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31 de jan. de 2012

1º TRIMESTRE DE 2012 - LIÇÃO Nº 06 - 05/02/2012 - "A PROSPERIDADE DOS BEM-AVENTURADOS"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 06 - DATA: 05/02/2012
TÍTULO: “A PROSPERIDADE DOS BEM-AVENTURADOS”
TEXTO ÁUREO – Lc 4:18
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Mt 5.1-12
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I – INTRODUÇÃO:

Para os filósofos, a felicidade é inalcançável: Alguns são felizes por serem ricos, mas, por outro lado, a posse de muitos bens não tem garantido a felicidade de muitos outros. O que tem deixado muitas pessoas felizes, produz tristeza em outras. Dentro dessa cosmovisão, a felicidade é algo extremamente relativo. Todavia, não é esse o conceito que encontramos nas bem-aventuranças pregadas por Jesus. Uma simples leitura no Sermão do Monte nos revelará quem são as pessoas realmente felizes.


II – OS VERDADEIRAMENTE FELIZES:

(1) – BEM-AVENTURADOS OS POBRES – Mt 5.3 – Também podemos expressar: Bem-aventurados os humildes ou de espírito despojado – Aqui Jesus não está se referindo apenas a coisas materiais. Mateus coloca como sendo palavras de Jesus a expressão: “Bem-aventurados os pobres de espírito”. Nesse contexto, pobre é quem tem uma carencia. Os pobres de espírito, isto é, aqueles que reconhecem suas verdadeiras carencias são quem, de fato, prosperam. O termo empregado nesta passagem bíblica é o mesmo que foi aplicado ao mendigo Lázaro em Lc 16.20, 22 – sugerindo destituição espiritual.


(2) – BEM-AVENTURADOS OS QUE CHORAM – Mt 5.4 – Esta é a bem-aventurança das lágrimas ou do quebrantamento. Feliz é aquele que chora tanto pela sua própria situação, como também a do mundo. Da mesma forma que o Profeta Isaías, é aquele que sente seus próprios pecados, mas também lamenta os pecados do seu próximo (Is 6.5). 

Leiamos II Rs 8:11; Lc 19:41; Jo 11:35 - OS MELHORES HOMENS CHORAM MAIS FACILMENTE! AS LÁGRIMAS TÊM EM SI UMA MENSAGEM SILENCIOSA DO CORAÇÃO.


(3) – BEM-AVENTURADOS OS MANSOS – Mt 5.5 - Os mansos não são os fracos ou covardes; os mansos...

(A) - São os que, sob as pressões da vida, aprenderam a curvar as suas vontades e colocar de lado as suas noções próprias, diante da grandeza e da graça de Deus;

(B) - São caracterizados por uma confiança humilde, em vez de arrogância independente.

(C) - São os que não se ofendem, mas os que sabem responder brandamente.


(4) – BEM-AVENTURADOS OS QUE TEM FOME E SEDE DE JUSTIÇA – Mt 5.6 - As palavras "fome" e “sede”, no texto, significam "estar necessitado", "ter forte desejo", "almejar ardentemente", "buscar ansiosamente".

Jesus procura nos mostrar através desta bem-aventurança que antes de possuirmos Deus e seu Reino, precisamos fazer dEle o centro de nossa imaginação e busca. É preciso ansiar por Deus – Sl 42:1-2; Am 8:11; Mt 22:37; Apc 21:6 – O bem-aventurado está consciente de que a verdadeira prosperidade só se realiza com a implantação do Reino de Deus, onde a justiça é superabundade – Sl 119.40, 47, 70, 70, 92, 97, 103; Jr 15.16.


(5) – BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS – Mt 5.7 - A palavra misericórdia, dependendo do sentido abordado, pode significar: DEVOÇÃO, COMPAIXÃO, DÓ, BONDADE, FAVOR, GRAÇA. No caso deste versículo, expressa um sentimento emanante do amor de Deus e do coração daqueles que são nascidos e guiados pelo Espírito Santo.

Leiamos Gn 41:51-52 – Aí seria uma oportunidade magnífica para a maioria das pessoas que não tem maturidade espiritual se ufanarem. Teria sido uma perfeita oportunidade para José se envaidecer e dizer: “OLHEM PARA MIM. SE LEMBRAM DOS SONHOS QUE TIVE? ACABAM DE SER REALIZADOS!” Todavia, José era misericordioso, tinha grandeza de alma (Gn 45:5, 7-9).


(6) – BEM-AVENTURADOS OS LIMPOS DE CORAÇÃO – Mt 5.8 – São aqueles cujos motivos estão absolutamente livres de mistura, cujas mentes são totalmente sinceras, que são completa e totalmente de um só propósito. Se examinarmos com honestidade os nossos motivos, ficaremos humilhados, porque um motivo sem mistura de segundas intenções é uma das coisas mais raras no mundo. Temos aqui uma conclamação ao autoexame. Este é o padrão segundo o qual deveremos nos medir, de acordo com o significado desta bem-aventurança.


(7) – BEM-AVENTURADOS OS PACIFICADORES – Mt 6.9 - Este texto não é para os que amam a paz, mas para os que a promovem. Não basta querer ou amar a paz; é necessário promovê-la - Tg 3:18 cf Sl 34:14 - O pacificador é alguém convencido do fato de haver recebido de Deus o ministério da reconciliação (II Cor 5:18). É um homem cuja bandeira é a paz; é aquele que sabe acalmar as contendas. Leiamos e meditemos em Gn 26.6-30.


(8) – BEM-AVENTURADOS OS PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTIÇA – Mt 5.9 – Aqui se encontra um conceito sobre prosperidade que se contrapõe àquele existente nos nossos dias. Sofrer injustiça, ser perseguido e até mesmo ser martirizado por causa do Reino de Deus, é considerado pelo Senhor como sinal de bem-aventurança. Dificilmente aqueles que se consideram prósperos dentro da teologia da prosperidade admitem esse conceito.

Apresentar-se como vítima é um artifício muito seguido. O reino dos céus pertente somente àqueles que são perseguidos por causa da bondade, não àqueles que o são por algum mal cometido.


III - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

As bem-aventuranças põem em contraste todos os modelos de prosperidade existentes, quer tenham sido vividos nos dias bíblicos, quer hoje. A lição é que alguém próspero não é aquele que é medido por fora, mas alguém que é medido por dentro. Deus quer que Seus filhos prosperem, mas que essa prosperidade reflita mais uma atitude interior do que simplesmente o acúmulo de bens terrenos.


