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26 de set. de 2010

4º TRIMESTRE - LIÇÃO Nº 01 - 03/10/2010 - "O QUE É ORAÇÃO"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 01 - DATA: 03/10/2010
TÍTULO: “O QUE É ORAÇÃO”
TEXTO ÁUREO – Ef 6:18
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Cr 16:8, 10-17; Jo 15:16
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I – INTRODUÇÃO:

• Orar é estender toda a nossa incapacidade e a de outros, em nome de Jesus, perante os olhos carinhosos de um Pai que tudo sabe, tudo entende, tudo acolhe e tudo responde. A oração é a respiração e o suspiro do espírito humano por Deus.

II – ORAR É UMA EXPERIENCIA DE INTIMIDADE COM DEUS:

• Leiamos Mt 6:5-8 e meditemos:

• (1) - ORAR É UMA RELAÇÃO DE INTIMIDADE A DOIS – Mt 5:6 - A ênfase no “secreto”: – Não exatamente em um local, mas uma atitude; é entre mim e Deus; Ele conhece o nosso coração.

• A ênfase da postura: – Não pela repetição, duração ou postura física.

• A ênfase do interior: – "Teu Pai que vê em secreto":

• (A) - Deus sabe de tudo que existe em nosso coração;

• (B) - Deus sabe que não estamos dizendo o que queríamos dizer;

• (C) - Quando estivermos diante dEle, estaremos em um momento de intimidade.


• (2) - A RECOMPENSA DO ORAR - Existe uma promessa direta e incondicional de Jesus; há promessa de recompensa. QUAL?!

• Deus promete recompensa em nossa vida de oração: – Quando temos a atitude correta e o coração correto, “Ele é capaz de fazer muito mais do que pensamos ...” – Ef 2:20

• Deus sabe o que precisamos antes mesmo que o expressemos, mas se alegra conosco quando oramos; como Pai, se alegra quando vamos a Ele.


III – ORAR COLOCA-NOS EM CONTATO COM UM DEUS SENSÍVEL AOS SEUS FILHOS:

• Leiamos Mt 7:7-12 e observemos:

• (A) - ORAR É UMA ATITUDE CONTÍNUA DE BUSCA POR DEUS – Mt 7:7-8 – "Pedir, buscar e bater..."

• Não constituem um processo, mas uma ênfase, uma continuidade – Sl 62:8;

• Não constituem uma ação de postura 24 horas, mas uma atitude de estar continuamente na presença de Deus. 

• Não constituem uma vã repetição da oração, mas um crescimento na intimidade com Deus, por meio de uma mente permeada por oração – I Ts 5:17.

• Isto afeta a forma como vemos televisão ou navegamos na Internet; como nos dirigimos às pessoas que nos perseguem e maltratam; isto afeta nosso comportamos no namoro ou quando estamos fazendo negociações, etc.

• (B) – ORAR É INTERAGIR COM DEUS – Ou seja, estaremos em um contexto de uma relação de um Pai amoroso com Seus filhos - Isto é graça. Deus interage conosco como um pai interage com seus filhos – Sl 81:10; Hb 4:14-16.

• Se não entendemos isto, perguntemos a nós mesmos: “Como ajo quando meu filho vem e amorosamente me pede algo que posso fazer?”. Na oração aprendemos a experimentar o melhor de Deus para conosco.

• (C) – ORAR É AGUARDAR A RESPOSTA DE DEUS, PELO SEU GANDE PODER – A promessa de Jesus é: “– Deus dará boas coisas”.

• As coisas boas são aquelas que tem a ver com o amor dEle para conosco; são aquelas coisas que glorificarão o nome dEle e nos trarão satisfação. Elas podem ou não incluir as coisas materiais que pedimos, mas nunca incluirá algo que venha fazer-nos mal. Por isso, fomos ensinados a orar de acordo com a vontade de Deus.

• O Senhor responde a um coração sincero que entra na presença dEle e diz: - “Ó Deus, é assim que estou, é isto que preciso; espero por Tua santa e soberana vontade”.


IV – ALGUMAS PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A ORAÇÃO:

• (1) – A QUEM ORAR? - Nossas orações somente podem e devem ser dirigidas ao Deus Trino. Nós oramos ao Pai em nome do Senhor Jesus Cristo, através do ministério do Espírito Santo. Quando oramos ao Pai, as nossas orações são aceitas por Jesus Cristo e interpretadas a Deus, o Pai, pelo Espírito Santo (Romanos 8:26-27, 34).

• Orações dirigidas aos anjos, pessoas, objetos, ídolos ou qualquer outro ser, são falsas e não são ouvidas. Nós somente podemos nos aproximar de Deus através de Cristo Jesus, nosso Senhor, Salvador e Mediador (I Tm 2:5-6). Além disso o próprio Jesus disse que poderíamos orar em Seu nome - Jo 14:13.


• (2) – O QUE PEDIR? - A validade da oração não depende do tamanho dela e nem sequer de quem a pronuncia. Deus quer conceder as bênçãos espirituais a todos. No entanto, ao orarmos por bênçãos materiais, sempre precisamos deixar para Deus nos atender da maneira como Ele achar melhor e aceitarmos a resposta dEle. Neste caso, é prudente acrescentarmos a frase “se for da tua vontade”, pois podemos pedir coisas que venham a nos prejudicar ou ainda não chegou o tempo certo de tê-las (Lc 22:42; Tg 4:2-3).


• (3) – POR QUEM ORAR? - Deus quer que oremos por tudo e por todos (I Tm 2:1; I Sm 12:23). Para conseguirmos levar uma vida de oração como Deus quer, é bom, antes de fazermos qualquer coisa, pedirmos que Ele nos acompanhe e nos abençoe e, depois de termos feito algo, agradecermos a Ele por ter estado conosco.

• Assim, podemos orar por nosso trabalho, por nossos bens, por nós mesmos, pelos amigos e até pelos inimigos. Deus nos convida a invocá-Lo quando temos problemas e pede nosso louvor a qualquer tempo.


