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16 de fev. de 2012

1º TRIMESTRE DE 2012 - LIÇÃO Nº 08 - 19/02/2012 - "O PERIGO DE QUERER BARGANHAR COM DEUS"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 08 - DATA: 19/02/2012
TÍTULO: “O PERIGO DE QUERER BARGANHAR COM DEUS”
TEXTO ÁUREO – Rm 9:20
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Lc 12:13-21
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/



I – INTRODUÇÃO:

• A Reforma Protestante, iniciada por Lutero, provocou mudanças na Igreja e na cultura ocidental. No entanto, os séculos passaram e os princípios daquele movimento reformista caíram no esquecimento. Novamente nos deparamos, no contexto evangélico, com a velha prática da barganha. Estamos presenciando um verdadeiro festival de “toma lá, dá cá”. Há uma rifa da fé e quem der mais, tem a promessa de conseguir muitas bênçãos. Até mesmo a Bíblia, que em anos passados foi o instrumento da Reforma, está sendo usada como moeda de troca. Aos crentes são oferecidos “sabonetes ungidos”, “toalhinhas”, “água do rio Jordão”... em troca das bênçãos de Deus. Lembremos: Lutero atacou os negociadores de indulgencias por venderem a graça de Deus por um preço determinado.

II – A FETICHIZAÇÃO DE OBJETOS:

• Simples objetos passaram agora a ter uma grande “poder mágico”:

(A) - A água não passa de uma combinação de elementos químicos em sua fórmula, mas se ela foi retirada do rio Jordão e consagrada sete sextas-feiras na campanha da prosperidade, passa a ser “muito forte” para a realização de milagres.

(B) – Uma toalha não passa de uma pequena peça de pano, mas se ela tiver enxugado o rosto do homem de Deus, fica “energizada” e pode fazer coisas inimagináveis.

(C) – O dízimo e as ofertas são reconhecidos como deveres para os cristãos, mas, se eles forem enviados para saldar as dívidas do programa de televisão que ameaça a todo instante sair do ar, então eles ganham o status de semente que foi plantada. A promessa é que, após certo tempo, se converterá em grandes bênçãos para quem os enviou.

Identifiquemos alguns falsos ensinos, falsas práticas e os “modismos” que tem se repetido nas Igrejas Evangélicas:

(1) – “UNÇÃO DE OBJETOS”: - Objetos são levados para serem ungidos pelos ministros que, aliás, muitas vezes não ungem, mas vendem e em grande quantidade, potes com azeite para que os próprios incautos procedam à unção de seus bens, suas casas, suas empresas, seus carros... para que sejam “abençoados”.

• Os defensores desta prática costumam recorrer a textos do A. T., onde se relata que objetos eram ungidos - Lv.8:10.

• Entretanto, há uma distorção do texto bíblico! A unção de objetos é relatada na Bíblia única e exclusivamente no A. T., porquanto tudo o que ali foi escrito, o foi para nosso ensino - Rm 15:4.

• O tabernáculo era figura de Cristo, sombra da realidade espiritual que seria revelada plenamente com a Sua vinda - Hb.8:5; 10:1. Desta maneira, tem um significado simbólico: Jesus, que é tipificado pelo tabernáculo, seria ungido pelo Espírito Santo para cumprir a Sua missão sobre a face da Terra - At.10:38 – Jesus cumpriu a missão; logo não há mais motivo para que se proceda à unção de objetos.

• Os objetos não são santificados ou consagrados pelo derramamento de azeite em si, mas, sim, nós, como filhos de Deus, devemos possuir a unção do Espírito Santo e utilizarmos dos nossos bens para as boas obras para que nosso Pai seja glorificado - Mt.5:16.

• Desta forma, a única unção que se verifica autorizada na Bíblia depois da vida, morte e ressurreição de Cristo é a sobre os enfermos, feita pelos presbíteros, à moda bíblica: na cabeça (testa) do doente (Tg.5:14); (II Rs 9:3, 6; Sl 133:2).

(2) – “A BÊNÇÃO DA ÁGUA”: - Procede-se a uma oração sobre um recipiente com água para que, depois de “abençoada”, seja bebida para bem-estar espiritual e físico.

• Esta prática nada mais é que uma “roupagem evangélica” para a “água benta”, umas das primeiras práticas pagãs absorvidas pelo romanismo.

• Segundo os historiadores, a “água benta” foi introduzida na Igreja Romana pelo Papa Alexandre I, por volta do ano de 113. Em 740, o cardeal Berônio escreveu um texto em que dizia:

- “…‘é lícito à Igreja adotar para uso piedosos aquelas cerimônias que os pagãos usavam impiamente em seu culto supersticioso, depois de competentemente purificadas pela consagração, porque, com isto, o demônio é muito mortificado, ao ver aplicadas ao serviço de Jesus Cristo aquelas coisas que foram instituídas para honra e glória sua”.

• Como podemos verificar, a origem deste costume de “abençoar” a água teve origem no paganismo.

