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25 de dez. de 2010

1º TRIMESTRE - LIÇÃO Nº 01 - 02/01/2011 - "ATOS - A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO ATRAVÉS DA IGREJA"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 01 - DATA: 02/01/2011
TÍTULO: “ATOS – A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO ATRAVÉS DA IGREJA”
TEXTO ÁUREO – At 1:8
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: At 1:1-5
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I – INTRODUÇÃO:

• A única obra que em todo o N. T. se apresenta como continuação de outra é Atos dos Apóstolos. O autor, identificado tradicionalmente com Lucas, não quis dar por concluído, no seu primeiro livro, o relato “dos fatos que entre nós se realizaram” (Lc 1.1), mas, no seu segundo volume, recompilou a informação que teve ao seu alcance sobre os inícios da propagação do Cristianismo. Portanto, praticamente o livro de Atos começa no ponto em que termina o Evangelho de Lucas. Depois de uma introdução temática, que inclui a dedicatória a Teófilo (At 1:1-3 cf. Lc 1.3), o autor situa a narração no cenário de Betânia, onde, à vista dos seus discípulos, “foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos” (Lc 24:50 cf At 1.9).


II – OS ATOS DOS APÓSTOLOS:

• O Livro possui 28 capítulos e 1007 versículos.


II.1 – O TÍTULO:

• Tal como o conhecemos, o título “Atos dos Apóstolos”, não fazia parte do livro original, mas pertence ao segundo século d.C.

• O Evangelho de Lucas e os Atos são dois volumes de uma só obra e, seja qual for o título originalmente anteposto ao Evangelho, serviu para os dois livros. Quando o segundo volume começou a circular independentemente, este título foi usado para designar seu conteúdo.


II.2 – AUTORIA:

• Embora o autor não cite seu nome, provas externas às Escrituras e inferências extraídas do próprio livro levam à conclusão de que o autor era Lucas.

• Dentro da própria obra, existem indícios quanto à identidade do autor:

• (1) - LUCAS, O COMPANHEIRO DE PAULO - Na narrativa dos acontecimentos, o verbo apresenta-se, em certos trechos, na primeira pessoa do plural. Nessas ocasiões, o autor inclui-se como companheiro de viagem de Paulo (At 16.10-17; 20.5—21.18; 27.1—28.16). É provável, portanto, que o autor estivesse presente com Paulo naqueles acontecimentos em que utiliza o pronome “nós”.

• Entre esses trechos que usam a primeira pessoa do plural, está o que trata da prisão de Paulo em Roma (At 28). Nesse período, Paulo escreveu, entre outras epístolas, Filemom e Colossenses. Nelas, envia saudações dos seus companheiros, e Lucas está entre eles (Fm 23-24; Cl 4.10-17). Na realidade, depois de excluir as pessoas que, por uma razão ou outra, não satisfariam os requisitos de autor de Atos, Lucas é o único que sobra como candidato mais provável.

• (2) - LUCAS, O MÉDICO - Embora não seja possível comprovar que o autor de Atos fosse médico apenas baseando-nos no vocabulário, as palavras que empregava, além dos traços e do nível cultural vislumbrados em seus escritos, são próprios de um médico. É verdade que os médicos do séc. I não tinham um vocabulário tão especializado quanto o dos médicos de hoje; ainda assim, alguns traços de linguagem de Lucas e Atos fazem supor que um homem de medicina seja o autor desses livros. E é preciso lembrar que Paulo emprega o termo “médico” ao se referir a Lucas (Cl 4.14).

• EM RESUMO:

• Fica claro, a partir de passagens no livro que empregam os pronomes “NÓS” e “NOS” (At 16:10-17; 20:5; 21:1-18; 27:1-28:16) que o autor do Livro foi um companheiro de Paulo.

• O próprio conteúdo dessas passagens elimina os companheiros conhecidos de Paulo, À EXCEÇÃO DE LUCAS.

• Além disso, Fm 4 e II Tm 4:11, apontam, de forma afirmativa, para Lucas, que era médico, APESAR DE SEU NOME NÃO APARECER UMA ÚNICA VEZ NA NARRATIVA.

• O uso freqüente de termos técnicos da área médica também confirma esta conclusão (At 1:3; 3:7; 9:18, 33; 13:11; 28:1-10)


II.3 - LUGAR E DATA DA COMPOSIÇÃO:

• Não existem dados que permitam precisar a data nem o lugar da composição deste livro. Muitos pensam que foi publicado uns vinte e cinco ou trinta anos depois da morte de Paulo, aproximadamente durante a década dos anos oitenta.

• Duas datas são possíveis para a composição desse livro:

• (1) - Por volta de 63 d.C., pouco depois do último acontecimento registrado; e

• (2) - Perto de 70 d.C. ou ainda mais tarde.

• A hipótese da data mais antiga é defendida com base nos seguintes aspectos:

• (A) - SILÊNCIO A RESPEITO DE ACONTECIMENTOS POSTERIORES - Embora os argumentos baseados no silêncio não sejam irrefutáveis, talvez seja relevante o fato de o livro não conter nenhuma alusão aos fatos posteriores ao fim dos dois anos de prisão de Paulo em Roma: por exemplo, o incêndio de Roma e a perseguição dos cristãos (64 d.C.), o martírio de Pedro e de Paulo (possivelmente 67 d. C.) e a destruição de Jerusalém (70 d. C.).

• (B) - AUSÊNCIA DE INFORMAÇÕES SOBRE O RESULTADO DO JULGAMENTO DE PAULO - Se Lucas soubesse o resultado do julgamento que Paulo aguardava (At 28.30), por que não o registrou no fim de Atos? Talvez porque já tivesse contado tudo o que sabia até aquela data.

• Para os que preferem a data posterior, At 1.8 revela um dos propósitos de Lucas ao escrever a sua história, e esse propósito influenciou o encerramento do livro. Lucas queria demonstrar que a igreja penetrava o mundo de seus dias em círculos cada vez mais amplos (Jerusalém, Judéia, Samaria e confins da terra) até alcançar Roma, o centro político e cultural do mundo. Entendendo assim esse propósito, mencionar o martírio de Paulo (c. 67 d.C.) e a destruição de Jerusalém (70 d.C.) não era pertinente. Assim ficaria aberta a possibilidade de Atos ter sido escrito em cerca de 70 d.C. ou mesmo depois.


II.4 – PALAVRAS-CHAVE:

• ASCENSÃO; DESCIDA; EXPANSÃO:

• (A) - “A “ASCENSÃO” de Cristo é seguida pela...