• (4) – POR QUE ORAR? – Vejamos alguns motivos:

• (A) - Porque Deus nos convida a orar;

• (B) - Porque Deus promete ouvir-nos;

• (C) - Por causa das necessidades nossas e dos outros;

• (D) - Por causa da gratidão pelas bênçãos recebidas.

• (E) - Porque a Palavra de Deus nos ordena a orar (Lc 18:1; At 6:4; Mc 14:38; Fp 4:6; Cl 4:2; I Tm 2:1-2).

• (F) - Para termos comunhão com Deus e dEle recebermos encorajamento e forças espirituais. Assim viveremos uma vida vitoriosa e manteremos intrepidez para um testemunho vibrante para Cristo.

• (G) - Porque a oração libera o grande poder de Deus para mudar o curso da natureza, das pessoas e nações.


• (5) – QUAL O COMPONENTE FUNDAMENTAL DA ORAÇÃO? - A maneira e o modo de se fazer oração vai ser muito característico e próprio de cada cristão, mas um elemento fundamental que precisamos ter ao orarmos é a fé (Tg 1:6; Hb 11:6). Para Deus responder nossas orações, devemos ter fé e pedirmos de acordo com a Sua vontade (Mt 9:29; 21:22; I Jo 5:14-15).


• (6) – ONDE ORAR? - Na verdade, podemos orar em qualquer lugar, a qualquer tempo. Podemos orar no carro, enquanto lavamos a louça ou enquanto caminhamos na rua.

• Podemos ainda orar:

• (A) - No leito de enfermidade - II Rs 20:1-2;

• (B) - No quarto - Dn 6:6, 10; Mt 6:6;

• (C) - No terraço de uma casa - At 10:9;

• (D) - Na hora da morte - At 7:59-60;

• (E) - Na hora do batismo nas águas - Lc 3:21-22;

• (F) - No templo - II Cr 6:21; Sl 134:2; Mt 21:13; At 2:46;

• (G) - Nas casas - II Rs 19:14-15; At 12:5, 12;

• (H) - Na prisão - At 16:25;

• (I) - Na hora da angústia - Dn 2:16-19 (grupo de oração na Bíblia);

• (J) - Num lugar deserto - Mc 1:35;


• Não devemos orar “para aparecer” ou chamar a atenção, como os hipócritas faziam no tempo de Jesus - Mt 6:5


• (7) – QUANDO ORAR? - Na verdade, deveríamos orar sempre (I Ts 5:17). Infelizmente, só nos lembramos de Deus nos momentos de dificuldades e angústia. Será que Deus precisa permitir uma dificuldade para que lembremos dEle? Claro que não!!

• Logo, nas alegrias, oremos para louvar e agradecer a Deus pelas bênçãos; nas dificuldades, louvemos a Deus também, pois sem Ele estas dificuldades seriam ainda piores. Coloquemo-nos em Suas mãos, buscando Sua ajuda e auxílio - Sl 50.15.

• Para nós, Jesus é um grande exemplo de oração: nos momentos mais críticos de Sua vida Ele orava (Lc 6:11; 22.42).


• (8) – QUEM PODE ORAR? - Qualquer pessoa. Porém, somente aqueles que andam pela fé e obedecem a Cristo podem esperar receber respostas às suas orações. Isto porque o contato com Deus começa quando recebemos Jesus como Salvador e Senhor em nossas vidas (Jo 14:6). Orar com um coração limpo é também vital para uma oração bem sucedida. Nós não podemos esperar que Deus responda as nossas orações se houver qualquer pecado não confessado ou se estivermos cultivando um espírito não perdoador (Sl 66:18; Mc 11:25).


V - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Embora a oração não possa ser reduzida a uma fórmula, certos elementos básicos devem ser incluídos em nossa comunicação com Deus. Estes elementos formam o acróstico: "CASA". Ou seja:

"C" – Confissão - Quando a nossa disciplina para orar começa com adoração, o Espírito Santo tem a oportunidade para revelar qualquer pecado em nossas vidas que necessita ser confessado.

"A" – Adoração - Adorar a Deus é cultua-Lo, louva-Lo, honra-Lo e exalta-lo em nosso coração, mente e lábios.

"S" – Súplica - Inclui a petição pelas nossas próprias necessidades e intercessão pelos outros. Oremos para que o nosso interior possa ser sempre renovado, sempre sensível e fortalecido pelo Espírito Santo. Oremos pelos outros: cônjuges, filhos, pais, vizinhos e amigos, nossa nação e autoridades. Oremos pela salvação das pessoas, por uma oportunidade diária de levar outros a Cristo e  pelo cumprimento da Grande Comissão.

"A" – Agradecimento - Uma atitude de agradecimento a Deus pelo que Ele é, pelas benevolências que gozamos e  por pertencermos a Ele, permite-nos reconhecer que Ele controla todas as coisas, não apenas as bênçãos, mas também os problemas e as adversidades. Quando nos aproximamos de Deus com um coração grato, Ele se torna forte em nós.


FONTES DE CONSULTA:


• Estudo Bíblico: “Viver a vida de oração que Jesus ensinou” – Lisânias Moura


• Tippit, Sammy – O Fator Oração - JUERP

18 de set. de 2010

LIÇÃO Nº 13 - 26/09/2010 - "A MISSÃO PROFÉTICA DA IGREJA"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 13 – DATA 26/09/2010
TÍTULO: “A MISSÃO PROFÉTICA DA IGREJA”
TEXTO ÁUREO – I Tm 3:15
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: At 8:4-8, 12-17
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br




I - INTRODUÇÃO:

• Da cidade onde Jesus terminou o Seu ministério saiu o Evangelho para transformar a terra, mudando o rumo da História do Mundo.


II – A VIDA DA IGREJA EM JERUSALÉM:

• At 2:42-27; 4:32-35 - Há informações históricas de que a população de Jerusalém naquela época era de 200 mil pessoas, DAS QUAIS A METADE CONSTITUÍA-SE DE CRISTÃOS. Como explicar esse avanço? Resposta: A IGREJA DE JERUSALÉM ERA CHEIA DO ESPÍRITO SANTO! Analisemos:

• (1) - HAVIA ESTUDO DA PALAVRA DE DEUS (At 2:42) - Esta Igreja não se orientava pelas “novas revelações”. Era, sim, submissa à doutrina dos apóstolos.