FONTES DE CONSULTA:

A Prosperidade à Luz da Bíblia – CPAD – José Gonçalves

Lições Bíblicas Maturidade Cristã - Edições CPAD - 1º Trimestre de 1987 -
Comentário: Raimundo F. de Oliveira

Lições Bíblicas CPAD – 4º Trimestre de 1998 – Comentário: Geremias do Couto

A Mensagem do Sermão do Monte - ABU EDITORA - Autor: John R. W. Stott

25 de jan. de 2012

1º TRIMESTRE DE 2012 - LIÇÃO Nº 05 - 29/01/2012 - "AS BÊNÇÃOS DE ISRAEL E O QUE CABE À IGREJA"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 05 - DATA: 29/01/2012
TÍTULO: “AS BÊNÇÃOS DE ISRAEL E O QUE CABE À IGREJA”
TEXTO ÁUREO – Ef 1:3-4
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Gl 3:2-9
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I – INTRODUÇÃO:

Quando nos referimos às bênçãos que foram prometidas ao antigo Israel, logo queremos saber: Que bênçãos foram prometidas a Israel? Dessas bênçãos, o que cabe ao povo de Deus hoje? Elas se aplicam à Igreja? O problema ocorre quando não procuramos enxergar as esferas de competencias de cada uma das Alianças. Trata-se de um só povo, mas com promessas de bênçãos bem diferenciadas.


II - DEFINIÇÃO E ALGUNS TIPOS DE ALIANÇA:

(1) - ALIANÇA - Em linguagem teológica, aliança é um acordo firmado entre Deus e a família humana, através do qual Ele promete abençoar os que lhe aceitam a vontade e guardam os Seus mandamentos. A base das alianças é o amor divino. É um compromisso gracioso da parte de Deus, pelo qual Ele concede-nos favores imerecidos.


(2) - ALIANÇA CONDICIONAL: É uma proposta de Deus, em que Ele promete, segundo condições preestabelecidas, conceder bênçãos especiais ao homem, desde que este cumpra perfeitamente certas condições, bem como executar punições precisas, em caso de não cumprimento.

Na Aliança Condicional o cumprimento do que foi acordado depende do receptor da aliança, não do outorgador. Algumas obrigações ou condições devem ser satisfeitas pelo receptor, antes que o outorgador se obrigue a cumprir o que foi prometido. É uma aliança na qual está sempre presente a partícula “SE”. A aliança mosaica, entre Deus e Israel, é uma dessas alianças.

(3) - ALIANÇA INCONDICIONAL – É uma disposição soberana de Deus, mediante a qual Ele estabelece um contrato incondicional ou declarativo com o homem, obrigando-se, em graça, por um juramento irrestrito, a conceder, de Sua própria iniciativa, bênçãos definidas para aqueles com quem compactua.

Na Aliança Incondicional, o cumprimento do que foi acordado depende unicamente daquele que faz a aliança. O que foi prometido é soberanamente concedido ao receptor da aliança com base na autoridade e na integridade do outorgador, independentemente do mérito ou resposta do receptor. É uma aliança sem a presença da partícula “SE” vinculado a ela.


III - A ALIANÇA ABRAÂMICA:

Neste conteúdo procuraremos mostrar, através da Bíblia, o que foi prometido a Israel e o que hoje cabe à Igreja. Para isso ficar de maneira bem pedagógica, devemos ter em mente que as bênçãos tem seus aspectos:

(A) – PESSOAL;

(B) – NACIONAL; e

(C) - UNIVERSAL.

Assim...

(1) – DEUS TRATOU COM O INDIVÍDUO ABRAÃO (OU PESSOALMENTE) – Gn 12.1 – O que antes pertenceu aos judeus e depois foi dado aos cristãos, foi prometido primeiramente a Abraão. As bênçãos que ele contemplou se destinavam tanto a sua vida pessoal, como também ao seu povo.

Outro aspecto importante a ser lembrado é que as bênçãos contemplavam o presente, mas também apontavam para um futuro. Eram transitorias, mas também apontavam para algo permanente. Portanto, as bênçãos eram tanto temporais como eternas.

As bênçãos temporais eram aquelas que diziam respeito à realidade presente ou pessoal do patriarca; por outro lado, as bênçãos eternas se referem àquelas que diziam respeito às promessas com cumprimento futuro.

Quando o Senhor chamou Abraão de Ur dos Caldeus, ele se tornou um nômade. Nessa jornada:

(A) – O homem Abraão perdeu a sua patria de origem, mas recebeu a promessa de ser uma nova nação – Gn 12.1-2;

(B) – Perdeu amigos, mas recebeu a promessa de receber reconhecimento – Gn 12.2;

(C) – Passou a ser um errante pelo deserto, mas recebeu a promessa de proteção divina – Gn 12.2;

(D) – Perdeu o aconchego da família, mas recebeu a promessa de vir a ser uma bênção para todas as nações – Gn 12.3;

Gn 23.6 - As bênçãos de Abraão também tiveram um alcance social. De acordo com o texto bíblico, Abraão gozava de um bom relacionamento com aqueles no meio dos quais convivia. Por isso, não adianta somente possuirmos bênçãos materiais, se aqueles que estão ao nosso redor não forem abençoados de alguma forma em consequencia disto. Os heteus não adoravam o Deus de Abraão, mas respeitavam o patriarca e sua fé.

Esses relatos nos revelam a soberania de Deus na chamada de Abraão e a sua bondade em abençoar ao patriarca em resposta à sua obediencia – Gn 13.2; 24.34-35

Abraão não partiu de Ur dos Caldeus a procura de bênçãos materiais, financeiras e nem tampouco de uma vida saudável, mas EM RESPOSTA AO CHAMADO DIVINO PARA SUA VIDA. As bênçãos da prosperidade foram uma consequencia disso – Gn 24.35; 25.8.

(2) – O ASPECTO NACIONAL DA BÊNÇÃO SOBRE ISRAEL – Quando se faz referencia às bênçãos do antigo Israel como herança de todos os filhos de Deus, alguns fatos não são vistos ou levados em conta. Por exemplo, haviam bênçãos dadas a Israel que eram de caráter puramente nacional, isto é, diziam respeito a eles como povo. Por outro lado, havia aquelas de caráter universal e espiritual, que apontavam para um futuro distante.