• (B) - “DESCIDA” do Espírito Santo e, em seguida, vem...

• (C) – “A “EXPANSÃO” da Igreja.


II.5 – O TÍTULO:

• ATOS DOS APÓSTOLOS não é o mais correto, porquanto o conteúdo do livro não se centraliza ao redor dos doze apóstolos, pois apenas três dos doze aparecem na narrativa: Pedro, Tiago e João; os últimos dois são apenas mencionados. Além disso, Pedro praticamente sai da história depois da conversão de Cornélio, e nós ficamos a imaginar o que lhe aconteceu.

• O livro registra o que Jesus Cristo continuou a fazer e a ensinar através do Espírito Santo na Igreja, que crescia e se espalhava. Por isso, alguns eruditos do passado referiam-se a esse livro como “OS ATOS DO ESPÍRITO SANTO”.


II.6 – DESTINATÁRIO:

• O destinatário do livro, Teófilo, é o mesmo a quem se endereçou o primeiro volume, o evangelho de Lucas.

• QUEM ERA TEÓFILO? - Esta palavra significa AMIGO DE DEUS. Logo, era uma pessoa real de alta posição na sociedade e, ao mesmo tempo, um eleito que confessava sua fé em Jesus Cristo. Tanto que o termo EXCELENTÍSSIMO (Lc 1:3) é usado para dirigir-se a alguém de posição oficial elevada. Os pronomes de tratamento, dirigidos a uma autoridade constituída, aparecem três vezes em Atos (At 23:26; 24:3; 26:25)


II.7 – IMPORTÂNCIA:

• O livro de Atos serve de ponte para os escritos do NT. Sendo a segunda parte do evangelho de Lucas, estabelece relação entre “tudo o que Jesus começou a fazer e a ensinar” (At 1.1) — conforme relatado nos evangelhos — e aquilo que continuou a fazer e a ensinar mediante a pregação dos apóstolos e a fundação da igreja.

• Além de fazer a ligação entre as narrativas dos evangelhos e as epístolas dos apóstolos, oferece um relato da vida de Paulo que nos situa para a leitura das suas epístolas.

• Quanto à geografia, sua história compreende as terras entre Jerusalém, onde a igreja teve seus começos, e Roma, o centro político do Império.

• Na história, relata os 30 primeiros anos da igreja.

• É, além disso, uma ponte que liga a igreja em seus inícios com cada era que se segue.

• Esse livro pode ser estudado para adquirir entendimento dos princípios que devem governar a igreja de toda e qualquer era.


II.8 – TEMA E PROPÓSITO:

• At 1:8 é o que melhor resume o tema dessa obra.

• Na época, o historiador em geral iniciava um segundo volume com um resumo do primeiro e uma idéia do conteúdo previsto no segundo. Lucas resumiu em Lc 1.1-3 seu primeiro volume; o tema do segundo é apresentado nas palavras de Jesus: “[...] serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”. Para todos os efeitos, aqui se resume, em linhas gerais, o livro de Atos. Os propósitos principais do livro parecem ser:

• (1) - APRESENTAR UMA HISTÓRIA - Não há exagero em demonstrar a tremenda relevância e profundo significado de Atos como relato histórico das origens da fé cristã. Aí temos o relato de como a igreja foi fundada, o evangelho disseminado, as congregações iniciadas e as campanhas evangelísticas realizadas segundo o padrão apostólico. Um dos aspectos incomparáveis do cristianismo é seu firme fundamento histórico. A vida e os ensinos de Jesus Cristo são confirmados nas quatro narrativas que constituem os evangelhos, e Atos dos Apóstolos oferece um relato dos começos da igreja no mesmo nível de importância.

• (2) - OFERECER UMA DEFESA - Dentro do relato de Atos estão presentes defesas da fé cristã feitas diante de judeus (At 4.8-12) e também de gentios (At 25.8-11), com o propósito subjacente de convertê-los. Demonstra que a igreja primitiva teve de lutar com o pensamento pagão e judaico, com o governo romano e com a sociedade helenística.

• (3) - SERVIR DE GUIA - Lucas não tinha como saber durante quanto tempo a igreja continuaria nesta terra, mas, enquanto prosseguir a sua trajetória, Atos dos Apóstolos será um dos seus guias principais. Em Atos, vemos princípios básicos aplicados a situações específicas de problema e de perseguição. Esses mesmos princípios continuam aplicáveis até a volta de Cristo.

• (4) - RETRATAR O TRIUNDO DO CRISTIANISMO A DESPEITO DA ACIRRADA PERSEGUIÇÃO - O sucesso da igreja em levar o evangelho de Jerusalém até Roma e em implantar igrejas em todas as partes do Império Romano demonstrou que o cristianismo não era mera obra dos homens. Havia a mão de Deus em tudo isso (At 5.35-39).


II.9 – CARACTERÍSTICAS:

• (1) - PORMENORES HISTÓRICOS PRECISOS - Cada página de Atos sobeja em pormenores nítidos e exatos, para alegria dos historiadores. O relato compreende um período de cerca de 30 anos, abrangendo países entre Jerusalém e Roma. A referência que Lucas faz a esses tempos e lugares está repleta de diferentes povos e culturas, de uma variedade de administrações governamentais, de cenas da corte em Cesaréia e de fatos impressionantes relacionados a centros como Antioquia, Éfeso, Atenas, Corinto e Roma. Estão presentes, também, distritos campestres dos bárbaros e centros do judaísmo. Em cada um desses casos, no entanto, as descobertas arqueológicas revelam que Lucas emprega os termos corretos para a data e o local a que se refere. A crítica hostil não tem conseguido invalidar a exatidão pormenorizada das designações políticas e geográficas oferecidas por Lucas.

• (2) - EXCELENCIA LITERÁRIA - Além de ter um vasto vocabulário em comparação ao de outros escritores, Lucas também emprega seus vocábulos em estilos que mudam conforme os antecedentes culturais dos fatos registrados. Às vezes, emprega bom grego clássico; em outras ocasiões, o aramaico da Palestina do séc. I transparece nas expressões. Trata-se da prática cuidadosa de Lucas de empregar linguagem adequada à data e ao local em questão. Os aramaísmos são usados quando Lucas se refere a fatos da Palestina (caps. 1—12). Quando, no entanto, Paulo viaja às terras helenísticas, para além do âmbito do aramaico, cessam os aramaísmos.