• (2) - HAVIA COMUNHÃO (At 2:42) - A palavra grega é KOINONIA, cujo significado é duplo:

• (A) - Compartilhar nossos recursos materiais e nossas potencialidades inatas, inclusive trocando serviços na comunidade; e

• (B) - Princípio de caridade ao pobre, tendo como base At 2:45 e 11:29, ou seja, DAR NA MEDIDA DA POSSE; NA MEDIDA QUE ALGUÉM TENHA NECESSIDADE. Se pretendemos ser uma Igreja como a de Jerusalém, não podemos estar alheios às necessidades dos irmãos e às do nosso próximo

• (3) - HAVIA ADORAÇÃO (At 2:42) - “...no partir do pão e nas orações” - No culto a Deus deve haver lugar para os hinos, as manifestações de louvor e a liturgia.

• (4) - HAVIA EVANGELISMO (At 2:47) - A evangelização da Igreja de Jerusalém tinha cinco dimensões:

• (A) - A DIMENSÃO DA SOBERANIA DE DEUS - “...acrescentava-lhes o Senhor”; e

• (B) - A DIMENSÃO DA COERÊNCIA E AUTORIDADE - Eles aglutinavam serviço social e evangelismo. Era uma Igreja que evangelizava todo o homem e cuidava do “homem todo”.

• (C) - A DIMENSÃO DA NATURALIDADE - “... dia a dia” eles evangelizavam. Não precisavam de grandes eventos ou apresentações especiais; estavam sempre disponíveis e a Igreja crescia naturalmente aonde iam.

• (D) - A DIMENSÃO DO LOUVOR - “... louvando a Deus” - Esta deve ser a maneira do cristão viver. O mundo não se deixará convencer pela razoabilidade da nossa doutrina, mas por um estilo de vida.

• (E) - A DIMENSÃO DA SIMPATIA - Às vezes, pensamos que se orarmos, jejuarmos, formos sinceros e piedosos, teremos sucesso automaticamente quando evangelizarmos. Mas precisamos ter a estratégia, também. A Igreja de Jerusalém usava o método certo: A SIMPATIA.

• (5) - O CRESCIMENTO SE DEU PELA MULTIPLICAÇÃO (At 6:7) - Na obra do crescimento, não podem existir as operações de diminuir ou dividir.

• (6) - O CRESCIMENTO SE DEU PELA EVANGELIZAÇÃO DOS LARES (At 5:42) - Aqui está o ponto de maior importância relacionado com a expansão da Igreja. As casas são locais ideais para o trabalho de evangelização objetivando o crescimento da Igreja.

• (7) - O CRESCIMENTO SE DEU PELA IMPLANTAÇÃO DE NOVAS IGREJAS (At 9:31) - Mais uma vez vemos o verbo “MULTIPLICAR” que vem ressaltar a descentralização do trabalho. Onde quer que os novos crentes chegassem, uma nova Igreja era implantada.

• Em suma: A evangelização, no poder do Espírito Santo, propiciou o crescimento e a expansão da Igreja em proporções geométricas. Analisemos:

• (1) - (At 1:13 - doze apóstolos);

• (2) - (At 1:15 - quase 120 pessoas);

• (3) - (At 2:41 - quase 3000 pessoas);

• (4) - (At 2:47 - Todos os dias almas eram salvas);

• (5) - (At 4:4 - quase 5000 almas);

• (6) - (At 5:14 - multidão crescia cada vez mais);

• (7) - (At 5:28 - Jerusalém foi evangelizada);

• (8) - (At 6:1 - crescia o número de discípulos);

• (9) - (At 6:7 - multiplicava-se o número de discípulos);

• (10) - (At 8:4 - os que fugiram de Jerusalém, pregaram em toda Samaria);

• (11) - (At 9:31 - Igrejas se multiplicavam em toda Judéia, Galiléia e Samaria);

• (12) - (At 9:35 - Todos os habitantes de Lida e Sarona se converteram ao Senhor);

• (13) - (At 9:42 - Por toda Jope muitos creram no Senhor);

• (14) - (At 11:19 - Evangelização dos judeus na Fenícia, Chipre e Antioquia);

• (15) - (At 11:20-21 - Grande número de salvos em Antioquia);

• (16) - (At 11:24 - Muita gente salva em Antioquia);

• (17) - (At 12:24 - A palavra de Deus crescia e se multiplicava);

• (18) - (At 14:1 - Uma grande multidão foi salva em Icônio);

• (19) - (At 16:5 - As Igrejas cresciam em número);

• (20) - (At 17:4 - Grande multidão creu em Tessalônica);

• (21) - (At 17:12 - Muitos salvos em Beréia);

• (22) - (At 18:10 - Muita gente salva em Corinto);

• (23) - (At 19:10 - Todos os habitantes da Ásia ouviram a Palavra);

• (24) - (At 21:20 - Milhares de judeus creram).


III - ALGUMAS INFORMAÇÕES BÍBLICA SOBRE SAMARIA:

• Era uma cidade:

• (1) - Edificada por Onri, rei de Israel - I Rs 16:23-24;

• (2) - Recebeu nome de Semer, proprietário da colina onde foi edificada - I Rs 16:24;

• (3) - Era cidade murada e bem provida de armas - II Rs 10:2;

• (4) – O profeta Eliseu habitava ali - II Rs 2:25; 5:3; 6:32;

• (5) – Foi tomada de assalto por Ben-Hadade - I Rs 20:1-12;

• (6) - Seu livramento foi predito e efetuado - I Rs 20:13-21;

• (7) - Novamente tomada de assalto por Ben-Hadade - II Rs 6:24;

• (8) - Sofreu severamente com a fome - II Rs 6:25-29;

• (9) - Eliseu predisse abundância da mesma - II Rs 7:1-2;

• (10) - Livrada por meios miraculosos - II Rs 7:6-7;

• (11) - Notável abundância na mesma, conforme predisse Eliseu - II Rs 7:16-20;

• (12) - Assaltada e conquistada por Salmaneser - II Rs 17:5-6; 18:9-10;


IV - ORIGEM DOS SAMARITANOS:

• Quando Salmaneser, imperador da Assíria, sitiou Samaria, a capital de Israel, em 722 a.C., levou cativas as dez tribos do Norte (2 Rs 17.3).



