino, não tem malicia, não gera desejo carnal.


A irmã, que é uma bênção, só vê o irmão, que também é uma bênção. Ela não consegue ver o homem que está no irmão.


Da mesma forma, o irmão, que é uma bênção, só vê a irmã, que também é uma bênção. Ele não consegue ver a mulher que está na irmã.


Se resolverem casar, sem consultar a Deus, este casamento tem tudo para dar errado.


Isto porque, não havendo o amor “Eros” (que é o amor carnal, o amor que gera desejo sexual), o relacionamento íntimo será prejudicado e o Casamento poderá ser desfeito.


Quando isto acontece, muitos se surpreendem, e dizem: “Não é possível! Os dois eram uma bênção! O Casamento tinha tudo para dar certo!”


Todavia, quem conhece A Palavra de Deus, sabe que aquele Casamento tinha tudo para dar errado!


Os dois eram “uma bênção”...


E continuariam sendo, se não tivessem casado!


As “duas bênçãos” se casaram, os “dois irmãos” se casaram!


Resultado: Ele não viu a mulher que estava na "irmã em Cristo"; ela não viu o homem que estava no "irmão em Cristo"!


Quando (depois de casados) ela descobriu o homem, que agora era seu esposo, e ele descobriu a mulher, que agora era sua esposa, constataram que não havia amor carnal (amor Eros) para uni-los sexualmente.


“O irmão em Cristo” tinha se casado com “a irmã em Cristo”; “a irmã em Cristo” tinha se casado com “o irmão em Cristo”.


Deu errado! Certamente que daria errado!


E ainda mais: Muitos continuam juntos.... Geram filhos.... Parece (aos olhos dos outros), que são felizes! Mas não são! E pior: Também não são mais “uma bênção”!


Por isso, para dar certo, “o irmão em Cristo” tem que casar com uma mulher, que seja “irmã em Cristo”;


“A irmã em Cristo” tem que casar com um homem, que seja “irmão em Cristo”.


É preciso que o homem veja a mulher que está na “irmã em Cristo” e que a mulher veja o homem que está no “irmão em Cristo” e que sintam atração física um pelo outro.


Casar por ter dó do irmão está errado!


Casar por ter dó da irmã, também está errado!


Casar sem atração física, também está errado!


Crente precisa casar com Crente! Mas, não se casa só por ser crente, só pelo fato de ser membro de uma mesma Igreja.


Não se casa, apenas, por ter afinidades espirituais.


Pretender casar-se porque o irmão, ou a irmã é uma bênção, porque é um Obreiro, porque é um Professor de Escola Dominical, porque os dois cantam juntos, porque têm comunhão, prazer em estar um perto do outro ...tudo isto não basta!


Para que um Casamento possa dar certo, e cumprir seus propósitos, é preciso que haja entre o casal, as expressões do amor: – o “Ágape”, o “Phileo”, o “Storge” e o “Eros”, ou seja o amor divino; o amor ao próximo e filantrópico; o amor romântico e familiar; e o amor físico e sexual.



VI - CONSIDERAÇÕES FINAIS:


Devemos mostrar o valor do casamento bíblico e os perigos que das novas “configurações familiares”, defendidas e apoiadas pelos que desprezam e debocham dos princípios divinos.


Portanto, que a Igreja faça soar sua voz profética e denuncie as iniciativas que buscam destruir o casamento monogâmico, heterossexual e indissolúvel. 


Se a família não for sadia, a sociedade será enferma. 






FONTES DE CONSULTA

(1) – Estudo Bíblico “Namoro, Noivado e Casamento” – Pastor Sebastião da Silva.

(2) - A Santidade do Sexo – Editora Fiel - Frank Lawes e Stephen Olford

(3) - Sexo e Casamento – Editora fiel – M. Capper e M. Williams

(4) - Lições Bíblicas CPAD - 3º Trimestre de 1987 - Comentarista: Pr. Estêvam Ângelo de Souza