• (3) - ADMIRÁVEL CAPACIDADE EXPRESSIVA - O emprego habilidoso que Lucas faz dos discursos contribui para o efeito dramático da sua narrativa. Não somente há espaço cuidadoso entre eles e bom equilíbrio entre os de Pedro e os de Paulo, mas também discursos de vários outros indivíduos acrescentam diversidade e vivacidade ao relato. O emprego que Lucas faz dos detalhes confere vida à ação. Não existe em nenhuma obra da antigüidade relato de um naufrágio melhor que o de Lucas, com todos os seus pormenores náuticos (cap. 27). O livro é vívido e de ação rápida, do começo ao fim.

• (4) - RELATO OBJETIVO - A disposição cuidadosa que Lucas fez do material não diminui a exatidão do registro. Demonstra a objetividade do seu relato ao registrar os fracassos tanto quanto os sucessos da igreja primitiva, os aspectos negativos tanto quanto os positivos. Não somente é registrada a insatisfação entre judeus gregos e judeus hebreus (At 6.1), mas também a discórdia entre Paulo e Barnabé (At 15.39). As divisões e as diferenças são reconhecidas (At 15.2; 21.20,21).


II.10 – ESBOÇO:

• (1) - Introdução (1.1-11)

• (2) - O Derramamento do Espírito Santo (1.12 — 2.41)

• (A) - A Preparação para a Promessa (1.12-26)

• (B) - O Dia do Pentecoste (2.1-41)


• (3) - Os Primeiros Dias da Igreja em Jerusalém (2.42—8.1a)

• (A) - Características da Igreja Apostólica em Seguida ao Derramamento do Espírito (2.42-47)

• (B) - Um Grande Milagre e Seus Efeitos (3.1—4.31)

• (C) - A Comunidade de Bens dos Primeiros Cristãos (4.32—5.11)

• (D) - Mais Curas e a Resistência da Religião Oficial (5.12-42)

• (E) - A Escolha de Sete Diáconos (6.1-7)

• (F) - Estêvão: O Primeiro Mártir do Cristianismo (6.8—8.1a)


• (4) - A Perseguição Leva à Expansão (8.1b—9.31)

• (A) - Os Crentes Dispersos na Judéia e Samaria (8.1b-4)

• (B) - Filipe: O Ministério de um Evangelista (8.5-40)

• (C) - Saulo de Tarso: A Conversão de um Perseguidor (9.1-31)


• (5) - O Cristianismo Propaga-se entre os Gentios (9.32—12.25)

• (A) - O Ministério de Pedro em Lida e em Jope (9.32-43)

• (B) - A Missão de Pedro aos Gentios em Cesaréia (10.1-48)

• (C) - O Informe de Pedro à Igreja de Jerusalém e a Aprovação da Sua Decisão (11.1-18)

• (D) - Antioquia: A Primeira Igreja Gentia (11.19-30)

• (E) - Perseguição sob Herodes Agripa I (12.1-23)

• (F) - Resumo do Crescimento da Igreja (12.24,25)


• (6) - Primeira Viagem Missionária de Paulo (13.1—14.28)

• (A) - Paulo e Barnabé Comissionados pela Igreja Local de Antioquia (13.1-3)

• (B) - Início da Evangelização da Província da Ásia (13.4—14.28)


• (7) - O Concílio de Jerusalém (15.1-35)


• (8) - Segunda Viagem Missionária de Paulo (15.36—18.22)

• (A) - Divergência entre Paulo e Barnabé (15.36-40)

• (B) - Visita às Igrejas Fundadas (15.41—16.5)

• (C) - Novas Regiões Evangelizadas na Província da Ásia (16.6—18.21)

• (D) - Regresso à Antioquia da Síria (18.22)


• (9) - Terceira Viagem Missionária de Paulo (18.23—21.16)

• (A) - A Caminho de Éfeso (18.23)

• Parêntese: O Ministério de Apolo (18.24-28)

• (B) - Um Prolongado Ministério em Éfeso (19.1-41)

• (C) - Viagem à Macedônia, Grécia e Volta à Macedônia (20.1-5)

• (D) - Regresso a Jerusalém (20.6—21.16)


• (10) - A Prisão de Paulo e Seu Ministério Enquanto Preso (21.17—28.31)

• (A) - Em Jerusalém (21.17—23.35)

• (B) - Em Cesaréia (24.1—26.32)

• (C) - A Caminho de Roma (27.1—28.15)

• (D) - Em Roma (28.16-31)


III – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• O livro de Atos é, sem dúvida, uma continuação da vida e do ministério do Redentor. Assim como Evangelho nos diz p que Ele “começou” a fazer e a ensinar, esse tratado continua a narrativa. Ali, Ele atuou em um corpo mortal, na terra; aqui, no corpo de Sua glória, do céu. O livro é também um comentário a At 1:2. Não estamos especificamente informados quanto a que mandamentos foram dados pelo Senhor aos apóstolos, mas podemos inferi-los da organização da Igreja revelada nessas páginas.

• At 1:8 – A divisão da narrativa é indicada na enumeração dos círculos concêntricos que se alargam, conforme este versículo: JERUSALÉM (cps 1-7); JUDÉIA e SAMARIA (cps 8-12); OS CONFINS DA TERRA – cp 13 até ao fim do livro, que não tem uma conclusão formal, porque os Atos do Espírito Santo por meio da Igreja continuaram através dos séculos cristãos e ainda não estão concluídos. Há alguns capítulos notáveis a serem acrescentados ainda, pela pena dos escribas angélicos antes que o programa divino seja encerrado.


FONTES DE CONSULTA:

1) Bíblia de Estudo NVI

2) Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

3) Pfeiffer, Charles F. e Harrison, Everett F. – Comentário Bíblico Moody – Imprensa Batista Regular

4) Neves, Mário - Atos dos Apóstolos Comentário Prático - Casa Editora Presbiteriana

5) Meyer, F. B. – Comentário Bíblico Devocional – Editora Betânia

19 de dez. de 2010

4º TRIMESTRE - LIÇÃO Nº 13 - 26/12/2010 - "SE O MEU POVO ORAR"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 13 - DATA: 26/12/2010
TÍTULO: “SE O MEU POVO ORAR”
TEXTO ÁUREO – II Cr 7:14
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: II Cr 7:11-18
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/



I – INTRODUÇÃO:

• Jn 2.1-10 – Jonas foi um profeta muito diferente; não ficou conhecido pela sua mensagem, mas, sim, pela sua experiência. Qual o papel da oração (ou da falta dela) na experiência deste profeta de Deus? Quando ele deixou de orar, houve Rebeldia, Queda, Insensibilidade, Sofrimento. Mas....

• ... QUANDO JONAS OROU... - Foi ouvido, Foi ajudado, Foi transformado, Foi salvo.