(2.1) – O alcance geográfico das bênçãos – Como um povo com identidade própria, Israel necessitava de uma terra física para habitar. Na chamada feita a Abraão, o Senhor prometeu fazer dele uma grande nação e dar a terra de Canaã como possessão a seus descendentes (Gn 12.2; 17.8). Essa era uma bênção nacional. A terra pertencia a eles.

(2.2) – O alcance político das bênçãos – Dt 28.7 – Na lista de bênçãos prometidas ao Israel nação ou histórico, ou ainda étnico, encontramos aquelas de natureza política. Elas diziam respeito ao convívio com nações vizinhas. Primeiramente vemos Israel convivendo em um meio hostil, e que por esse fato dependia da proteção divina. Sem essa proteção, Israel seria incapaz de sobreviver como nação em meio àqueles que os hostilizavam. Por outro lado, encontramos Israel recebendo reconhecimento dos povos vizinhos em decorrencia das bênçãos do Senhor. Esse temor era traduzido no sentimento de respeito que eles inspiravam.

(2.3) – O alcance global das bênçãos – É fácil percebermos que nem todas as bênçãos prometidas a Israel por intermedio dos patriarcas podem ser traduzidas em bênçãos locais, materiais e pessoais. Havia também aquelas de caráter universal e espiritual. Elas teriam um caráter coletivo e apontavam para um futuro ainda muito distante.

Gn 12.3 – Quando o Senhor falar isto com Abraão, a referencia é a salvação por intermedio da pessoa bendita de Jesus Cristo (Gl 3.8). Essa promessa se cumpriu muito séculos depois do patriarca. Essas bênçãos, embora contempladas por Abraão, não foram desfrutadas por ele – Jo 8.56 – Abraão “VIU” os dias do Messias, MAS NÃO OS VIVENCIOU. A bênção era para sua posteridade.

(3) - AS BÊNÇÃOS SOBRE A IGREJA SÃO DE CARÁTER UNIVERSAL – Pudemos observar que as bênçãos na Antiga Aliança era de natureza material, social e também espiritual. Havia bênçãos que diziam respeito à vida pessoal do patriarca Abraão, como também bênçãos destinadas ao Israel nação. Em todos os casos, as bênçãos sob a Antiga Aliança fazem sobressair seu aspecto temporal ou transitório em contraste com aquilo que é prometido para a Nova Aliança, que é eterno e permanente – Hb 8.13; 10.34.

Na Nova Aliança, as bênçãos são atemporais, isto é, são eternas. Aquilo que era apenas prometido na Antiga Aliança tem seu pleno cumprimento na Nova. O transitorio, efêmero e temporal pertenciam ao Antigo Pacto; o permanente, eterno e atemporal pertence ao Novo Pacto – II Cor 3.1-11.

(3.1) – O material e o espiritual – O que pertencia a Israel que pode ser desfrutado pela Igreja? Como já foi dito, a Antiga Aliança enfatizava o aspecto material, local e transitorio das bênçãos; a Nova Aliança sublinha seu lado espiritual, universal e eterno. As bênçãos listadas sob a Antiga Aliança, por exemplo, eram nominadas como sendo bois, jumentos, ovelhas, prata e ouro (Gn 24.35; Jó 1.1-3).

Por outro lado, as bênçãos listadas na Nova Aliança são nominadas como sendo:

(A) – Justificação Gl 2.16; 2.21

(B) – Herança espiritual de filho de Deus – Rm 8.14; Gl 3.18

(C) – Vida – Gl 3.21; Rm 8.2

(D) – Liberdade – Gl 4.8-10; Gl 5.1

(E) – O dom do Espírito Santo – Gl 3.2

(D) – Remissão de pecados - Ez 36:25 cf Mt 26:28; Hb 8:12

(E) – Um novo coração - Ez 36:26 cf Jo 14:23, 27; 15:11; Hb 8:10

(F) – Concessão do Espírito do Senhor - Ez 36:27 cf Lc 24:49; Jo 14:16-17, 26

(G) – Cura Divina - Ex 15:26 cf Tg 5:14-15

Isso demonstra que as bênçãos da Nova Aliança se sobrepõem as da Antiga, e que são superiores e exclusivas para os crentes do Novo Pacto – Hb 8.6 cf Ef 1.3


IV - A RESPONSABILIDADE DO HOMEM PARA COM A NOVA ALIANÇA

À semelhança da Aliança com Abraão, é necessário que o homem creia em Deus e expresse sua fé, confessando publicamente o nome de Jesus (Mt 10:32; Mc 16:16; Jo 6:47; 14:15; Rm 10:9-10; Tg 2:17

V - UMA NOVA CARACTERÍSTICA DA NOVA ALIANÇA

Ela é UNIVERSAL, fato que Jesus claramente declarou. Suas provisões e promessas são em benefício de todas as nações e de toda criatura - Mt 28:19-20; Mc 16:15; Lc 24:47

VI - CONSIDERAÇÕES FINAIS:


Em razão do pecado de Israel e seu fracasso, Deus foi obrigado a afastar-se deles e deixar-lhes a casa vazia (Ez 10.4; 11.23); (Mt 12.43-45; 23.38). 

Logo, a grande vantagem da atual Dispensação é esta: Que ficaram liberadas para todo o mundo as riquezas da graça que previamente estavam sob a custódia dos judeus que não as administraram bem.

Essas verdades devem ser pregadas em todo o mundo pelos convertidos em Cristo para que toda criatura tome conhecimento da faustosa oportunidade de receber plena salvação (Mt 28.20; II Tm 2.2). O meio que Deus usa para conseguirmos este objetivo é a pregação do Evangelho da graça (Mc 16.15; I Cor 1.21; Rm 1.16).


