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20 de fev. de 2011

1º TRIMESTRE DE 2011 - LIÇÃO Nº 09 - 27/02/2011 - "A CONVERSÃO DE PAULO"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 09 - DATA: 27/02/2011
TÍTULO: “A CONVERSÃO DE PAULO”
TEXTO ÁUREO – At 9:15-16
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: At 9:1-9
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/



I – INTRODUÇÃO:

• A Igreja judaica já fora estabelecida, o Evangelho já fora levado a Samaria, e logo Pedro abriria a porta da Igreja aos gentios. Era necessário, então, alguém que levasse o Evangelho "até aos confins da terra". O homem certo seria Saulo que, embora não acompanhasse Cristo na terra, não ficava atrás de nenhum dos primeiros discípulos quanto ao zelo, conhecimento, poder e trabalhos. 

• Um exame da vida e do ministério de Paulo mostra que o Senhor escolhera o tipo de homem que a situação exigia — o homem que, segundo a orientação de Deus, faria com que a religião de Jesus viesse a ser a religião de todos os homens.


II – ACONTECIMENTOS NA VIDA DE PAULO ANTES DA CONVERSÃO:

• Gl 1:13-14 – Aqui são descritos dois aspectos da vida de Paulo antes da conversão, quando ele estava no Judaísmo:

• (1) – A perseguição à Igreja, que ele agora reconhece ser “A Igreja de Deus”; e

• (2) – O seu entusiasmo pelas tradições dos seus pais.

• Em ambos era fanático. Consideremos:

• (1) - A PERSEGUIÇÃO À IGREJA – Gl 1:13 - Paulo perseguia a Igreja de Deus sobremaneira ou com violência. A frase parece indicar até mesmo a selvageria com que ele se empenhava na sua atividade sinistra.

• O que ele nos conta aqui podemos suplementar com o livro de Atos:

• (A) – Ele ia de casa em casa em Jerusalém, prendendo todos os cristãos que encontrasse, arrastando-os para a cadeia – At 8:3; e

• (B) – Quando esses cristãos eram condenados à morte, ele votava a favor da condenação – At 26:10;

• Ainda não satisfeito em perseguir a Igreja, ele se sentia inclinado a devastá-la, a acabar com ela.


• (2) - O SEU ENTUSIASMO PELAS TRADIÇÕES DOS SEUS PAIS – Gl 1:14 – Paulo fora criado de acordo com a seita mais severa da religião judaica, ou seja, era um fariseu e vivia como tal – At 26:5

• Estas eram as condições de Saulo de Tarso antes de sua conversão: Um fanático inveterado, completamente dedicado ao Judaísmo e à perseguição de Cristo e da Sua Igreja. 

• Um homem nessa condição mental e emocional de maneira alguma mudaria de opinião, nem se deixaria influenciar por outras pessoas. Nenhum reflexo condicionado ou qualquer outro artifício psicológico poderia converter um homem assim. Apenas Deus poderia alcançá-lo – e foi o que Ele fez!


III – O QUE ACONTECEU NA CONVERSÃO DE PAULO:

• Gl 1:15-16a – Nos versos 13 e 14 (analisados anteriormente), Paulo fala de si mesmo: 

- “EU perseguia a Igreja de Deus...”;

• - “EU a devastava...”;

• - “EU avantajava-me quanto ao Judaísmo...”; 

• - "Sendo EU extramamente zeloso das tradições de meus pais...”.

• Mas, nos versos 15 e 16, Paulo começa a falar de Deus: 

- “... foi DEUS que me separou antes de eu nascer...”; 

• - “... DEUS me chamou pela Sua graça...”; 

• - “... a DEUS aprouve revelar Seu Filho em mim”.


• Parafraseando, assim ficaria a fala de Saulo: 

- “No meu fanatismo, EU me inclinava a perseguir e destruir. Mas DEUS, que EU havia deixado fora de minhas cogitações, me prendeu e alterou meu impetuoso curso. TODO O MEU FANATISMO NADA ERA DIANTE DO PODER GLORIOSO E DA BOA VONTADE DE DEUS!”