• DEUS QUER OUVIR NOSSA ORAÇÃO! AQUELE QUE GOVERNA O CÉU, A TERRA E O MAR NÃO SE ESQUECEU DE NENHUM DE NÓS!

II – SE O MEU POVO NÃO ORAR...:

• Ex 34:15-16; Dt 18:9-12 cf I Rs 16:29-33 – Eis aí alguns dos males da cultura cananita sobre os quais Deus já havia alertado ao povo de Israel.

• I Rs 18:16-46 - Tomando como base a passagem bíblica do profeta Elias versus os profetas de Baal, podemos observar que a situação de Israel era calamitosa. O povo de Israel não orava: às vezes seguia a Baal; outras vezes, a Jeová.

• Da mesma forma, se o povo de Deus não orar, o mesmo que aconteceu naquele período de crise, poderá vir sobre o arraial do povo santo do Senhor. 

Observemos, o que nos diz o Senhor:

• (1) - "SE O MEU POVO NÃO ORAR, A SITUAÇÃO POLÍTICA SERÁ ASSUSTADORA" – O rei era Acabe, um dos reis mais ímpios; ele reinou durante 21 anos (918-897 a. C.); sua esposa era Jezabel, a mulher mais ímpia da história israelita. Como rainha, ela tomava parte ativa ao lado de Acabe, conduzindo o rei aos maiores absurdos, era uma pessoa desumana, dominadora, que exerceu uma influência poderosa sobre Acabe e sobre a nação. Ela mandou construir um templo para Baal em Samaria e sustentava um grande número de profetas de Baal e de Asera para praticar e promover essa religião. Ela também matou um grande número dos profetas do Senhor (veja I Reis 16:32; 18:4 e 19).

• A adoração de Baal era extremamente sedutora para Israel. A fim de estimular os deuses a tornar a terra fértil, os sacerdotes, os prostitutos cultuais e os adoradores tomavam parte em orgias sexuais, depois de entrar em um frenesi extático por meio de vinho e danças. Israel, como uma sociedade agrícola, achava necessário seguir as práticas das nações vizinhas para garantir colheitas abundantes.

• (2) - "SE O MEU POVO NÃO ORAR, O PAÍS VIVERÁ NUM CLIMA DE CATÁSTROFE SOCIAL" - Por causa da seca, não havia lavoura e o povo vivia em miséria, em extrema fome. A viúva que sustentou Elias estava para preparar o último pão para si e para o seu filho e, depois, morrerem.

• (3) - "SE O MEU POVO NÃO ORAR, A SITUAÇÃO ESPIRITUAL FICARÁ ESCURÍSSIMA" – Meditemos:

(A) - A rainha Jezabel era a protetora oficial da idolatria no país;

(B) - O povo israelita coxeava entre dois pensamentos e, como cego, rumava, sem nenhuma resistência à idolatria;

(C) - Os fiéis eram perseguidos e Jezabel mandava matar todos os profetas de Deus que encontrava (I Rs 18:4)

(D) - Havia ainda 7000 no meio do povo, que não tinham dobrado os seus joelhos perante Baal (I Rs 19:18). Todavia viviam escondidos, sem forças para impor alguma influência espiritual sobre o povo.

III – PORÉM, SE O MEU POVO ORAR...:

• Na situação acima descrita, Deus começou a agir, mandando um despertamento. Porém,

PRIMEIRO: - ANTES DO SENHOR DEUS COMEÇAR A AGIR, O ALTAR PRECISA SER RESTAURADO - O fogo do céu só cai se o altar estiver perfeito para oferecer-se sacrifícios pelos pecados do povo.

SEGUNDO: - A ORAÇÃO DE ELIAS FOI A CHAVE QUE FEZ O SENHOR DEUS ABRIR O CÉU PARA O FOGO DESCER - Quando tudo estiver em ordem na nossa vida, teremos confiança e ousadia para pedir que Deus mande o despertamento (I Rs 18:37 cf Zc 10:1 cf At 2:1-4).

• Desta forma, assim diz o Senhor:

• (1) - "SE O MEU POVO ORAR, COMEÇAREI A USAR INSTRUMENTO OBEDIENTE" - (I Rs 18:1-2, 8, 15-19) - Deus sempre precisa de instrumentos dispostos a se entregar a Ele para o bem espiritual do povo.

• (2) - "SE O MEU POVO ORAR, FAREI MANIFESTAR A ABSOLUTA INSUFICIÊNCIA E INCAPACIDADE DE “BAAL”, DE “ASERÁ”, DOS SEUS SACERDOTES, DO REI ACABE E DA RAINHA JEZABEL" - A obediência de Elias abriu a oportunidade para o povo conhecer que nenhum deles podia atendê-lo em nada. Eram totalmente incapazes. Quando o povo de Deus ora, o Senhor começa a agir, abre-se a mente do povo, que começa a compreender a fraqueza e a insuficiência dos seus “deuses” e começa a sentir sede do Deus vivo (Sl 42:1-2).

• (3) - "SE O MEU POVO ORAR, SABERÁ QUE SÓ EU, O SENHOR, SOU DEUS E NÃO PRECISO DE AJUDA HUMANA PARA MANDAR FOGO DIVINO" - Quando o sacrifício e a lenha estavam em cima do altar, Elias mandou deitar água de modo que esta corria ao redor do altar. Hoje em dia, aparecem muitos que querem “ajudar a Deus” para uma manifestação mais rápida do fogo do céu. Isso faz aparecer fogo estranho, pois o fogo quando é de Deus, independe de ajuda humana. QUANDO O FOGO DESCEU, O POVO FOI DESPERTADO E RECONHECEU QUE SÓ O SENHOR É DEUS.

• (4) - "SE O MEU POVO ORAR, EU CONSUMIREI O SACRIFÍCIO COM FOGO DO CÉU" - Deus havia aceitado a oferta pelo pecado do povo.

• (5) - "SE O MEU POVO ORAR, O MEU FOGO O FARÁ MUDAR DE OPINIÃO" - (I Rs 18:39 cf At 2:37) - Só quando o fogo do Senhor Deus se faz presente é que os pecados ocultos aparecem!

• (6) - "SE O MEU POVO ORAR, O MEU FOGO DARÁ FORÇAS PARA QUE A IDOLATRIA SEJA EXTERMINADA" - Foi o próprio povo quem executou o castigo de Deus sobre a idolatria, conforme o Senhor Deus determinou na Sua Lei (Ex 22:18; Dt 18:9-14).

IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• I Rs 18:41-46 - O dia emocionante ainda não havia terminado: Elias orou sete vezes sob um céu sem nuvens! Sua fé se apegou aos atos passados de Deus – a seca, o fogo, a promessa de trazer chuva (18:1). A fé se alimenta das lembranças do guiar de Deus no passado. Uma pequena nuvem foi suficiente para convencer Elias de que um dilúvio estava vindo. Apesar do jejum de um dia inteiro, Elias correu com força sobre-humana para guiar a carruagem de Acabe através da chuva.

• II Cr 7:13-14 - Existe uma chave para destrancar os céus, mas o povo não a conhece, porque seus líderes deixaram de ensinar-lhes: O mais poderoso recurso do cristão é a comunhão com Deus pela oração. Os resultados costumam ser maiores do que achamos possível.

• Se orarmos, reconheceremos que o poder de Deus é infinitamente maior que o nosso e que faz muito sentido contar com ele, especialmente porque Deus nos encoraja a fazê-lo.

FONTES DE CONSULTA:


1. Lições Bíblicas - CPAD - 3º Trimestre de 1981 - Comentarista: Eurico Bergstén


2. Buckland, A. R. - Dicionário Bíblico Universal - Editora Vida


3. Champlin, R. N. e Bentes, João M. - Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia - Editora e Distribuidora Candeia


4. Estudo Bíblico “UMA ORAÇÃO NO FUNDO DO MAR” - Pr. Marcelo Rodrigues de Aguiar

11 de dez. de 2010

4º TRIMESTRE - LIÇÃO Nº 12 - 19/12/2010 - "QUANDO O CRENTE NÃO ORA"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 12 - DATA: 19/12/2010
TÍTULO: “QUANDO O CRENTE NÃO ORA”
TEXTO ÁUREO – Js 9:14
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jn 1:1-15, 11-12, 15
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/




I – INTRODUÇÃO:

• “FINDAM AQUI AS ORAÇÕES DE DAVI, FILHO DE JESSÉ” – Sl 72:20 – Há momentos onde parece que as orações chegam ao fim. No caso de Davi, cessaram porque ele morrera. Mas, muitas coisas existem aqui na terra que colaboram para que nossas orações se interrompam ou cessem.


II – MOTIVOS QUE FAZEM A ORAÇÃO CESSAR:


• (1) – QUANDO, EM NOSSO CORAÇÃO, ESTÃO PRESENTES AS MENTIRAS, AS FRAUDES, O ÓDIO – Sl 109:1-7 – Não adianta estarmos cheios de ódio para com o nosso irmão e irmos para a reunião de oração louvarmos a Deus. Vamos à reunião, mas para buscarmos solução par tal sentimento. Se estamos vivendo uma vida de mentiras, vamos à oração e peçamos para Deus trazer consciência ao nosso coração, pois de outra maneira, nossa oração é afronta a Deus.

• (2) – QUANDO TEMOS UMA OSTENSIVA ATITUDE DE DESOBEDIÊNCIA À LEI DE DEUS – Pv 28:9 – A oração daquele que, deliberadamente, desobedece à Palavra, se torna abominável. Existem pessoas que adulteram, sabendo que estão fazendo algo que a Bíblia recrimina; ao invés de procurarem auxílio, aconselhamento, preferem vestir uma “capa” religiosa na Igreja. Estas orações são abomináveis a Deus.

• (3) – QUANDO A ORAÇÃO NÃO É ORAÇÃO, MAS APENAS UM DESEMPENHO DE SANTIDADE APARENTE – Mt 6:5-6 – Há pessoas que ensaiam orações, que programam como vão falar. Isso não é oração; é um desempenho.

• (4) – QUANDO A ORAÇÃO É APENAS UM FALAR MECÂNICO – Mt 6:7-8 – Um certo crente costumava acordar às 5 horas com sua esposa para orar. Era tão bom, que resolveu ampliar o costume para toda a família. Os rapazes e moças acordavam para este momento, mas nem todos estavam imbuídos do desejo de orar, alguns preferindo continuar na cama. Numa bela manhã, o telefone tocou bem perto de um daqueles que estavam ali apenas no corpo, mas com a mente longe. Ele, mecanicamente, pegou o telefone e, ao invés de dizer: “Alô?”, disse: “Nosso Deus, nosso Pai...”. A ORAÇÃO TEM QUE SER ESPONTÂNEA!

• (5) – QUANDO A RELAÇÃO FAMILIAR PROMOVE A DISCÓRDIA – I Pe 3:7 – Há maridos que batem nas esposas, que são ríspidos e indiferentes com os filhos, ou então, há esposas lamuriosas, depressivas, opressoras dos seus maridos e filhos. Nesses lares, a oração é interrompida.

• (6) – QUANDO A VIDA ESTÁ DOMINADA PELA IMPUREZA – I Pe 4:3, 7 – Há homens e mulheres que se dizem servos de Deus, que são pastores ou líderes, mas que, na verdade, usam de sua influência objetivando satisfazer seus próprios prazeres. A Palavra diz que o fim destas coisas está próximo e que devemos ser criteriosos pelo bem das nossas orações.

• (7) – QUANDO HÁ CULPA NO CORAÇÃO – Sl 51:3 – Há pessoas que vivem inventando mentiras e depois não sabem como se livrar delas. Toda vez que vão orar, o diabo lança-lhes em rosto: “Você é um (a) mentiroso (a), enganador (a)”. E assim, não conseguem nem se abrir para Deus e pedir-Lhe ajuda. O diabo quer usar nossas culpas para cessar nossas orações. Porém, com culpa ou sem ela, devemos orar sempre.

III – CONSEQUENCIAS DE NÃO VIGIAR:


• (1) - QUANDO NÃO VIGIAMOS, SOMOS ENGANADOS - Js 9:1-16 – A perfeita vontade de Deus era que o povo eleito tomasse posse da terra prometida na sua totalidade. Isso somente seria possível através da destruição total das sete nações ali existente. Todas elas são descritas com o prefixo “EU” – Js 3:10. Entretanto, isso não aconteceu, pelo menos na prática.

• Js 9:4, 22 – Os gibeonitas visaram expressamente prejudicar o povo de Deus, levando-o à desobediência (Dt 7:1-5). Com efeito, houve desobediência dos dois lados: Os gibeonitas enganaram usando a astúcia; os israelitas porque não pediram conselho à boca do Senhor, em especial ao sumo-sacerdote Eleazar (Js 9:14; Nm 27:21).

• Entre nós, há também os gibeonitas atuais. São:

• (A) – OS FALSOS IRMÃOS – II Cor 11:26;

• (B) – NO MINISTÉRIO, SÃO OS LOBOS CRUÉIS E OS OBREIROS FRAUDULENTOS – At 20:29; II Cor 11:13.