FONTES DE CONSULTA:

1) Escatologia - Doutrina das Últimas Coisas - CPAD - Severino Pedro da Silva

2) O Plano Divino Através dos Séculos - CPAD - N. Lawrence Olson

3) Pequena Enciclopédia Bíblica - CPAD - Orlando Boyer

4) Dicionário Teológico - CPAD - Claudionor Corrêa de Andrade

5) Manual de Escatologia - Editora Vida - J. Dwight Pentecost

6) Dicionário Teológico do Antigo Testamento - Edições Vida Nova - R. Laird Harris, Gleason L. Archer e Bruce K. Waltke

7) O Sábado, A Lei, A graça - CPAD - Abraão de Almeida

8) Carta Aos Coríntios - CPAD - Frank M. Boyd

9) A Prosperidade à Luz da Bíblia - CPAD - José Gonçalves

18 de jan. de 2012

1º TRIMESTRE DE 2012 - LIÇÃO Nº 04 - 22/01/2012 - "A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 04 - DATA: 22/01/2012
TÍTULO: “A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO”
TEXTO ÁUREO – Rm 14.17
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: II Cor 8.1-9
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I – INTRODUÇÃO:

O ensino neotestamentario sobre a prosperidade é bem explícito. Todavia, um contraste feito entre aquilo que ensina Jesus e o que dizem hoje dezenas de mestres modernos sobre esse mesmo assunto, nos passa a ideia de estarmos diante de duas coisas completamente diferentes. Por um lado, temos hoje dezenas de igrejas e pregadores incentivando o consumo e uma vida de acúmulo de bens. Por outro lado, temos o Senhor Jesus e Seus apóstolos até desencorajando tal ideia – Mt 6.19; I Tm 68-10. Qual a origem dessa contradição?


II – VOCÁBULOS QUE EXPRESSAM PROSPERIDADE NO NOVO TESTAMENTO:

O N.T. grego possui alguns vocábulos que expressam bem o sentido daquilo que é um viver próspero:

(1) – EUODOO – palavra formada por:

EU = PASSAR BEM e

HODOS = CAMINHO.

Portanto, o sentido é: PROSPERAR, SER BEM SUCEDIDO – I Cor 16.2; III Jo 2.

(2) – PERISSEUO – Essa palavra é um verbo, cujo sentido é o de TER EM EXCESSO.

(3) – PERISSOS – Essa palavra é um adverbio, que mantem o significado de MAIS DO QUE NECESSARIO – Jo 10.10; Fp 4.12, 18

Tanto PERISSEUO quanto PERISSOS são traduzidos em nossas bíblias como ABUNDANCIA.

Diante destes fatos, é necessario descobrirmos aquilo que Jesus e Seus apóstolos definiram como sendo um viver próspero.


III – REINO PRESENTE E REINO FUTURO:

Parece não haver dúvidas de que a cultura de hoje tem atribuído um sentido ao viver cristão que em nada se assemelha ao modelo vivido pelos crentes da Igreja Primitiva. Sucesso e consumo são termos que definem bem o que seja hoje uma vida próspera.

Por outro lado, prosperidade no N.T. não está vinculada a uma vida de realização material, mas com a restauração da comunhão com o Senhor que havia sido perdida.

Se a ideia que se tem hoje de alguém próspero é a daquele que galgou os degraus do sucesso e da fama, no N.T. ser próspero significa até mesmo a perda desse sucesso e dessa mesma fama – Fp 3.7-8; Lc 18.22; 19.2, 8.

Mc 10.29-30 - Embora os primeiros crentes já pudessem desfrutar na vida presente de certas bênçãos do mundo vindouro, estavam com o coração voltado para o reino futuro. Isso levou, por exemplo, o apóstolo Paulo a ansiar (ainda em seus dias) pela segunda vinda de Cristo – I Cor 16.22; I Ts 4.17. É essa a dimensão escatológica que a Igreja Primitiva possuía e que hoje necessitamos resgatar.

É por isso, também, que a Escritura exorta com frequencia a não alimentarmos uma mentalidade de mercado. A Bíblia diz que não podemos confiar nas riquezas e que, por isso, não convem acumulá-las – I Tm 6.17; Mt 6.19, 33.

A ideia é que o crente, quando põe sua confiança em bens materiais, pode cair na tentação da cobiça e até mesmo se desviar – I Tm 6.9-10. Ainda mais: Tiago alerta que a confiança em bens terrenos pode conduzir à opressão e ao engano – Tg 2.6; 5.4.


IV – “SER” VERSUS “TER”:

Leiamos e meditemos em Lc 12.13-22:

Nessa passagem encontramos alguém que estava mais preocupado em “ter” do que “ser”; ele queria “ter”, isto é, possuir muitos bens materiais, mas demonstrou total descaso em “ser” alguém zeloso com as coisas espirituais.

Jesus proferiu a parábola para reprovar a avareza do homem do verso 13. Cristo viu atrás da máscara de justiça o olho cobiçoso.

Reparemos: O rico da parábola não foi acusado de qualquer crime, nem de explorar o próximo, nem de não pagar bem aos trabalhadores, tampouco de ter ganhado qualquer coisa ilegitimamente. Foi a bondosa mão de Deus que enriquecera seus esforços.

Ainda mais: De fato, a Bíblia condena o amor ao dinheiro, e não a aquisição dele (I Tm 6.10). O N.T. cita cristãos que possuíam bens e não os condena por isso. Por exemplo: José de Arimatéia (Mt 27.57); Zaqueu (Lc 19.2) e Dorcas (At 9.36). Mas, quando se trata de riquezas, parece que há um desequilibrio crônico entre “ter” e “ser”. Parece que para muitos ter posses é melhor do que ser um amigo de Deus – Lc 18.24.

(A) - “QUE FAREI?” (Lc 12.17) – A resposta mais propria ao rico é que devia, certamente, dar graças ao Deus que lhe abençoara de maneira tão pronunciada. Mas, ao contrario, o rico não falou em Deus! Falou cinco vezes no que era seu!: “MEUS FRUTOS”, “MEUS CELEIROS”, MINHAS NOVIDADES”, “MEUS BENS”, “MINHA ALMA” – Quanto maior a safra, tanto mais são os cuidados, e tanto mais se esquece dAquele que a dera – Os 2.8-9

Ficam, então, os questionamentos àquele homem rico:

(1) – Será que não havia nenhuma sinagoga para construir ou para reformar?

(2) – Não havia qualquer levita para socorrer?

(3) – Não havia pobres e necessitados?

(4) – Não havia órfãos desamparados?

(5) – Não havia viúvas sem sustento?

O rico resolveu gastar tudo para o seu proprio beneficio, aumentando mais sua fortuna e sua preocupação.

(B) - “DIREI A MINHA ALMA” (Lc 12.19) – O rico parecia não ter a menor concepção da eternidade; não tinha maior ideal para a alma do que o conforto terrestre, as gulodices deste mundo e os divertimentos de sua geração.

(C) - “MAS DEUS LHE DISSE: LOUCO, ESTA NOITE TE PEDIRÃO A TUA ALMA...” (Lc 12.20) – Foi mesmo quando o rico se orgulhava de ser muito sábio e próspero, que Deus lhe chamou de “LOUCO”!