• Observemos como a iniciativa e a graça de Deus são enfatizadas a cada estágio:

• (1º) – DEUS ME SEPAROU ANTES DE EU NASCER – Assim como Jacó foi escolhido antes de nascer, em preferência ao seu irmão gêmeo Esaú – Rm 9:10-13, e como Jeremias, designado para ser profeta antes de nascer – Jr 1:5 -, Paulo, antes de vir à luz, foi separado para ser apóstolo. Desta forma, se ele foi consagrado apóstolo antes mesmo do nascimento, então é evidente que ele nada term a ver com isso. 

• (2º) - Essa escolha antes do seu nascimento levou a sua vocação histórica: DEUS ME CHAMOU PELA SUA GRAÇA, isto é, por Seu amor totalmente imerecido. Paulo estivera lutando contra Deus, contra Cristo, contra os homens. Ele não merecia misericórdia, nem mesmo a pedira. Mas a misericórdia do Senhor fora ao seu encontro e a graça de Deus o chamara e o alcançou.

• (3º) – APROUVE A DEUS REVELAR SEU FILHO EM MIM - Quer Paulo esteja se referindo à sua experiência na estrada de Damasco, ou aos dias imediatamente subsequentes, o que lhe foi revelado foi Jesus Cristo, O Filho de Deus. 

• Paulo perseguia a Cristo porque cria que este era um impostor. Agora o seus olhos estavam abertos para ver Jesus não como um charlatão, mas como o Messias dos judeus, O Filho de Deus e o Salvador do mundo. 

• Ele já conhecia alguns dos fatos acerca de Jesus, mas agora percebia seu significado. Era uma revelação de Cristo para os gentios, pois a Deus “aprouve revelar Seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios”. Fora uma revelação particular a Paulo, mas para uma comunicação pública aos gentios – At 9:15. 

• A força destes versículos é muito grande. Saulo de Tarso fora um oponente fanático do Evangelho. Mas Deus se agradou fazer dele um pregador desse mesmo evangelho ao qual, antes, se opunha tão ferozmente. 


IV - PERSEGUIR A IGREJA É O MESMO QUE PERSEGUIR A JESUS:

• (1) - PERSEGUIR CRISTÃOS É PERSEGUIR JESUS – (At 8:1-3; 9:1-5) - Por trás da conversão de Paulo existe uma história e toda uma experiência que o levou à compreensão clara do que é Igreja e, especificamente, o que é a Igreja como Corpo de Cristo. 

• Como fica evidente no texto, Paulo não perseguia a Jesus propriamente, mesmo porque, Jesus já havia rompido com a morte e já se manifestara no Seu novo estado aos demais discípulos. Nesta altura, seria inviável alguém atingir Jesus fisicamente, A NÃO SER ATINGINDO OS DISCÍPULOS..., OS CRISTÃOS..., A IGREJA DE CRISTO..., O CORPO DO SENHOR. 

• Quando Jesus questionou a Paulo, ficou claro que PERSEGUIR OS DISCÍPULOS OU A IGREJA, SIGNIFICAVA PERSEGUIR O PRÓPRIO JESUS.


• (2) - OBEDIÊNCIA AO CABEÇA ou À CABEÇA DO CORPO – (At 9:6-9) – Após o momento maravilhoso da conversão de Paulo, Jesus lhe deu uma ordem clara. 

• Depois de uma conversão espetacular como a de Paulo, talvez nenhum de nós aceitaria uma ordem dessas. Ao contrário, iríamos sair imediatamente para testemunhar, pregar e anunciar o que ocorrera conosco. 

• Porém, Jesus ensinou a Paulo a ser dependente dos outros e do Corpo de Cristo. Por isto, torno-o dependente até fisicamente, deixando-o completamente cego. Paulo foi conduzido pela mão até ao endereço indicado. Obedeceu. Afinal, era o Senhor quem falava. 