• Os assírios faziam permutas, deportando seus subjugados para terras estrangeiras. Levaram as dez tribos do Norte para outras regiões e trouxeram estrangeiros para povoarem a terra de Israel. Eles adotaram essa política como estratégia para desarticular os povos vencidos e, assim, neutralizar o sentimento nacionalista e eliminar a hipótese da insurreição contra a metrópole (2 Rs 17.24-31).



• Os poucos filhos de Israel que ficaram na terra se misturaram com esses estrangeiros, de modo que seus filhos se tornaram mestiços (mistura de israelita e gentio). Eram os samaritanos.



• Essa mistura era também religiosa, pois rejeitaram as Escrituras Sagradas, aceitando apenas o Pentateuco.



• As duas tribos do Sul, que também foram levadas cativas para a Babilônia, por Nabucodonosor, ao retornarem a Judá (Ed 4.1-4), não consideraram os samaritanos como seus irmãos. Por isso, recusaram sua ajuda na reconstrução do Templo, em Jerusalém. O relacionamento deles, que já não era bom, ficou pior, e tornaram-se inimigos ferrenhos.



• "OS JUDEUS NÃO SE COMUNICAM COM OS SAMARITANOS" (Jo 4.9) - Judeus e samaritanos sempre foram extremamente hostis, pois estes últimos tinham uma forma de culto muito diferente da dos primeiros. A Bíblia Samaritana, até hoje, consiste apenas do Pentateuco.


V - ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DO POVO SAMARITANO:

• (1) - Orgulhoso e arrogante - Is 9:9;

• (2) - Corrupto e iniquo - Ez 16:46-47; Os 7:1; Am 3:9-10;

• (3) - Idólatra - Ez 23:5; Am 8:14; Mq 1:7;

• (4) - Predições concernentes a sua destruição - Is 8:4; 9:11-12; Os 13:6; Am 3:11-12; Mq 1:6;

• (5) - Seus habitantes levados cativos para a Assíria - II Rs 17:6, 23; 18:11


VI - FILIPE EM SAMARIA:

• (A) – PERSEGUIÇÃO E EXPANSÃO DA IGREJA - Com o assassinato de Estêvão, a Igreja em Jerusalém experimentou uma perseguição nunca vista (At 8. l -3). Isso foi o ponto de partida, para que o Evangelho saísse de dentro das portas de Jerusalém e alcançasse as nações dos gentios.

• (B) – EVANGELIZAÇÃO DOS SAMARITANOS - Filipe, como Estêvão, sobressaiu-se na pregação do Evangelho. Ele era impulsionado pelo Espírito Santo, pois, do contrário, não ousaria enfrentar as hostilidades dos samaritanos. O texto diz que o povo prestava atenção ao que ele dizia. Agora encontramos samaritanos e gentios no contexto da evangelização: "Samaria e até os confins da terra" (At 1.8).

• Filipe, em Atos 8, começa o grande projeto missionário, levando avante a ordem imperativa do Mestre (Mt 28.19,20, Mc 16.16,17). Começou com os samaritanos, povo mestiço (mistura de israelita e gentio), e depois foi enviado pelo Espírito Santo para o região de Gaza, pois o eunuco, ministro da rainha Candace, estava sedento da Palavra de Deus.

• (C) – PEDRO E JOÃO - A chegada de Filipe a Samaria mostra que na Igreja de Jesus não há preconceito. É verdade que Filipe, pelo que se infere do nome, era judeu helenista, e como tal não era tão extremista como os da Palestina. Pedro e João eram hebreus, nascidos na Palestina. No entanto, foram até lá, para apoiarem o trabalho de Filipe. A chegada desses apóstolos àquela localidade fortaleceu o trabalho evangelístico e também os samaritanos foram batizados com Espírito Santo (At 8.14-17).


VII - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• (1) - Os três relacionamentos de uma Igreja cheia do Espírito Santo são: COM DEUS, COM O PRÓXIMO e COM O MUNDO.



• (2) - A Igreja cheia do Espírito Santo ESTUDA A PALAVRA, ADORA A DEUS, EVANGELIZA e PRATICA O FRUTO DO ESPÍRITO.



• (3) - Assim, se uma Igreja deseja realizar a obra do crescimento e expansão de modo dinâmico e efetivo, mantendo, desta forma, sua missão profética, terá de contar primordialmente com o Espírito Santo e a metodologia certa para canalizar suas ações evangelísticas.


FONTES DE CONSULTA:



1) A Bíblia Vida Nova – Edições Vida Nova



2) Apostila do Pr. Isaías Gomes de Oliveira “CRESCENDO NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO”



3) Lições Bíblicas CPAD = 3º Trimestre de 1996 – Comentarista: Esequias Soares

13 de set. de 2010

LIÇÃO Nº 12 - 19/09/2010 - "O TRÍPLICE PROPÓSITO DA PROFECIA"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 12 - DATA: 19/09/2010
TÍTULO: “O TRÍPLICE PROPÓSITO DA PROFECIA”
TEXTO ÁUREO – I Cor 14:3
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Cor 12:4-10; 14:1-5
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I – INTRODUÇÃO:


  • Algumas pessoas que supostamente falam por meio do dom de profecia, nunca falam para edificar, exortar ou consolar a Igreja; somente fazem denúncias severas. Isto não é o dom da profecia em operação.

  • Logo, ninguém está autorizado a inventar as suas profecias como forma de ajudar as pessoas mais queridas, tampouco para afrontar pessoas das quais não gosta. Inventar profecias como forma de mostrar muita espiritualidade é uma total irreverência que poderá levar o crente a cair em blasfêmia contra o Espírito Santo.