O epitafio de Deus foi “LOUCO”. Mas, o que o mundo teria gravado no túmulo daquilo homem rico? Talvez o mais honroso....

Diz-se que era costume entre os romanos oferecer à pessoa considerada idiota a escolha entre uma maçã e uma pepita de ouro. Se escolhesse a primeira opção, ficaria provada a sua demencia.

Igualmente, ficará provado perante o grande Tribunal de Deus que muitos milhões de homens, prudentes e sábios quanto a sua vida no mundo, são irremediavelmente loucos quanto à eternidade. O homem que não entesoura coisa alguma no mundo para onde vai tão depressa, e que se interessa somente em entesourar no mundo, de onde muito em breve vai sair, não pode evitar o título que Deus lhe dá de LOUCO.

A sentença escrita de repente no coração de todo rico insensato pela mão do Criador, é interrupção horrorosa aos seus planos sem Deus.

(D) - “RICO PARA COM DEUS” (Lc 12.21) – Descobrimos nestas palavras uma aurora áurea para nós: o mais pobre pode enriquecer-se para toda a eternidade.

Herodes é um exemplo de quem é rico para com os homens – At 12.20-23;

Estêvão é exemplo de um que se enriqueceu para com Deus – At 6.5, 8

(E) – “PORTANTO VOS DIGO:...” (Lc 12.22) – Esta palavra indica que a linha acerca da ansiosa solicitude é conclusão do ensinamento sobre o rico insensato. A admoestação contra a perturbação de espírito, causada pelo receio de faltar o pão cotidiano, é outra forma da advertencia contra o entesourar para si na terra. Geralmente, os discípulos não possuíam celeiros rebentando de bens. Seu problema não era o de arranjar lugar para recolher seus frutos. A ansiosa solicitude dos pobres, contudo, e a avareza dos ricos, são a mesma falta de confiança nAquele que supre tudo para o sustento do corpo de Seus filhos.

(F) – TRÊS ERROS PAVOROSOS DO RICO INSENSATO:

(1) – Não reconhecia a existencia de seu Criador, agindo como se a sua vida e seu futuro estivessem ao seu inteiro dispor;

(2) – Não admitia que existisse a sua alma. Disse “minha alma”, mas se referia a seu corpo, que tinha “em depósito muitos bens...”;

(3) – Na embriaguez de sua insensatez, fazia seus maiores planos, mesmo na hora de Deus o retirar do mundo.

“ASSIM É AQUELE QUE PARA SI AJUNTA TESOUROS, E NÃO É RICO PARA COM DEUS”.

Desta forma: “Ter” está relacionado com aquilo que possuímos, enquanto “ser” tem a ver com aquilo que somos.


V – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A prosperidade no contexto do N.T. está relacionada a um estado de espírito, isto é, uma vida de um correto relacionamento com Deus, que resulta em paz interior. Embora possamos ser agraciados com posses de bens materiais, como havia entre os cristãos primitivos, a nossa vida não deve ser direcionada por uma cultura de consumo que busca desenfreadamente a realização apenas do ego, e não de Deus.

Esse desejo exacerbado por trás das posses está intimamente relacionado com o exercício de poder. Queremos “ter”, isto é, possuir, para mostrar quem somos. Alguém já disse que: - “EXISTE MUITA GENTE COMPRANDO O QUE NÃO PRECISA, COM O DINHEIRO QUE NÃO TEM, PARA MOSTRAR O QUE NÃO É”.


FONTES DE CONSULTA:

A Prosperidade à Luz da Bíblia – CPAD – José Gonçalvez

Espada Cortante – CPAD – Orlando Boyer

11 de jan. de 2012

1º TRIMESTRE DE 2012 - LIÇÃO Nº 03 - 15/01/2012 - "OS FRUTOS DA OBEDIENCIA NA VIDA DE ISRAEL"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 03 - DATA: 15/01/2012
TÍTULO: “OS FRUTOS DA OBEDIENCIA NA VIDA DE ISRAEL”
TEXTO ÁUREO – Rm 9:20
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Lc 12:13-21
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I – INTRODUÇÃO:

Deus quer fazer prosperar o Seu povo e, para isso, deu-lhe muitas promessas. Todavia, é uma verdade também que as bênçãos prometidas estão condicionadas a uma vida obediente aos princípios esposados na Sua Palavra. O segredo, pois, de um viver abençoado e próspero, é um correto relacionamento com Deus.


II – A OBEDIENCIA COMO FONTE DE BÊNÇÃO:

Leiamos Gn 22:1-19 – A expressão “tentou Deus a Abraão” é traduzida na versão ARA (Almeida Revista e Atualizada) como “pôs Deus Abraão à prova”. Deus testa a obediencia do crente! A Bíblia diz que Abraão obedeceu e que foi abençoado. Então, o que está no caminho da bênção?

(1) – UM “ISAQUE” PARA SACRIFICAR – Gn 22.2 – Toda bênção tem um preço! Querer ser abençoado sem, contudo, entregar “o Isaque” para o sacrifício, é impossível. Infelizmente, multiplica-se o número de crentes que estão correndo atrás da bênção, mas que não demonstram, no seu dia a dia, uma vida submissa aos princípios do evangelho.

Quando Abraão demonstrou mesmo que ia sacrificar o seu único filho, a quem amava, o Senhor reconheceu a sua obediencia – Gn 22.18.

Vale ressaltar: Sob a lei mosaica, o sacrifício era de um animal morto; sob a graça, o sacrifício é do crente vivo – Rm 12.1-2.


(2) – UM “MORIÁ” PARA ESCALAR – Gn 22.2 - É necessário “subir o Moriá” de Deus e encontrar a bênção no seu cimo!

Hoje está na moda subir o “monte” como um lugar místico em busca da bênção. Mas a Palavra de Deus mostra que, como princípio, subir o monte está associado à necessidade de buscar ou subir até a presença de Deus, e não à geografia de um lugar – Jo 4.20-24 - O monte pode ser o nosso quarto, ou o templo da igreja, ou, ainda, qualquer outro lugar – Mt 6.6; At 16.13, 16.

Quem ora hoje no monte Sinai, no monte Moriá, ou em outro monte qualquer, não leva nenhuma vantagem sobre quem, por exemplo, ora numa pequena cidade do sertão nordestino, ou numa baixada. A geografia não é o mais importante e, sim, a esfera e a atitude em que a oração acontece, isto é, no Espírito – Ef 6.18; I Tm 4.7.