• Assim, Paulo, o líder auto-suficiente, capacitado, começou a aprender a depender dos outros, para entender pessoalmente o que é a Igreja como Corpo de Cristo. 

• Aqueles a quem Paulo perseguia tornaram-se os responsáveis pelo que ele deveria fazer, pois Jesus lhe daria instruções sobre os projetos da Igreja através daqueles que foram perseguidos por ele. Desta forma, Jesus anulava qualquer possibilidade de obra pessoal, individual, centralizada num homem só, mesmo que ele fosse culto, inteligente, formado aos pés dos sábios, de grande reputação moral, social, política e religiosa como Paulo.

• Firmou-se na mente de Paulo que qualquer serviço pessoal, egocêntrico e individualista torna-se pecado, porque fere o Corpo de Cristo. 

• Paulo aprendeu, na obediência ao Cabeça da Igreja, a dependência e compreendeu a importância do Corpo de Cristo que naquele momento o acolheu. 

• Durante três dias, por obediência, Paulo ficou esperando que algo lhe acontecesse.


• (3) - NO CORPO DE CRISTO TODOS SÃO ÚTEIS - (At 9:10-12) – Imaginemos: Paulo com um currículo invejável para o seu tempo (judeu, cidadão romano, autoridade romana, culto, fariseu), recebendo como voz do Corpo de Cristo um discípulo, que a Bíblia só se refere uma única vez mais! (At 22:12).

• Jesus não chamou um líder da Igreja de Jerusalém; não chamou Pedro; não chamou Tiago; não chamou João. Chamou UM SIMPLES DISCÍPULO!

• Apesar da simplicidade de Ananias e da importância de Paulo, Jesus usou Ananias para provocar em Paulo uma descoberta extremamente importante para todo cristão: 

NO CORPO DE CRISTO, POR MAIS SIMPLES QUE SEJAM OS MEMBROS, ELES SÃO ÚTEIS À IGREJA!

• Por outro lado, este episódio também serviu para que Ananias superasse as dificuldades com relação a si mesmo e também descobrisse a mesma verdade: 

TODOS SÃO ÚTEIS NO CORPO DE CRISTO, INCLUSIVE AQUELES QUE ANTES PERSEGUIAM A JESUS!


• (4) - NO CORPO DE CRISTO OS PRECONCEITOS SÃO ANULADOS – (At 9:13-18) – Mesmo numa época diferente da de Paulo e Ananias, os preconceitos continuam marcando a sociedade e também nas Igrejas. Há preconceitos com relação às mulheres, aos jovens, às crianças; preconceito racial, religioso e outros.

• No caso de Ananias, o preconceito ficou explícito quando ele, ao atender ao chamado de Deus, respondeu: 

• - “Senhor, de muitos tenho ouvido falar a respeito DESSE HOMEM...”.

• O preconceito é uma atitude gerada em nosso coração por medo, insegurança, temor de perder privilégios, etc. Ananias não era diferente de nenhum de nós; tinha medo de ser preso ou de ver presos seus demais irmãos. Por esta razão, deu muito trabalho a Deus.

• Ananias mudou convencido pelas palavras do Senhor: 

• - “Vai, porque este é para mim um VASO ESCOLHIDO PARA LEVAR O MEU NOME...”. 

• Ananias foi ao encontro de Paulo, mudando totalmente sua forma de tratar o recém-convertido. Ao invés do preconceituoso “ESSE HOMEM”, Ananias fala amorosamente: 

- “IRMÃO, SAULO...”.

• Esta forma de tratamento usada por Ananias naquele momento possuía um significado muito diferente do que possui hoje. 

• A palavra “IRMÃO”, no sentido bíblico, significa:

• (A) - ALGUÉM COM QUEM SE TEM UM RELACIONAMENTO PROFUNDO; 

• (B) - ALGUÉM COM QUEM SE COMPARTILHA ALEGRIAS, TRISTEZAS, ANGÚSTIAS, DORES, FOME; e

• (C) -  ALGUÉM COM QUEM SE TEM LIBERDADE, POIS AS BARREIRAS E DISTÂNCIAS INTERPESSOAIS JÁ FORAM SUPERADAS.