• Essa gente nunca está satisfeita com coisa alguma. Estão sempre do lado dos “RACHADORES” (Js 9:21), que procuram rachar o corpo do nosso Senhor Jesus Cristo, que é a Sua Igreja – Cl 2:19; Jd 19.

• (2) – QUANDO NÃO VIGIAMOS, O ENGANO SE ALASTRA – I Tm 4:1 – Estamos vivendo dias perigosos em que o mundo está invadido de espíritos enganadores e doutrinas de demônios. Isso tem tornado as coisas tão parecidas que, não for um discernimento do Espírito Santo em nossa visualização de aquilatar as coisas de Deus e os movimentos paralelos, seremos enganados também (Mt 24:5, 11).

• Uma vez por outra, aparece um Jacó disfarçado de Esaú – Gn 27:18-24

• O disfarce pode ser praticado por pessoas de ambos os sexos e idade. Por exemplo:

• (A) – PODE SER UM SENHOR JÁ IDOSO – Gn 12:10-20;

• (B) – PODE SER UMA MULHER JOVEM – Gn 38:14;

• (C) – PODE SER UM SERVO – II Rs 5:20-27;

• (D) – PODE SER UM REI – I Sm 21:13;

• (E) – PODE SER UMA RAINHA – I Rs 14:1-6;

• (F) – PODE SER UM PRÍNCIPE – II Sm 12:1-5;

• (G) – PODE SER UMA PRINCESA – I Sm 19:12-17;

• (H) – PODE SER UM CRENTE, EM SENTIDO GERAL – At 5:1-10;

• (I) – PODE SER UM OBREIRO – Lc 22:48;

• Entretanto, o engano não traz à criatura humana nenhuma recompensa. Quem engana, sempre é enganado – II Tm 3:13

• (3) – QUANDO NÃO VIGIAMOS, SEREMOS ENGANADOS PELA FALSA HUMILDADE – Js 9:13 – Vejamos algumas características com respeito à falsa atuação dos gibeonitas:

• (A) – FINGIRAM PROPÓSITOS PACÍFICOS, OFERENCENDO ALIANÇA – Js 9:6;

• (B) – FINGIRAM SUBMISSÃO – Js 9:8;

• (C) – FINGIRAM PIEDADE – Js 9:9

• O apóstolo Paulo falou-nos de pessoas que tem quase as mesmas características em nossos dias, dizendo: - “Tendo a aparência de piedade, mas negando a eficácia dela” – II Tm 3:15. E concluiu: - “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras” – Tt 1:16a.

• A falsa capa da religião não assegura entrada no reino de Cristo, mas, sim, o branquejar das vestes no sangue do Cordeiro! – Apc 22:14.

• (4) - QUANDO NÃO VIGIAMOS, OS INIMIGOS PASSAM A CONVIVER CONOSCO – Js 9:22 – A partir daí, Israel passou a conviver com um “corpo estranho” no seio da comunidade. Nos dias pós-cativeiro, esta mistura ainda continuava convivendo com Israel – Ed 2:70; Ne 7:73.

• Em conseqüência de sua precipitação, fizeram os israelitas uma comprometedora aliança com os moradores de Gibeon. E, desta aliança, advieram males e transtornos para o povo de Israel.

• De igual modo, se não vigiarmos, poderemos cair nas mesmas ciladas. E, comprometidos, espiritual e socialmente, não seremos capazes de desempenhar com dignidade o ministério que nos confiou o Todo-Poderoso.

• Os gibeonitas continuam a semear enganos e embustes no arraial dos santos. São embustes e enganos tão sutis que somente poderão ser discernidos por aqueles que se mantém ligados ao céu. Vigiemos, pois.


IV - CONSIDERAÇÕES FINAIS:


• O cristão que não ora, pensa que pode resolver tudo sozinho, como tomar decisões, comprar, vender; etc, tornando-se independente de Deus. Mas, lembremo-nos: O erro de Israel foi que “NÃO PEDIU CONSELHO À BOCA DO SENHOR”. É perigoso agir apressadamente e chegar a uma decisão sem ter tempo para orar e esperar em Deus.

• George Müller foi consultado por um homem que recebera a oferta de um negócio que prometia grandes lucros: - “Preciso dar uma resposta dentro de uma hora”, disse o homem. O Sr. Müller respondeu: - “ENTÃO A RESPOSTA É NÃO, POIS AQUILO QUE NÃO DEIXA TEMPO PARA ORAÇÃO, NÃO PODE ESTAR CERTO”.

• Portanto, nada façamos sem oração. Em primeiro lugar, consultemos o Senhor. Se Ele disser sim, que seja sim. Mas, se a resposta for negativa, sejamos obedientes para que não soframos as conseqüências de nossa precipitação e imprudência.


FONTES DE CONSULTA:


• Lições Bíblicas CPAD – 1º trimestre de 1992 – Comentarista: Severino Pedro da Silva

• Fábio, Caio – 70 Esboços de A a Z – Vinde Comunicações




7 de dez. de 2010

4º TRIMESTRE - LIÇÃO Nº 11 - 12/12/2010 - "A ORAÇÃO QUE CONDUZ AO PERDÃO"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 11 - DATA: 12/09/2010
TÍTULO: “A ORAÇÃO QUE CONDUZ AO PERDÃO”
TEXTO ÁUREO – Sl 51:10
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Sl 51:1-13
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br



I – INTRODUÇÃO:

• Rm 5:20 – “A GRAÇA DO SENHOR SEMPRE NOS ENCONTRARÁ POBRES E NOS DEIXARÁ DEVEDORES, PORQUANTO SEMPRE TEREMOS UMA DÍVIDA IMPAGÁVEL COM DEUS!”


II – A ORAÇÃO DE UM PECADOR ARREPENDIDO:

• Repreendido por Natã devido ao gravíssimo pecado, Davi não se fez de inocente. De imediato, confessou: “PEQUEI CONTRA O SENHOR” – II Sm 12:13a. Passemos, pois, a estudar e meditar no Salmo 51:

• Esse salmo é uma escada que começa em um poço horrível de lama suja e vai até às alturas de ensolarada alegria, onde brota o cântico do pecador arrependido e perdoado.

• (1) - A SÚPLICA: UM GRITO POR MISERICÓRDIA – Sl 51:1-2 - Davi começou a suplicar a Deus por misericórdia; não procurou desculpas para justificar o seu ato; não pediu inocência, tampouco lançou a culpa sobre outros. Uma vez que sabe que não merece perdão, Davi primeiro roga por misericórdia, com base na bondade divina. De acordo com esta misericórdia, rogou ao Senhor que lhe apagasse as transgressões; ainda implorou que o Senhor lhe lavasse a terrível iniqüidade e o purificasse do horrendo pecado.