Leiamos I Rs 20.23-28 - Os servos do rei Ben-Hadade disseram que Israel só tinha obtido vitória porque o Deus de Israel era apenas Deus dos MONTES; se eles pelejassem contra Israel na planície, ou seja, no VALE, certamente Israel seria derrotado e destruído. Pelejaram contra Israel novamente, desta vez no VALE. Deus usou um profeta e falou para o rei de Israel: “Vou mostrar e provar para eles que Eu Sou Deus tanto dos MONTES QUANTO DOS VALES”. Travaram outra batalha e Israel venceu. Nosso Deus é Deus em todos os lugares! Não importa onde estejamos: Se no vale, ou no monte. O que importa é a presença do Senhor na nossa vida! Ele é Deus tanto dos MONTES QUANTO DOS VALES.


(3) – UM ALTAR PARA EDIFICAR – Gn 22.9 – Abraão era um adorador; aonde chegava, construía um altar – Gn 22.5, 17 – Possuir bens, riquezas ou posses só faz sentido de fato se o Senhor é reconhecido como sendo a fonte delas. O que se observa é que muitos cristãos querem, a todo custo, ser abençoados, mas fracassam em se submeter ao senhorio do Senhor. Para estes, qualquer evangelho que fale em sacrificio ou renúncia, é tido como legalista. Guardemos: A obediencia a Deus é a chave para a construção de um relacionamento sadio com o Senhor.

Deus quer a obediencia de um filho, e não de um escravo. O filho obedece porque ama; o escravo, porque é obrigado! Abraão foi obediente a Deus, mesmo vivendo 430 anos antes da Lei de Moisés.


III – A DESOBEDIENCIA COMO FONTE DE MALDIÇÃO:

Sob diferentes ângulos, podemos observar que as maldições no A.T. estão associadas a algumas situações específicas. Vamos a alguns exemplos:

(A) – Em Gn 3.14, 17, a maldição vem como uma declaração de punição e como consequencia da queda do primeiro casal;

(B) – Em Jr 11.3, a maldição aparece como um proferir de ameaças e como consequencia da quebra da aliança com o Senhor; e

(C) – Em Dt 27.15-26 e 28.16-19, a maldição aparece como uma proclamação de leis e como consequencia da quebra da aliança com o Senhor.

Desta forma, assim como a bênção está associada à obediencia a Deus, a maldição vem associada à desobediencia, ocorrendo quando há uma quebra da aliança.

O A.T. é rico em ilustrações que revelam situações em que o afastamento da palavra de Deus provocou derrota, caos e maldições. Vejamos algumas:

(1) – QUANDO A PALAVRA DE DEUS ESTÁ PERDIDA DENTRO DA CASA DO SENHOR – II Cr 34.14-15 cf II RS 22.8-13 – O Livro da Lei era, mais especificamente, o livro de Deuteronômio. A pena destas maldições (Dt 28) era frequentemente citada para chamar Israel de volta à adoração a Jeová. Provavelmente foi a leitura de Dt 28 que alarmou o rei Josias e resultou em suas grandes reformas.

No período em que o povo de Israel perdera completamente o contato com a Palavra do Senhor, ocorreram os pecados mais grosseiros – II Cr 33.3, 22.

É lamentável quando temos a Palavra de Deus, mas ela se encontra perdida dentro da Casa do Senhor! Muitos possuem a Palavra, poucos a leem e uma minoria a pratica.

(2) – QUANDO A PALAVRA DE DEUS SE TORNA ESCASSA – I Sm 3.1 – A expressão “de muita valia” possui o sentido de “raridade”. A ideia é que, nos dias do profeta Samuel, a Palavra de Deus não era muito popular entre o povo. As consequencias da ausencia da Palavra do Senhor são vistas no estado de anarquia que as tribos de Israel se encontravam. Eli já não exercia influencia nem mesmo sobre a sua família – I Sm 3.13

(3) – QUANDO A PALAVRA DE DEUS É DESPREZADA – Jr 35.1-19 – A história dos recabitas causa impacto pelo zelo demonstrado por esta família. Deus a tomou como modelo para confrontar a desobediência do Seu povo.

Os recabitas receberam ordens por parte de seu pai para não beberem vinho, tampouco habitarem em tendas.

O Senhor instruiu o profeta Jeremias para testar a fidelidade dos recabitas, oferecendo-lhes vinho para beber.

Mesmo diante da prova, eles não desobedeceram à ordem do pai.

O Senhor revela ao profeta que isso não acontecia com o Seu povo, que embora recebendo ordem direta do próprio Deus para deixarem a idolatria, ainda assim continuavam seguindo outros deuses. Ao contrário dos recabitas, eles não valorizavam a Palavra de Deus. Os recabitas eram um modelo de obediencia, pois, tendo recebido uma ordem apenas humana, obedeceram; os judeus, ao contrário, mesmo recebendo um mandamento divino, não obedeceram!


IV – ALGUMAS ADVERTENCIAS:

Fazendo-se uma análise entre a primeira e segunda parte do capítulo 28 de Deuteronômio, observamos um enorme contraste:

(A) – Na primeira metade, encontramos o caminho para as bênçãos; na segunda, nos deparamos com a maldição como o inverso de tudo isso;

(B) – Na primeira parte, as bênçãos são prometidas; na segunda, são retiradas;

(C) – Na primeira parte, as bênçãos são acrescentadas; na segunda, são subtraídas.

Todas as maldições são acrescidas àquelas já enumeradas no capítulo 27. A razão que é dada na Bíblia para justificar a perda da bênção, é a desobediencia à Palavra de Deus. Por isso:

(1) – TENHAMOS CUIDADO COM OS PECADOS DE NATUREZA ESPIRITUAL – Dt 27.15 – A idolatria é colocar qualquer coisa ou pessoa em lugar de Deus. A maldição, vez por outra, alcançava o povo de Deus no Antigo Pacto porque o Senhor era preterido em Seu culto. O texto destaca que esse ídolo, quando adorado, ficava no lugar oculto. Os ídolos gostam de ficar em lugares secretos, no recôndito do coração.

(2) – TENHAMOS CUIDADO COM OS PECADOS DE NATUREZA SOCIAL – Dt 27.16 – O desprezo pelos pais é um pecado tão odioso que é posto próximo ao desprezo do próprio Deus. Se um homem abusasse de seus pais, ou em palavra ou ação, ele caía sob a sentença do magistrado, e era posto à morte – Ex 21.15, 17 – Mas lançar luz através do seu coração, era uma coisa da qual o magistrado não podia tomar conhecimento, e então é posto aqui debaixo da maldição de Deus que conhece todos os corações.