• O PERSEGUIDOR SAULO tornou-se para Ananias o IRMÃO PAULO. Precisamos adquirir esta visão, pois só assim nossos relacionamentos preconceituosos serão transformados em relacionamentos abertos, sinceros, bonitos e saudáveis.


• (5) - PAULO OBTEVE O CONCEITO DO CORPO DE CRISTO, NÃO SÓ A NÍVEL DO SEU INTELECTO, MAS DO PRÓPRIO CORAÇÃO – At 22:1-24; 26:9-29 - Paulo tornou-se um amante da Igreja de Cristo. O Senhor Jesus foi gerado nele; a Igreja foi gerada em seu interior. Talvez não tenha existido na História alguém que tivesse visão mais ardorosa da Igreja do que Paulo (II Cor 11:28; I Ts 2:13-16; At 20:31-38).


V - CONSEQUENCIAS DE RESISTIR A DEUS:

• "DURA COUSA É RECALCITRARES CONTRA OS AGUILHÕES – cf At 26:14 - Nos dias de Paulo, empregavam-se bois para arar. Os bois, no começo, ficavam parados, dando coices para trás. 

Por meio de pontas metálicas agudas no madeiramento do arado, e ainda, por meio de um aguilhão na mão do arador, inflingia-se cruel sofrimento ao boi rebelde, até que aprendesse a obedecer ao invés de dar coices que tanto lhe machucavam.

• Deus queria atrelar Saulo a um serviço nobre, mas este ainda resistia a Deus, e assim provocava sofrimentos em sua própria pessoa. Longe de ser um servo obediente do Altíssimo, era um rebelde contra o divino Mestre. Quais eram os aguilhões contra os quais Saulo estava dando pontapés? 

A resposta se acha em conexão com o martírio de Estêvão:

• (1) - Estêvão fora acusado de blasfemar contra a lei de Moisés, mas seu rosto mostrava o mesmo tipo de glória que irradiava do rosto de Moisés, quando desceu do monte Sinai carregando a Lei (cf. At 6.11, 15; Éx 34.29).

• (2) - Saulo pensava que Estêvão fosse um apóstata condenado ao inferno; no entanto, enquanto estava sendo apedrejado, teve uma visão celestial do trono de Deus (At 7.55, 56).

• (3) - Saulo considerava Estêvão um inimigo dos líderes judeus; mas Estêvão, ao invés de amaldiçoá-los por causa de apedrejamento, orou pedindo perdão para eles (At 7.60).

• (4) - A vida santa dos outros crentes que perseguia não pode ter deixado de causar sua impressão na consciência de Paulo.

• (5) - Estêvão, acusado de quebrar a Lei, morreu com a paz de espírito dos que viveram fiéis à vontade de Deus (At 7.59). 

Apesar da sua retidão segundo a lei exterior, e da sua paixão pela ortodoxia religiosa, Saulo por certo não possuía a satisfação espiritual que via escrita no rosto do mártir.

• Estas palavras do Senhor, dirigidas a Saulo, dão a enteder que o Espírito já estava falando a sua consciência, antes deste receber a visão celestial. A voz da consciência por certo estava dizendo: 

• - "Paulo, não acha que se enganou? Estêvão não tem cara de blasfemador. Os crentes aos quais você persegue têm vidas puras. Será que eles não têm razão ao afirmar que Jesus é o Messias?!" 

• No início, ele deve ter rejeitado tais sugestões como se surgissem do próprio Satanás na sua intenção de desviar Saulo do cumprimento do seu dever. As dúvidas, no entanto, continuavam dando origem a uma cruel luta no íntimo que, pela misericórdia de Jesus, chegaram ao fim no momento da visão. Saulo realmente estava sofrendo na sua luta contra os aguilhões da sua consciência.