• (2) - A CONFISSÃO – Sl 51:3-6 – “EU CONHEÇO AS MINHAS TRANSGRESSÕES” – Amargurado, Davi confessa reconhecer as suas transgressões, pois o seu pecado está continuamente diante de si. Ao mesmo tempo, reconhece a tendência universal para o pecado, mas não se desculpa com base nisso. A profundeza da sua confissão está visível no seu desejo de descobrir o íntimo e o escondido do seu ser. Quando alguém peca, o faz contra Deus, que jamais terá o culpado por inocente – Na 1:3

• (3) - O CLAMOR PELA RESTAURAÇÃO – Sl 51:10-12 – “APAGA AS MINHAS TRANSGRESSÕES” (Sl 51:1, 9); “LAVA-ME” e “PURIFICA-ME” (Sl 51:2, 7); ou “EXPURGA-ME” (Sl 51:7) - Davi não conhecia o poder purificador do sangue de Jesus. Mas sabia que, quando alguém era considerado imundo ou leproso, precisava, de acordo com a lei, passar pela cerimônia de purificação (Lv 14:4; Nm 19:6). Assim, Davi considerava-se tão imundo, que precisava passar por esse processo.

• Davi começa pedindo purificação externa. Purificar com hissopo e lavar estão relacionados com o ritual. Com o pedido de um coração regenerado e um espírito constante renovado, a ênfase passa para a purificação interior.

• Hoje, na Nova Aliança, “o sangue da aspersão”, ou seja, o sangue de Cristo, purifica as nossas consciências das obras mortas e de todo o pecado – Hb 12:24 cf Hb 9:14; 10:2; I Jo 1:7.

• (A) - Ó DEUS, CRIA EM MIM UM CORAÇÃO PURO – Somente aquele que reconhece o seu pecado é que consegue sentir a sujeira deste na alma. Por isso, Davi arrepende-se de sua transgressão e a confessa. O verdadeiro arrependimento faz com que aborreçamos o pecado.

• (B) – NÃO ME LANCES FORA DA TUA PRESENÇA – Desta forma Davi clamou, porque sentia falta da presença de Deus. Sem a presença do Espírito Santo deixamos de ser espirituais e passamos à condição de meras criaturas; deixamos de ser novas criaturas e retornamos à velha natureza.

• (C) – TORNA A DAR-ME A ALEGRIA DA SALVAÇÃO – Davi clama ao Senhor para que lhe restitua a bênção perdida: A alegria da salvação.


III – O PERDÃO DIVINO:

- O perdão dos pecados é uma prerrogativa divina (Sl 130:4; Dn 9:9).

- Os pecados cometidos contra o Senhor, somente Ele tem o poder de perdoar (At 8:22).

- O perdão divino está alicerçado sobre a misericórdia, a bondade e a veracidade de Deus (Ex 33:18-23; 34:6-9).

- O perdão dado por Deus é completo (Sl 51:1, 9; 103:12; Is 38:17; 43:25; Mq 7:19);

- O recebimento desse benefício deve criar o senso de temor em nossos corações (Dt 29:16-20; II Rs 24:1-4; Jr 5:1-7; Lm 3:41-42).


IV - O QUE ACONTECEU COM NOSSOS PECADOS?

- (1) - FORAM ANIQUILADOS, APAGADOS, DESFEITOS (Is 44:22)

- (2) - FORAM AFASTADOS, REMOVIDOS DE NÓS (Sl 103:12)

- (3) - DEUS OS LANÇOU PARA TRÁS DE SI (Is 38:17)

- (4) - FORAM LANÇADOS NAS PROFUNDEZAS DO MAR (Mq 7:18-19)

- (5) – FORAM ESCONDIDOS COMPLETAMENTE (Jr 5:20)

- (6) - FORAM ESQUECIDOS PARA SEMPRE (Is 43:25; Jr 31:34; Hb 8:12; 10:16-17)

- Cf Apc 7:13-14; 12:11


V – O COMPROMISSO DIANTE DO PERDÃO DIVINO:

• Após sentir-se perdoado, Davi promete a Deus fazer algo que ficara impedido de realizar por causa de sua transgressão:

• (1) – ENSINAR AOS TRANSGRESSORES – Sl 51:13 – Tendo experimentado o que é transgredir a lei divina, o salmista assume o compromisso de levar os transgressores a aprender os caminhos do Senhor, e a se converterem de seus pecados. Este voto de testemunhas aos outros dá evidências do perdão recebido por Davi e sua natureza modificada.

• (2) – UM PARÊNTESE DE TEMOR – Sl 51:14 – Atingido pelo medo de voltar a pecar, Davi abre um parêntese na sua oração e pede a Deus que o livre dos crimes de sangue. Está claro que a morte de Urias continuava a ferir-lhe a consciência.

• (3) – LOUVOR A DEUS – Sl 51:15 – Davi pediu a Deus que abrisse os seus lábios para que a sua boca pudesse entoar louvores ao Senhor.


VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Quando um servo de Deus cai, principalmente em se tratando de um líder, o diabo, os demônios e todo inferno festejam. Entretanto, quando um filho de Deus se arrepende sinceramente, o Senhor estende sobre ele o manto do perdão, havendo grande alegria no céu. O arrependimento nos leva ao perdão de Deus. Nem o adultério, nem assassinato ou qualquer outro tipo de pecado estão acima da misericórdia divina.


FONTES DE CONSULTA:


• Lições Bíblicas CPAD – 3º Trimestre de 1997 – Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima


• Comentário Bíblico Devocional V.T. – Editora Betânia – F. B. Meyer


• Comentário Bíblivo Moody – Vol 2 – Imprensa Batista Regular – Charles F. Pfeiffer e Everett F. Harrison


• Teologia Elementar – E. H. Bancroft – Imprensa Batista Regular

29 de nov. de 2010

4º TRIMESTRE - LIÇÃO Nº 10 - 05/12/2010 - "O MINISTÉRIO DA INTERCESSÃO"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 10 - DATA: 05/12/2010
TÍTULO: “O MINISTÉRIO DA INTERCESSÃO”
TEXTO ÁUREO – Ef 6:18
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Gn 18:23-29, 32-33
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/



I – INTRODUÇÃO:

• Lc 11:5-13 - "Um amigo meu" - O pão não era para quem o pedia, mas para um seu amigo viajante. Desta forma, um intercessor é AQUELE QUE TOMA O LUGAR DE OUTRA PESSOA OU QUE PLEITEIA A CAUSA DE OUTREM.