• Não é pela água que se purifica alguma coisa, nem que se consegue alguma bênção, muito menos que se espantam demônios, mas por uma vida de comunhão com Cristo Jesus.

• O único momento em que usamos água com significado espiritual é o instante singular do batismo. Após, viveremos para Deus, não permitindo que o pecado nos domine - Rm.6:12-13.

(3) – A UTILIZAÇÃO DO SALMO 91 - Muitos depositam fortemente sua confiança na eficácia de certos versículos bíblicos do que no restante da Bíblia. Cite-se como exemplo o SALMO 91.

• Antes de dormir, muitos abrem a Bíblia neste Salmo, acreditando que os malfeitores e o diabo correrão. Esquecem-se, porém, que não é o SALMO 91 que as livrará do mal, e, sim, O DEUS DO SALMO 91, O DEUS que inspirou o salmista a escrever o Salmo 91.

• O salmista não escreveu: “Aquele que habita no esconderijo do SALMO 91”; ou “Direi do SALMO 91”.

• A promessa é dirigida àqueles que habitam no esconderijo do Altíssimo, e não àqueles que fazem raras visitas ao esconderijo. É Deus quem nos livrará! Somente nEle devemos depositar nossa confiança!

(4) – UTILIZAÇÃO DE “FÓRMULAS MÁGICAS” E “PALAVRAS PODEROSAS”: - Isto acontece diante do argumento de que “há poder nas suas palavras”, o que nada mais é que a reprodução dos “mantras” e dos feitiços constantes das artes mágicas, que eram especialmente utilizados nas religiões hinduísta e babilônica.

• Expressões tais como: “Eu determino”; “Eu decreto”; “Eu não aceito”; “Eu profetizo”... tem sido uma constante no meio do povo de Deus, invertendo-se os papéis de que agora Deus é servo e o homem é Senhor.

• Para os que usam tais expressões, deixamos para meditação Isaías 14.24, 27, abaixo transcritos:

- “Jurou o Senhor dos Exércitos dizendo: Como pensei, assim se sucederá, e, COMO DETERMINEI, assim se efetuará... Porque o Senhor dos Exércitos o DETERMINOU, quem, pois, o invalidará? A sua mão estendida está; quem pois a fará voltar para trás?”

- Só o Deus soberano determina, decreta, efetua! Quando Ele diz “SIM”, quem dirá “não”? Quando Ele diz “NÃO”, quem dirá “sim”? Quando Ele fecha, quem abrirá? Quando Ele abre, quem fechará?

- Deus não era e não será Senhor: ELE SEMPRE “É”!

(A) – O Senhor “É” o meu pastor...

(B) – Até do sábado Ele “É” Senhor...

(C) – Todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo “É” Senhor, para glória de Deus Pai.

(5) – ELEMENTOS PARA “PURIFICAÇÃO DE AMBIENTES” E “PARA PROTEÇÃO DO CRENTE E SUA FAMÍLIA”: - Estes elementos são os mais variados: “sal grosso”, “rosa ungida”, “óleo de Israel”, “água do rio Jordão” e tantas outras coisas que nos fazem lembrar as “relíquias” da Igreja Romana.

• Como pode um servo de Deus crer que, para estar livre dos espíritos malignos, deve ter sal grosso em casa, rosa ungida ou ter um frasco com água do rio Jordão? Qual a diferença deste proceder com aqueles que usam patuás, fitas benzidas, pés de coelho, figas ou outros conhecidos amuletos e talismãs? Evidentemente, nenhuma!

• Infelizmente, estas pessoas se deixam levar por estas investidas de verdadeiros mercenários e aproveitadores da ignorância espiritual do povo. Porém, tudo isto é resultado da falta do ensino da Palavra de Deus e do menosprezo que o ensino da Bíblia tem tido nas nossas Igrejas locais.

III – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Ao finalizarmos o presente estudo, deixamos para meditação de todos aqueles que levam a sério e amam a Palavra de Deus a transcrição de dois versículos constantes no A.T.:

- “Pois o Senhor, vosso Deus, "É" o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, NEM ACEITA SUBORNO (PRESENTES ou RECOMPENSAS)” – Dt 10.17

- “Agora, pois, seja o temor do Senhor convosco; tomai cuidado e fazei-o, porque não há no Senhor, nosso Deus, injustiça, nem parcialidade, NEM ACEITA ELE SUBORNO (PRESENTES ou RECOMPENSAS)” – II Cr 19.7



FONTES DE CONSULTAS:

1) A Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

2) A Bíblia de Estudo DAKE

3) A Bíblia Anotada - Editora Mundo Cristão

4) A Bíblia de Estudo Vida - Editora Vida

5) Bíblia Apologética

6) Estudos Bíblicos do Pr. Antônio Gilberto

7) Estudo Bíblico “SUPERSTIÇÕES RELIGIOSAS” - Prof. Dr. Caramuru Afonso Francisco.

8) A Prosperidade à Luz da Bíblia – CPAD – José Gonçalves