II - OS PROPÓSITOS DA PROFECIA:


  • Inicialmente, vejamos, de forma bem sucinta, algumas observações acerca do dom da profecia, do dom da variedade de línguas e do dom de línguas:

  • (A) – Todos os três são conhecidos como DONS DE INSPIRAÇÃO ou DONS DE EXPRESSÃO VOCAL, visto que os três dizem ou falam algo;

  • (B) – A PROFECIA É UMA EXPRESSÃO VOCAL INSPIRADA, NUM IDIOMA CONHECIDO;


  • (C) – AS LÍNGUAS SÃO UMA EXPRESSÃO VOCAL INSPIRADA, NUM IDIOMA DESCONHECIDO; e


  • (D) – A INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS É A EXPRESSÃO VOCAL EM NOSSO PRÓPRIO IDIOMA, PARA TRANSMITIR O SIGNIFICADO DAQUILO QUE FOI DITO EM LÍNGUAS, OU SEJA, DAQUILO QUE FOI DITO NUM IDIOMA DESCONHECIDO.


  • Assim, vamos analisar a Palavra de Deus para vermos os propósitos bíblicos e utilidades do dom da profecia. Leiamos as seguintes passagens:


  • - I Cor 14:3 - “MAS O QUE PROFETIZA FALA AOS HOMENS PARA EDIFICAÇÃO, EXORTAÇÃO E CONSOLAÇÃO”.


  • - I Cor 14:23-25 - “SE, POIS, TODA A IGREJA SE CONGREGAR NUM LUGAR, E TODOS FALAREM EM LÍNGUAS, E ENTRAREM INDOUTOS OU INFIÉIS, NÃO DIRÃO PORVENTURA QUE ESTAIS LOUCOS? MAS, SE TODOS PROFETIZAREM, E ALGUM INDOUTO OU INFIEL ENTRAR, DE TODOS É CONVENCIDO, DE TODOS É JULGADO. PORTANTO, OS SEGREDOS DO SEU CORAÇÃO FICARÃO MANIFESTOS, E ASSIM, LANÇANDO-SE SOBRE O SEU ROSTO, ADORARÁ A DEUS, PUBLICANDO QUE DEUS ESTÁ VERDADEIRAMENTE ENTRE VÓS”.


  • Por meio destes versículos, podemos extrair os propósitos do dom da profecia:


  • (1º) – A PROFECIA É PARA SE FALAR AOS HOMENS DE MANEIRA SOBRENATURAL – I Cor 14:3a – A pessoa que profetiza (proclama as revelações pela direção do Espírito de Deus), empenha-se em um ato que tem valor para os outros. As suas palavras ajudam a edificação dos homens.


  • (2) – A PROFECIA É DADA PARA EDIFICAR – I Cor 14:4 – Edificar significa “construir”. Entretanto, os eruditos no grego explicam que temos uma palavra em nosso vocabulário muito mais próxima do grego original; esta seria: “CARREGAR”, como a usamos em conexão com o carregamento de uma bateria.


  • Assim, aquele que falar em outra língua em público e não houver interpretação, edifica a si mesmo, isto é, constrói algo espiritual em si mesmo; “carrega” espiritualmente a si mesmo. Isto assim é porque, se não houver interpretação, os demais presentes não saberão o que foi dito em línguas.


  • Por outro lado, aquele que falar pelo dom da profecia (num idioma conhecido), ou se falar em línguas publicamente e houver interpretação, a Igreja será edificada (construída espiritualmente, carregada com poder espiritual); isto porque a congregação saberá e entenderá o que foi dito.
  • Em resumo: Tal  como um edifício qualquer é levado à sua totalidade e utilidade, mediante um processo contínuo de edificação e aprimoramento, assim se dá com a Igreja de Cristo. Torna-se necessário um desenvolvimento gradual, porquanto nenhum servo de Deus se aperfeiçoa imediatamente, nem de maneira e nem de maneira fácil. A profecia é o dom Cristo Jesus.

  • (3) – A PROFECIA É DADA PARA EXORTAR – Ou seja, para dar força que estimule o crente a viver a vida cristã. Está em pauta o despertamento da vontade para que se faça o que é correto e próprio, isto é, para que se faça o que é direito, e não para que se faça o que é mal.

  • (4) – A PROFECIA É DADA PARA CONSOLAR – Ou seja: animar, encorajar, aliviar, dar o conforto que vem de Deus.
  • Na experiência humana, podemos facilmente observar que os crentes não são poupados (em qualquer sentido), da tristeza geral e das dores que afligem a humanidade. No entanto, em Cristo, mediante do dom da profecia, há alívio para tais sofrimentos: Ouvimos falar acerca da providência de Deus, de Seu amor e cuidado, de Seu propósito. Assim, a mente do servo de Deus é levada a compreender o propósito da agonia, bem como a esperança relativa ao futuro, quando toda a adversidade será finalmente eliminada. Por meio do dom da profecia Deus quer nos consolar (II Cor 1:3-7; I Ts 2:11-12).

  • (5) – A PROFECIA É DADA PARA CONVENCER O INCRÉDULO E TORNAR CONHECIDOS OS SEGREDOS DO SEU CORAÇÃO – É quando o servo do Senhor (sem ter tido prévio conhecimento dos fatos e, às vezes, sem conhecer a pessoa a quem a profecia é direcionada), é usado para falar algo que aconteceu ou está acontecendo na vida de outrem, de forma inspirada e sobrenatural.


  • Daí resulta que a pessoa a quem a profecia foi direcionada, se expressará: - “Parece que você conhece a minha vida, pois falou exatamente o que está acontecendo comigo”.

III - CONSIDERAÇÕES FINAIS:


  • Algumas pessoas pensam que podem convencer os outros que são ungidas, se mostrarem alguma espécie de manifestação física: saltar, sacudir, gritar, cair, rolar... Pensam que, se assim procederem, os presentes pensarão que elas tem realmente algum poder espiritual e ainda se expressarão desta forma: - “O Espírito Santo levou-me a fazer isto”.