• Abaixo, consideremos as palavras como parábola do relacionamento entre o homem e seu Criador:

• (1) - O BOI - Por que o homem é comparado a um boi? 

O boi é valioso, depende do seu dono para o suprimento das suas necessidades e dele se exige, com toda a razão, o serviço, que pode ser muito frutífero.

• (2) - O AGUILHÃO - O instrumento, por doloroso que seja, é necessário por causa da natureza obstinada do boi. Quais os aguilhões que Deus emprega para amansar a natureza rebelde do homem? 

• (A) - Bons conselhos de amigos; 

• (B) - Sermões bem aplicáveis; 

• (C) - Aflições; 

• (D) - A operação do Espírito Santo sobre a consciência.

• (3) – OS COICES - O boi estultamente dá coices quando sente o aguilhão, que assim dói muito mais. Da mesma forma, há pessoas que zombam dos bons conselhos, rejeitam exortações, ficam zangadas quando o sermão ataca os seus erros, e, embora não possam empregar violência contra o povo de Deus, perseguem os servos de Cristo com calúnias, zombarias e críticas. Mesmo assim, é duro recalcitrar contra os aguilhões; "O caminho dos transgressores é áspero". Lutamos contra o nosso próprio bem, quando lutamos contra Deus.


VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• "E SAULO LEVANTOU-SE DA TERRA” – At 9:8a – Paulo caíra por terra como judeu, orgulhoso e cruel; levantou-se como crente humilhado e quebrantado. 

Num só momento, Cristo o transformara de feroz fariseu em verdadeiro discípulo. 

Daquele momento em diante, Saulo era uma nova criatura em Cristo (2 Co 5.17): Morrera Saulo, o fariseu; ressuscitara Saulo, o crente. 

Foi repudiada a antiga comissão (At 9.1-2), porquanto Saulo já recebera uma nova (At 26.16-18).

• Cristo prometeu que nunca abandonará Sua Igreja (Mt 28.20);  Ele assegura a Seus seguidores de que as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16.18). 

• Parece, no entanto, que atualmente “SAULO” ainda está querendo prevalecer contra a Igreja do Senhor e, se não for afastado do caminho, o Corpo de Cristo será exterminado. 

• No entanto, se a Igreja onde você pertence está sofrendo perseguição por parte de "SAULO", tenhamos bom ânimo! 

O nosso Jesus glorificado já está preparado para levar “SAULO” cativo e terminar sua carreira de perseguições. 

Permaneçamos firmes nos Caminhos do Senhor, pois a Igreja é dEle; ela sairá vitoriosa desta batalha de perseguição, em nome de Jesus!

Fontes de consulta:

1) Mendes, Naamã - Igreja, Lugar de Vida – Editora Betânia

2) Stott, John R. W., A Mensagem de Gálatas – ABU Editora

3) Pearlman, Myer - Atos dos Apóstolos – Instituto Bíblico das Assembleias de Deus.

6 de fev. de 2011

1º TRIMESTRE - LIÇÃO Nº 07 - 13/02/2011 - "ASSISTÊNCIA SOCIAL, UM IMPORTANTE NEGÓCIO"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 07 - DATA: 13/02/2011
TÍTULO: “ASSISTÊNCIA SOCIAL, UM IMPORTANTE NEGÓCIO”
TEXTO ÁUREO – At 4:35
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: At 6:1-7
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/



I – INTRODUÇÃO:

• A prática da Igreja Primitiva de cuidar dos necessitados resultou em dificuldades que foram:

• (A) – O tempo que esse trabalho absorvia;

• (B) – A murmuração dos que não eram contemplados; e

• (C) – Corrupção geral a que estavam sujeitos os cristãos.

• Para resolverem-nas, os apóstolos, assistidos pelo Espírito Santo, convocaram a multidão dos discípulos e recomendaram-lhes a escolha de sete varões que fossem constituídos sobre o importante negócio, a fim de que eles, livres dessa preocupação, pudessem perseverar no ministério da oração e no da Palavra.