Os pais, quer sejam ou não evangélicos, devem ser honrados e respeitados. Quem não honra seus pais ou familiares, está sujeito à maldição. Aqueles que são crentes, mas possuem pais descrentes, devem tratá-los de forma honrada.

Por outro lado, observemos que o mandamento divino também adverte acerca do engano contra o próximo (Dt 27.17); contra o deficiente visual, o estrangeiro e a viúva (Dt 27.18-19)

(3) – TENHAMOS CUIDADO COM OS PECADOS DE NATUREZA SEXUAL – Dt 27.20-23 – O pecado sexual escraviza. Nesta época de TV digital e internet sem fio, devemos manter vigilancia total para que a nossa sexualidade não se transforme em um instrumento do pecado. O Senhor é bom e nos manda fugir da impureza – I Cor 6.18.


V – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Em Dt 28.15-68 vemos uma extensa lista de infortúnios para aqueles que quebrassem a aliança do Antigo Pacto. A intenção evidente dessa passagem é advertir o povo sobre as graves consequencias que o pecado de desobediencia poderia trazer no futuro. As consequencias seriam de quatro naturezas:

(A) – MATERIAIS – Prejuízo no campo e nos animais – Dt 28.18, 20, 22-23;

(B) – FÍSICAS – pestes e doenças – Dt 28.20-22;

(C) – EMOCIONAIS E ESPRITUAIS – derrotas, loucura, depressão, angústia – Dt 28.25, 28, 52.

O cristão, debaixo da Nova Aliança, não necessita participar de nenhum ritual de quebra de maldição, posto que as Escrituras afirmam que Cristo já nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós – Gl 3.13 cf Ef 1.3 – Somos abençoados e não amaldiçoados. Entretanto, embora o cristão não esteja mais debaixo de maldição, o N.T. traz a lei da semeadura e da colheita, através da qual seremos responsabilizados diante de Deus por nossas ações – Gl 6.7.

Assim, pudemos ver que o A.T. associa a desobediencia como causa primaria para o julgamento divino. O principio por trás das advertencias de castigo era levar o povo de Deus a um desejo de relacionamento mais íntimo com o Senhor. Nem as bênçãos, nem os castigos ocorriam de forma mecânica.

Quando alguém, por exemplo, quebrava um mandamento, mas demonstrava arrependimento por sua ação, o Senhor o perdoava e suspendia o julgamento, muito embora as consequencias do erro e do pecado permanecessem – II Sm 12.13; II Cr 33.9-13.


FONTE DE CONSULTA:

A Prosperidade à Luz da Bíblia - CPAD - José Gonçalves

4 de jan. de 2012

1º TRIMESTRE DE 2012 - LIÇÃO Nº 02 - 08/01/2012 - "A PROSPERIDADE NO ANTIGO TESTAMENTO"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 02 - DATA: 08/01/2012
TÍTULO: “A PROSPERIDADE NO ANTIGO TESTAMENTO”
TEXTO ÁUREO – Gn 39.3
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Dt 8.11-18
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I – INTRODUÇÃO:






Os ensinos atuais sobre a prosperidade estão baseados, quase que exclusivamente, em passagens do A.T.. Isso nos leva à perigosa definição de que a prosperidade significa, apenas, o acúmulo de posse, bens ou de alguém que possui saúde perfeita. Desta forma, fica impossível termos uma radiografia correta da prosperidade bíblica, tomando-se por base apenas textos do A.T. e ignorando aquilo que o N.T. diz sobre esse assunto. Somente interpretando o A.T. à luz do Novo será possível termos um estudo equilibrado sobre a prosperidade bíblica.


II – RICOS E POBRES NO ANTIGO TESTAMENTO:






O contraste entre ricos e pobres no A.T. é de fácil percepção. Leiamos Rt 2.1-2 e analisemos:

(1) - Boaz, homem de Deus, era “senhor de muitos bens”;

(2) – Rute, mulher de Deus, ia atrás de Boaz para “apanhar espigas”.

(3) - De acordo com a Lei de Moisés, somente aos muito pobres era dado o direito de colher as espigas que caíam atrás dos segadores – Lv 19.9-10; 23.22; Dt 24.19.

Desta pequena análise, podemos considerar que: Ao contrário do ensino dos mestres da fé, que nos passam a ideia de que no A.T. o povo estava pisando em ouro, já havia um enorme contraste entre pobreza e riqueza.

Além do mais, as causas para a pobreza não podem ser vistas de forma tão simples assim. O historiador William L. Coleman (citado no livro “A Prosperidade à Luz da Bíblia” – CPAD – José Gonçalves), mostra que um estudo criterioso sobre a pobreza no mundo bíblico deve levar em conta alguns fatores determinantes. Diz aquele historiador:

- “Eram vários os principais fatores que contribuíam para a existência de um grande número de pobres em Israel. É claro que havia muitas variáveis. Mas, para entendermos bem o quadro geral, precisamos considerar alguns dos obstáculos com que eles se defrontavam:

(A) – IMPOSTOS – O sistema de impostos constituía um grande peso para muitas famílias, para os pequenos agricultores e negociantes.

(B) – DESEMPREGO – Como o preço dos escravos era muito baixo, os ricos chegavam a ter um servo simplesmente para conduzir o seu cavalo. Por isso, o homem livre tinha que aprender um ofício, se quisesse conseguir um bom salário.

(C) – A MORTE DO CHEFE DA FAMÍLIA – Essa perda quase sempre deixava a família na pobreza, principalmente se os filhos fossem pequenos – II Rs 4:1

(D) – SECA E FOME – Às vezes, a própria natureza destruía rapidamente toda a colheita de uma temporada, acabando com todo o sustento de uma família de uma hora para outra - Sl 32.4.

(E) – AGIOTAGEM – Pela lei, era proibido cobrar juros de empréstimos feitos a pobres – Ex 22.25. Mas, apesar dessa recomendação divina, muitos credores tinham atitudes impiedosas, cobrando juros exorbitantes e empregando métodos cruéis para receber o pagamento da dívida”.

Portanto, fica bastante evidente que a pobreza não era um sinal de maldição ou pecado pessoal, assim como a riqueza não o era de bênção. No A.T. ninguém era amaldiçoado por ser pobre ou estar em pecado, nem tampouco abençoado por ser rico.