  • Entretanto, o Espírito Santo não trabalha desta forma, porque lemos em I Cor 14:32: - “OS ESPÍRITOS DOS PROFETAS ESTÃO SUJEITOS AOS PROFETAS”. Isto quer dizer que o profeta tem autoridade para decidir se fala ou se fica calado.


  • Assim, no caso da manifestação do dom de profecia, o possuidor deste dom fala em nome de Deus trazendo uma mensagem de edificação, exortação e de consolação para a congregação. Por mais importante que seja essa mensagem profética, ela não tem o valor de cânone, tampouco deverá ter a pretensão de complementar a Palavra de Deus.


  • Sigamos, pois, as orientações inspiradas pelo Espírito de Deus e contidas no Livro Sagrado, quando diz:


  • - “Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo säo mandamentos do Senhor. Mas, se alguém ignora isto, que ignore. Portanto, irmäos, procurai, com zelo, profetizar, e näo proibais falar línguas. MAS FAÇA-SE TUDO DECENTEMENTE E COM ORDEM” – I Cor 14:37-40.

FONTES DE CONSULTA:


  • Allen, Clifton J. - Comentário Bíblico Broadman – Vol. 10 – JUERP
  • Champlin, R. N. - O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo - Editora e Distribuidora Candeia
  • Anotações pessoais

4 de set. de 2010

LIÇÃO Nº 11 - 12/09/2010 - "O DOM MINISTERIAL DE PROFETA E O DOM DE PROFECIA"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 11 - DATA: 12/09/2010
TÍTULO: “O DOM MINISTERIAL DE PROFETA E O DOM DE PROFECIA”
TEXTO ÁUREO – I Cor 12:28
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Ef 4:11-14; I Cor 14:3
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I – INTRODUÇAO:



• O ser profeta no N.T. é um dom ministerial. Portanto, distinto do dom de profecia, atualmente. Este dom ministerial foi dado à Igreja depois que Cristo “subiu às alturas”; como os demais dons espirituais, certamente se manifestou depois da descida do Espírito Santo no dia de Pentecoste. Desta forma, o profeta representava um dom ministerial de reconhecida autoridade perante a Igreja.

• Por exemplo: At 13:1-3 – Aqui temos uma reunião em que estava presente um grupo de profetas, por quem o Espírito Santo falou. Em seguida, o texto nos dá clara ideia da autoridade ministerial que tinham, uma vez que “... jejuando e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram”. Este acontecimento é semelhante ao ocorrido sob a presidência de Paulo e Barnabé em At 14:23. Isso nunca teria acontecido se não se tratasse de pessoas de reconhecida autoridade ministerial.


II – DISTINÇÃO DOS DONS MINISTERIAIS:



• Ef 4:11 – Na mente de Deus não há uma hierarquia ministerial seguindo uma ordem cronológica, pois não teria sentido então a unidade do corpo de Cristo. O destaque de uma função mais que outra não representa uma posição maior em ordem. Paulo fez questão de ensinar isso à Igreja de Corinto:

• “Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo?... Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis” – I Cor 12:14-15, 17-18.

• A lição prática da unidade do Espírito quanto aos ministérios distribuídos, é que cada um deve assumir seu trabalho na Igreja, porque assim Deus o quer. Assim sendo, cada qual poderá dar o melhor de si para a unidade na obra do Senhor.

• Logo, esses dons são enumerados sem a preocupação de ordem ou grau. São dons concedidos àqueles que são “nomeados” ou “ordenados” para o ministério do corpo de Cristo (a Igreja), no mesmo nível de valor e propósito.

• (1) – APÓSTOLOS = MENSAGEIRO; ENVIADO; DELEGADO.

• Há uma forte corrente de interpretação que restringe esse ministério aos dias apostólicos, isto é, aos introdutores da Igreja Primitiva.

• Essa posição de interpretação assegura que, no N.T., “apóstolo” é palavra empregada para os doze, para as pessoas relacionadas a Igrejas específicas (II Cor 8:23; Fp 2:25), e dos cristãos de modo geral (Jo 13:16).

• Ainda segundo esta interpretação, as qualificações de um apóstolo de Cristo eram ter visto a Jesus (I Cor 9:1-2) e ser testemunhas de Sua ressurreição (At 1:21-23; I Cor 15:4-8).

• Há também uma outra corrente de interpretação que ensina a sucessão apostólica e outra que rejeita tal ideia.

• A ideia da não-sucessão pode ser vista de dois modos:

• (A) - O primeiro afirma que, não havendo sucessão dos apóstolos, não pode haver mais apóstolos, senão aqueles que foram reconhecidos na Igreja Primitiva;

• (B) – O segundo, não admite a sucessão apostólica, mas crê na ação soberana e contínua de Deus para chamar e enviar homens com uma missão especial, para um trabalho que outro não fez.

• O N.T. apresenta outros apóstolos além dos 12 discípulos de Jesus. O único nome citado que participou da sucessão foi Matias, que entrou no lugar de Judas Iscariotes (At 1:25-26). Depois, Paulo é reconhecido como apóstolo, e também Barnabé (At 14:14). No entanto, nem Paulo, nem Barnabé foram sucessores de algum dos apóstolos que estiveram com Jesus.

• Por isso, cremos que ainda hoje Deus chama homens para o apostolado, porque o mesmo Jesus que enviou Seus primeiros discípulos e outros nos dias primitivos da Igreja, continua enviando, de forma especial, homens com uma missão delegada onde Ele quer que se faça algum trabalho particular em favor de Seu reino na face da terra.

• Em resumo:

• (A) - APÓSTOLO é aquele que lançou os fundamentos da Igreja e atualmente trabalha edificando-a.

• (B) - Há 3 tipos de apóstolos:

• (B.1) - Os 12 Apóstolos (que estiveram com Jesus);

• (B.2) - Os apóstolos primitivos e fundadores de Igrejas (como Paulo e Barnabé ); e

• (B.3) - O ministério apostólico de caráter permanente (que Cristo atualmente dá à Igreja até que se complete a edificação de Seu corpo).