• Então, reunido em assembleia, o povo livremente escolheu os que haviam de ser constituídos administradores das finanças.

• Com o desenvolvimento da Igreja, outros foram sendo eleitos no correr do tempo, de sorte que hoje seguimos o exemplo dos apóstolos quando nos reunimos para eleger diáconos (oficiais) para assumirem a responsabilidade do levantamento das finanças e cuidado dos necessitados.


II – INCÔMODOS E DORES ACOMPANHAM O CRESCIMENTO DA IGREJA:

• A Bíblia revela diferentes tipos de obstáculos que o inimigo lançou contra a Igreja primitiva, para prejudicar a união nela reinante. Vejamos:

• (1) - MURMURAÇÃO – At 6:1 - Foi o primeiro obstáculo que o inimigo introduziu para trazer desarmonia na Igreja primitiva. A murmuração que apareceu na Igreja de Jerusalém podia ter trazido consequencias ainda mais graves, porém o Espírito Santo deu a Pedro uma orientação valiosa, pela qual ele convocou a Igreja e lhe propôs que fossem escolhidos sete diáconos. 
 
Foi pela cooperação destes diáconos que as causas da murmuração foram eliminadas (At 6:2-6) e a união na Igreja prosseguiu (At 6:7).



• (2) - A DISCÓRDIA DOUTRINÁRIA – At 15:1 - Foi um outro tipo de embaraço pelo qual o inimigo chegou a ameaçar a união da igreja primitiva. 

Aconteceu porque uma parte dos crentes que antes da sua conversão era constituída de judeus praticantes de todos os ritos da lei, queria agora obrigar os demais (que antes eram gentios), a cumprirem as normas do judaísmo. 

Isso causou tal perturbação, que se tornou uma ameaça terrível à paz na Igreja, anunciando dividi-la em duas facções. 

Porém, o Espírito Santo operou maravilhosamente: todos os envolvidos na questão se reuniram em Jerusalém com a Igreja e seus ministros; por iluminação do Espírito Santo, a Palavra de Deus trouxe luz sobre a questão (At 15:13-21) e o resultado foi maravilhoso, a ponto de se poder dizer: – “todos se alegraram” e “pareceu bem ao Espírito Santo e a nós” (At 15:21, 28).

• (3) - AS PESSOAS QUE ATRAEM OS DISCÍPULOS APÓS SI – (At 20:30-31) – Este tipo de gente é realmente uma casta perigosa: Representam um perigo muito grande para a união na Igreja, pois causam divisões (Jd 19).  São pessoas mal intencionadas que, em lugar de pensarem na união da Igreja, procuram fazer de si mesmas “líderes”, para mais tarde ajuntarem em torno deles um grupo. 

São exemplos deste tipo de homens: Absalão (I Sm 15), Coré (Nm 16) e Teudas (At 5:36) que milhares de anos após a sua morte, continuam como um sinal vermelho de advertência, para alertar a todos do perigo de entrarmos no caminho que eles trilharam (Sl 105:15; I Cor 3:17). 

Sejamos, pois, zelosos com a querida Igreja do Senhor (Ef 4:3).


III – A INSTITUIÇÃO DOS DIÁCONOS:

• Assim como Deus instituiu os levitas para as atividades sagradas no culto auxiliando os sacerdotes, da mesma forma a Igreja crescente precisava dos que pudessem ajudar os apóstolos.

• (1) – O COMEÇO DA ESTRUTURA HIERÁRQUICA – At 6:2-3 – O texto não diz explicitamente que os sete foram escolhidos para o diaconato.

• Mas, uma vez que o substantivo grego “DIAKONIA” significa SERVIÇO; MINISTÉRIO, e o verbo DIAKONEIN significa SERVIR, são o tema do texto, desde o terceiro século d. C., todos os expositores admitem que eles exerceram o cargo que o apóstolo Paulo mais tarde chama de diácono.