Por exemplo: I Sm 25.1-6, 25-26 – Nabal era um “homem muito poderoso”, possuidor de muitos bens e foi reconhecido por Davi como um próspero. Porém, era um “homem duro e maligno”, um filho de Belial. Possuía muitos bens materiais, mas nenhum valor moral ou espiritual. Isso nos faz constatar que há outros valores que o A.T. revela que, embora não sendo materiais, são tidos como grandes riquezas, verdadeiros tesouros. Dentre elas, destacamos:

(1) – O conhecimento – Pv 3.13; 20.15

(2) – A integridade – Sl 7.8; 78.72

(3) – A justiça – Sl 15.2; Pv 8.18; 14.34

(4) – O entendimento – Pv 15.32; 19.8

(5) – A humildade e a paz – Pv 12.20; 15.33; 18.12

Por isso, Salomão sabia que “a bênção do Senhor é que enriquece” – Pv 10.22

Logo, o que fica claro nas Escrituras da Antiga Aliança é que, tanto o pobre como o rico dependem do favor do Senhor.


III – NO SUOR DO ROSTO:






Leiamos Dt 8:11-18 e meditemos:

A prosperidade no A.T. está intimamente relacionada com o trabalho. A ideia de prosperar e enriquecer por outros meios que não seja o trabalho, é completamente estranha à Escritura.

Gn 2.15 – Ainda no paraíso, coube como tarefa ao primeiro homem cuidar do jardim, vigiando-o e lavrando-o.

Assim, a teologia do A.T. refuta a prática que transforma Deus em uma espécie de gênio da lâmpada. O Deus do Antigo Concerto faz prosperar, mas o faz através do trabalho.

Dt 8.18 – A palavra traduzida como “FORÇA” significa VIGOR e FORÇA HUMANA. A referencia é claramente ao esforço humano como resultado do seu trabalho.

Por outro lado, a palavra “PODER” mantém a idéia de EFICIÊNCIA, FARTURA e RIQUEZA. A idéia aqui é que prosperidade e trabalho são como as duas faces de uma mesma moeda: Onde um está presente, o outro também deve estar.

Aqueles que trabalham com diligencia dentro da sua especialidade, alcançarão o sucesso material necessário para satisfazer seus desejos.

Pv 28.19 – Aqui há uma advertência que, se abandonarmos os esforços na nossa área para seguirmos os conselhos dos levianos, ou colocarmo-nos sob sua influência, estaremos abandonando o caminho da sabedoria.

Não nos deixemos enganar por pessoas que parecem bem-sucedidas à primeira vista e oferecem “esquemas para enriquecermos da noite para o dia”, bons demais para serem verdadeiros.

Salomão nos garante que aqueles que trabalham com diligência, terão cada vez mais sucesso e riquezas, porém o dinheiro que vem fácil demais, sem verdadeiro esforço, quase sempre é perdido – Pv 13.11

Por outro lado, a Palavra de Deus condena veementemente a indolência e a preguiça – Pv 21.25 -, pois, além de dignificar o homem, o trabalho o faz prosperar.

Assim, diante do Senhor ninguém será considerado “mais crente” por se ocupar somente de coisas espirituais e negligenciar as práticas materiais.

Em muitos casos, aqueles que alegam “trabalhar somente para o Senhor” na verdade estão dando trabalho para a Igreja. Dizem que vivem da fé, mas, na verdade, vivem da boa fé dos outros – Pv 6.6.


IV – BEM-ESTAR FÍSICO:






Para uma compreensão correta sobre a prosperidade no A.T., além de levar em conta primeiramente os valores espirituais, também fornece uma compreensão correta dos valores materiais e bem-estar físico. Na verdade, o A.T. destaca uma variedade de doenças que afligiam o povo. São doenças que vão desde uma inflamação na pele, até mesmo tumores com diagnósticos fatais – Jó 2.7; Is 38.21. A medicina nos tempos antigos possuía limitações enormes e os médicos dos tempos bíblicos quase que se restringiam a tratar dos ferimentos exteriores – Is 1.6; 3.7; Jr 8.22; Ez 30.21; 34.4; Os 6.1.

Nesse contexto de limitações da medicina, a Escritura apresenta Deus como o médico de Israel – Ex 15.26.

É interessante observarmos que nessa mesma passagem do livro de Êxodo onde Deus é apresentado como aquEle que Sara, ele também aparece como aquEle que fere: “... nenhuma das enfermidades... QUE PUS SOBRE O EGITO...”.

Logo, o Deus da Bíblia é poderoso para curar, mas também é soberano para permitir a doença – Dt 7.15; Jó 5.18.

Essa visão teológica do A.T. revela que sobre todas as coisas está a soberania de Deus. Até mesmo o sofrimento pode atender aos Seus propósitos –Sl 119.67


V – CONSIDERAÇÕES FINAIS:






Há algumas Escrituras no A.T. que revelam que os justos sofrem e os maus prosperam – Sl 73.1-28.

Parece ilógico o profeta Eliseu, que curou a tantos, morrer doente – II Rs 13.14.

O livro de Jó detalha a luta de um homem que, à primeira vista, reconhecia apenas o princípio da retribuição. Jó não entendia por que um homem obediente podia sofrer. É evidente que por trás do sofrimento de Jó está a soberania de Deus, que permite ser ele provado, mesmo a Escritura deixando claro que Jó era um homem irrepreensível – Jó 1.1-2.

Os amigos de Jó compartilham da visão tradicional de que se alguém sofre ou passa reveses na vida é porque algum pecado está por trás disso – Jó 4.8

Todavia, observando o livro no seu todo, constatamos que o seu real propósito não é focalizar o sofrimento humano, mas como Deus se relaciona com Seus filhos. Nesse relacionamento, até mesmo o sofrimento ou reveses podem fazer parte do Seu plano soberano para nos abençoar ou fazer prosperar, como o próprio Jó reconheceu – Jó 42.3

Fica, pois, estabelecido que a prosperidade no A.T. vem como resultado da bênção do Senhor sobre os empreendimentos do Seu povo. Essa prosperidade não se fundamenta em méritos pessoais, mas é uma resposta à obediência que se constrói como resultado de um relacionamento correto com Deus. A prosperidade, portanto, não é meramente circunstancial, nem tampouco pode ser entendida apenas como uma lei de causa e efeito, mas deve levar em conta a soberania de Deus.

FONTE DE CONSULTA:

A Prosperidade à Luz da Bíblia – CPAD – José Gonçalves