• (2) – PROFETAS – Na literatura bíblica, profeta é um proclamador (quem prega) e vidente (que prevê o futuro).

• Essas pessoas recebem uma mensagem específica de Deus, diretamente ou mediante Sua Palavra; através de proclamações divinas, fazem que a vontade de Deus seja conhecida em situações específicas. Na maioria dos casos, o profeta comunica uma mensagem imediata da parte de Deus a Seu povo: a Igreja.

• (3) – EVANGELISTA – At 21:8; II Tm 4:11 - A definição mais óbvia é PREGADOR DO EVANGELHO (II Tm 4:2).

• Na Igreja Primitiva havia pregadores itinerantes que andavam por áreas ainda não evangelizadas a fim de proclamar o Evangelho. Todavia, o evangelista também poderia ter o dom necessário à função de explicar o Evangelho às pessoas, além de levar pagãos a aceitá-lo como Palavra de Deus – II Tm 4:5.

• O Evangelista tem um ministério distinto entre os demais, mas não isolado, porque é enviado pela Igreja. É um ministério difícil e custoso, porque é ele o que vai na frente da batalha contra os poderes do mal; as marcas deste ministério aparecem no poder sobrenatural da Palavra de Deus e nos sinais e maravilhas operados por sua fé, levando as pessoas à decisão para Cristo.

• Em resumo: O Evangelista é enviado pela Igreja, para sair em busca dos perdidos, levando-os ao conhecimento de Jesus como Salvador; traze-os à casa do Pai Celestial para que os pastores e mestres possam desenvolver os seus ministérios.

• (4) – PASTORES – No grego, o real significado de Pastor é o de GUARDADOR DE OVELHAS. O exemplo mais claro desse significado está na identificação que Jesus fez acerca de si mesmo – Jo 10:11 cf Hb 13:20; I Pe 2:25; 5:4.

• O ministério pastoral inclui outros títulos que representam a mesma função de pastor, tais como ancião, presbítero e bispo. Todos esses nomes tem o mesmo significado em relação ao ministério pastoral.

• As primeiras Igrejas eram entregues aos “anciãos” locais: At 11:30; 14:25; 20:17 e At 28. Por serem homens idosos e de larga experiência na vida, eram colocados na direção das Igrejas.

• A palavra ANCIÃO referia-se mais à idade e posição deles, mas o título mais oficial era bispo ou presbíteros. Esse título indicava a ideia de uma posição de liderança na Igreja local. Eram pastores locais. Seu trabalho era o de alimentar o rebanho, protegê-lo dos falsos ensinos, conservar a sã doutrina, orientar os crentes na vida diária e conduzir as reuniões com ordem e decência – At 20:28; I Cor 14:40; Tt 1:9, 11; Tg 5:14; I Pe 5:2; II Pe 2:11.

• (5) – MESTRES = DOUTORES; ENSINADORES – Até certo ponto, o pastor tem um ministério acompanhado do ensino. Ele pode exercer as duas funções. Entretanto, a função de MESTRE é específica no ministério cristão, que é ensinar a Palavra de Deus de forma lógica.

• Pelo fato de ser um ministério dado por Jesus, o Espírito Santo atua de maneira poderosa no sentido de aclarar as verdades divinas ensinadas aos crentes.

• O mestre podia ser ministro itinerante pelas Igrejas. Seu trabalho era com as almas ganhas pelos Evangelistas e Apóstolos.

• O N.T. destaca Apolo como exímio ensinador: Ele andava pelas Igrejas ministrando a Palavra de Deus – At 18:27; I Cor 16:12; Tt 3:13. Daí podemos concluir que:

• (A) - HÁ MINISTROS QUE SÃO PASTORES E MESTRES;

• (B) - OUTROS QUE SÃO PASTORES, MAS NÃO SÃO MESTRES; e

• (C) - OUTROS QUE SÃO MESTRES, MAS NÃO SÃO PASTORES.

• O mestre é um ministério de extremo valor, mas pouco reconhecido, ou então, prejudicado pelo sistema de governo de nossas Igrejas, que, por não reconhecerem a importância de tal ministério, obrigam o mestre a pastorear. É como obrigar um lavrador a fazer o trabalho do alfaiate.

• Igrejas sem mestres são Igrejas fracas espiritualmente. Por isso, deve-se reconhecer a importância e a necessidade do ministério do ensino. É através do ensino sadio e racional, inspirado pelo Espírito Santo, que a Igreja se defende contra as falsas doutrinas e que se fortifica contra os ataques espirituais de satanás.

• Quando os Evangelistas realizam cruzadas evangelísticas, devem os ensinadores ser acionados para fortalecerem a fé dos novos convertidos (discipulado).

• Uma Igreja não vive só de pregações: precisa também de ensino sadio, firme e constante.


III - SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE O PROFETA DO V. E DO N. TESTAMENTOS:



• O ministério de profeta no V. T. era um ofício da parte de Deus.

• No N. T. tem-se a impressão de ser também um ofício.

• Porém, na lista dos dons espirituais, a profecia aparece como DOM DO ESPÍRITO – I Cor 12:10.

• Surgem daí os seguintes questionamentos:

• (A) - O MINISTÉRIO DE PROFETA É OFÍCIO OU DOM?; ou

• (B) – É OFÍCIO E DOM AO MESMO TEMPO?

• Alguns intérpretes fazem diferença entre “dom” e “ofício”. No entanto, em relação ao ministério profético no N. T., a profecia engloba tanto o dom como o ofício.

• Estaria ultrapassado o ministério do profeta na atualidade? Seria mais um título do N. T. dado ao pregador? NÃO!

• Existe o ministério de profeta na atualidade e a pregação pode receber o impulso profético na transmissão das verdades divinas.

• Devemos entender que o profeta na Igreja é indispensável, e não significa simplesmente o dom de predizer o futuro, nem o de guiar a Igreja em negócios particulares.

• Essencialmente, o profeta não é um pregador, mas entendemos que um pregador pode exercer, na pregação, o ministério profético.