• Com o passar do tempo, a Igreja foi se estruturando hierarquicamente, de modo que a comunidade cristã em Filipo, ainda nos dias do apóstolo Paulo, já apresentava “BISPOS E DIÁCONOS” (Fp 1:1). No entanto, o apóstolo dos gentios estabeleceu regras para a consagração destes obreiros (I Tm 3:1-14).


• (2) – CONVOCANDO UMA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA – At 6:2 – A convocação da multidão revela que há decisões na Igreja que precisam ser tomadas em assembleias, juntamente com os membros. Foi uma reunião democrática, mas na direção do Espírito Santo.


• (3) – A FUNÇÃO DOS DIÁCONOS HOJE – O diabo estava armando outra estratégia: desviar os apóstolos das obrigações a que eram vocacionados.

• Pela expressão “MAS NÓS PERSEVERAREMOS NA ORAÇÃO E NO MINISTÉRIO DA PALAVRA” – At 6:4 – mostra que a função dos diáconos se assemelha a dos levitas no A. T., ou seja, auxiliar todas as atividades ligadas ao culto – Nm 3:6-10.

• Se os apóstolos deviam se dedicar à oração e ao ministério da palavra, obviamente, os sete diáconos estavam sendo separados para os trabalhos auxiliares e não meramente as funções filantrópicas, de caráter social.

• Por isso, a atividade dos diáconos é justamente a de auxiliar nos cultos e nas demais atividades da Igreja. Manter a ordem, recepcionar os visitantes, recolher as contribuições, servir a Ceia do Senhor e cuidar do ambiente, para o bem-estar do povo de Deus.


IV – ASSISTÊNCIA SOCIAL É TAMBÉM PRIORIDADE DO EVANGELHO:

• A Bíblia não registra que a Igreja primitiva tenha gastado o seu tempo discutindo ser legítimo ou não o seu dever de cuidar das necessidades sociais, pelo menos dos seus membros. Pelo contrário. Em lugar de discutir se possuía ou não essa responsabilidade, a Igreja procurava a forma de cumpri-la. Disto dão prova os textos de At 2.42-47; 4.32-35; 6.1-7, e não poucos textos das Epístolas.

• At 10:38; III Jo 11 – A prática do bem (que inclui a missão social), está relacionada com o julgamento no dia do juízo final (Mt 25:34-36; Jo 5:29).

• É certo que nossas boas ações não podem nos salvar, porquanto as obras não precedem a salvação, elas a acompanham (Hb 6:9; Apc 14:13 cf Apc 22:12).

• Mas isso não nos permite relegar a segundo plano a prática do bem, pois existe uma relação estreita e fundamental entre nossa salvação e nossa ação social (Ef 2:8-10).

• A preocupação com o bem-estar do próximo era parte da totalidade duma vida dedicada a Deus e a Seu serviço, demonstrada pela Igreja dos primórdios.


V – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Nem todas as dimensões da obra do Senhor nos atraem com a mesma intensidade, mas todas foram deixadas como missão da Igreja de Jesus. Não podemos escolher as áreas mais atraentes do Cristianismo e, então, vivê-las, esquecendo-se das outras. Devemos, sim, seguir o exemplo deixado por nosso Senhor: Mt 4:23

• Ou seja, JESUS É O MODELO E A INSPIRAÇÃO PARA A AÇÃO SOCIAL:

• (A) - Ele pregava (evangelização);

• (B) - Ensinava (educação); e

• (C) - Curava (cuidado do corpo – mantendo-o saudável).

• Sigamos, pois, as pisadas do nosso Mestre.


FONTES DE CONSULTA:

- Bergstén, Eurico - Teologia Sistemática – CPAD

- Neves, Mário – Atos dos Apóstolos – Casa Editora Presbiteriana

- Lições Bíblicas CPAD – 3º Trimestre de 1996 – Comentarista: Esequias Soares

- Lições Bíblicas CPAD – 2º Trimestre de 1988 – Comentário: Equipe da DEC/DPU