• Uma pregação devidamente ordenada com pensamentos lógicos e inspirados, pode não ser uma mensagem profética, mas à medida em que aqueles pensamentos vão sendo expostos, novas verdades espirituais são inspiradas ao pregador e se tornam, automaticamente, numa mensagem profética.

• Em I Cor 14:30, Paulo dá a entender que o profeta exerce sua função quando o Espírito Santo lhe inspira, repentinamente, uma mensagem advinda duma súbita revelação e, obediente ao impulso do Espírito, transmite a mensagem de Deus.

• Na verdade, o profeta é aquele que interpreta o sentimento do Espírito Santo para o povo. É um ministério que tem função poderosa, fora de uma pregação. Quando o Espírito dá sobrenaturalmente uma mensagem ao profeta, e este a transmite em suas palavras essa profecia ou mensagem divina, interpreta o desejo de Deus para a Sua Igreja.

• Desta forma, entendemos que o ministério dos profetas na Igreja é colocado entre outros ministérios, porque é útil para a edificação do corpo de Cristo.


IV – O DOM DE PROFECIA:

• Quanto à natureza essencial do dom de profecia, podemos ver que: 

• (1) - O dom de profecia se distin­gue da simples pregação. O profe­ta é alguém através de quem Deus fala, alguém que fala em nome de Deus. Neste sentido qualquer pregador poderia ser chamado de "pro­feta" na medida em que fala a Pala­vra de Deus. Mas no caso da manifestação do dom de profecia, o possuidor deste dom fala em nome de Deus trazendo uma mensagem de edificação, exortação e de consolação para a congregação. Por mais importante que seja essa mensagem profética, ela não tem o valor de cânone, tampouco deverá ter a pretensão de complementar a Palavra de Deus.


• (2) - O dom de profecia é de ori­gem divina. No contexto de l Coríntios 12, o dom de profecia é uma concessão divina através do Espírito Santo, assim como são os demais dons ali relacionados pelo apóstolo Paulo. Ninguém, portanto, está autorizado a inventar as suas profecias como forma de ajudar as pessoas mais queridas, tampouco para afrontar aquelas pessoas das quais não gosta. Inventar profecias como forma de mostrar muita espiritualidade é uma total irreverência que poderá levar o crente a cair em blasfêmia contra o Espírito Santo.


• (3) - O dom de profecia tem prop­ósitos específicos, "...o que profe­tiza fala aos homens para edifica­ção, exortação e consolação" (l Co 14.3). Portanto, "edificação", "exortação" e "consolação" se consti­tuem no tríplice propósito do dom de profecia no seio da igreja local.


• (4) - O dom de profecia é distinto da interpretação das línguas. Par­tindo do ensino de Paulo de que "o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus..." (l Co 14.2), "...mas o que profetiza fala aos homens... (l Co 14.3), temos de aceitar que é Deus quem fala através da profecia à congregação.


V - CONSIDERAÇÕES FINAIS:




• Ef 4:12 – Há um tríplice propósito no uso dos dons ministeriais:

• (1) – O APERFEIÇOAMENTO DOS SANTOS = Devemos procurar viver de acordo com os ensinos da Palavra de Deus;

• (2) – A OBRA DO MINISTÉRIO = Devemos executar o serviço em favor da Igreja por meio dos dons ministeriais; e

• (3) – A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO = Devemos construir e desenvolver o Corpo de Cristo (a Igreja) através dos dons ministeriais.

• Ef 4:13-16 - Aqui está a culminação do propósito dos dons ministeriais:

• (1) - ATÉ QUE TODOS CHEGUEMOS À UNIDADE DA FÉ = É uma fé coletiva porque só a fé pode produzir a unidade desejada no evento do arrebatamento da Igreja, quando o "corpo" através de seus membros em toda a terra, estará reunido em tudo quanto é e possui;

• (2) - E AO CONHECIMENTO DO FILHO DE DEUS = Implica numa relação autência, pessoal, espiritual e real com aquele a quem o centurião, ao pé da cruz, reconhecendo, disse: - "Verdadeiramente este é o Filho de Deus";

• (3) - PARA QUE NÃO SEJAMOS MAIS MENINOS INCONSTANTES = São aqueles crentes facilmente agitados por circunstâncias, sujeitos a mudanças provocadas por "ventos" de doutrinas falsas; são aqueles que naufragam nas dúvidas espirituais e se deixam levar pelo desânimo, que lhes causa o abandono da fé recebida;

• (4) - ANTES, SEGUINDO A VERDADE EM CARIDADE (sendo verdadeiros em amor) = Num mundo de mentiras, a verdade surge como espada de dois gumes, cortante e imparcial. Sem amor é difícil seguir a verdade, pois a verdade combate o erro baseada no amor; 

• (5) - CRESÇAMOS EM TUDO = Diz respeito ao desenvolvimento da fé nas atitudes, não mais infantis, mas atitudes maduras, com os pés firmes no chão, ao invés de leviandade. Visto que é a cabeça (Cristo) que comanda o corpo (a Igreja), à medida que o crente vai crescendo, seu crescimento é assumido pela cabeça; e

• (6) - O AJUSTAMENTO DO CORPO = A finalidade do crescimento do corpo de Cristo significa o crescimento de cada parte do corpo numa justa cooperação. Nenhum membro do corpo se individualiza, nem se isola dos demais membros, nem busca um crescimento próprio, mas busca o crescimento de todo o corpo. O corpo é um; por isso, o crescimento espiritual do crente deve visar ao crescimento de todos os demais irmãos em Cristo.





FONTES DE CONSULTA:



1. Souza, Estêvam Ângelo de – Títulos e Dons do Ministério Cristão – CPAD

2. Stott, John R. W. - A Mensagem de Efésios – ABU Editora

3. Patzia, Arthr G. – Novo Comentário Bíblico Contemporâneo – Editora Vida

4. Cabral, Elienai – Carta aos Efésios - CPAD

5. Lições Bíblicas – CPAD – 3° Trimestre de 1988 – Comentarista: Raimundo de Oliveira.