• I Ts 5:17 – A oração é tarefa de todo cristão, mas a intercessão como ministério (não como tarefa), é para poucos.


II - CARACTERÍSTICAS DE UM INTERCESSOR:

• Ez 22:30 – Deus diz que buscou entre o povo de Israel um intercessor, alguém que se colocasse na brecha pelo povo frente a Ele, e não encontrou.

• O que Deus procura em alguém para considerá-lo em condição de estar na brecha?

• O que faz com que uma pessoa se torne um intercessor eficaz diante de Deus como Moisés e Samuel, reconhecidos pelo próprio Deus como intercessores do Antigo Testamento (Jr 15:1).

• A seguir veremos algumas características necessárias a um intercessor:

• (1) - FAZ DA ORAÇÃO UMA PRIORIDADE (At 6:4).

• (2) - TEM A ORAÇÃO COMO UM DEVER (Lc 18:1).

• (3) - PERSEVERA EM ORAÇÃO ATÉ QUE OS CÉUS SE ABRAM E A RESPOSTA VENHA (Is 62:6-7).

• (4) - NÃO TEM DÚVIDA A RESPEITO DA RESPOSTA; POR ISSO, PERSEVERA, SEM ESMORECER, SEM DESANIMAR (Nm 32:11-12).

• (5) – TEM CORAGEM PARA ESTAR NA BRECHA (Ne 4:6-9) - São os que lutam contra o inimigo, fazem a guarda para que os demais continuem animados para trabalhar; não se preocupam com a festa, pois a função deles é guardar; e, se o inimigo vem, formam a linha de frente. Por isso não são muitos.

• (6) - FAZ TUDO COM ZELO E DILIGÊNCIA – Jr 48:10 - Intercessor negligente, como qualquer outro ministério, atrai maldição; precisa ser cortado.

• (7) - É O PRIMEIRO A PERCEBER OS RISCOS ESPIRITUAIS – Is 62:6 - Soa o alerta; evita o pior: a destruição.

• (8) - É SUBMISSO ÀS AUTORIDADES SUPERIORES - Um intercessor que quer fazer oposição, orar numa direção diferente da proposta pelo líder, traz mais prejuízo do que o inimigo. É como um feiticeiro no meio do povo (I Sm 15:22-23).

• (9) – TEM AMOR - Quem não ama não pode interceder.

• (10) – IDENTIFICA-SE COM O INTERCEDIDO - Muitas vezes o intercessor sentirá exatamente o que sente a pessoa por quem ora. Essa identificação é o combustível para o seu amor. Ela o ajuda a entender e a consagrar-se a intercessão. O intercessor começa a orar pelos pecadores e as vezes sente como se ele mesmo estivesse indo para o inferno.

• (11) – TEM COMPAIXÃO – Um mover de compaixão (ato de fazer bem) no espírito sempre desencadeia uma grande manifestação do Espírito Santo - Rm 12:15; I Pe 3:8-9. A compaixão deve ser exercida:

• (A) - Aos aflitos (Jó 6:14; Hb 13:3);

• (B) - Aos castigados (Is 22:3; Jr 9:1);

• (C) - Aos fracos (II Cor 11:29; Gl 6:2);

• (D) - Aos santos (I Cor 12:25-26); e

• (E) - Promessas àqueles que demonstram compaixão - Pv 19:17; Mt 10:42


• (12) – É PERSEVERANTE – A oração intercessória requer constância, persistência, intensidade, perseverança.

• (13) – É OUSADO – A intercessão exige coragem, disposição, fervor, galhardia, confiança, intrepidez, ousadia. Ousadia diante de Deus, dos homens e de Satanás, opositor das nossas orações. Nenhum tímido ou covarde se colocará diante de Deus a favor dos homens, tampouco diante dos homens a favor de Deus, porquanto o tímido ou o covarde  jamais lutará até alcançar vitória contra Satanás.

• (14) – TEM DISCERNIMENTO – Isto é, a habilidade especial de se conhecer com segurança se certo comportamento é Divino, humano ou satânico; é agudeza de julgamento, o poder de perceber diferenças entre coisas ou ideais, bem como sua conexão. O Espírito Santo em nós é aquele que dá esse discernimento.


III - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Nas numerosas orações intercessórias da Bíblia, os santos de Deus intercediam...

• (1) - para que Deus sustasse o Seu juízo (Gn 18.23-32; Nm 14.13-19; Jl 2.17).

• (2) - que restaurasse o Seu povo (Ne 1; Dn 9);

• (3) - que livrasse as pessoas do perigo (At 12.5,12; Rm 15.31);

• (4) - que abençoasse o Seu povo (Nm 6.24-26; 1Rs 18.41-45; Sl 122.6-8).

• (5) - para que o poder do Espírito Santo viesse sobre os crentes (At 8.15-17; Ef 3.14-17);

• (6) - para que alguém fosse curado (1Rs 17.20-23; At 28.8; Tg 5.14-16);

• (7) - pelo perdão dos pecados (Ed 9.5-15; Dn 9; At 7.60);

• (8) - para Deus dar capacidade às pessoas investidas de autoridade, para governarem bem (1Cr 29.19; 1Tm 1.1,2);

• (9) - pelo crescimento na vida cristã (Fp 1.9-11; Cl 1.10,11);

• (10) - por pastores, para que sejam capazes (2 Tm 1.3-7);

• (11) - pela obra missionária (Mt 9.38; Ef 6.19,20);

• (12) - pela salvação do próximo (Rm 10.1); e

• (13) - para que os povos louvem a Deus (Sl 67.3-5).

• Qualquer coisa que a Bíblia revele como a perfeita vontade de Deus para o Seu povo pode ser um motivo apropriado para a oração intercessória.


FONTES DE CONSULTA:

A Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD

Estudo Bíblico : Intercessão, de Emanuel Adriano Siqueira

Estudo Bíblico: O Que Você Precisa Saber Sobre Intercessão - Pastor Claudio Santilli

22 de nov. de 2010

4º TRIMESTRE - LIÇÃO Nº 09 - 28/11/2010 - "A ORAÇÃO E A VONTADE DE DEUS"

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 09 - DATA: 28/11/2010
TÍTULO: “A ORAÇÃO E A VONTADE DE DEUS”
TEXTO ÁUREO – Jo 15:7
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jo 14:13-17; 15:7; I Jo 5:14-15
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
e-mail: geluew@yahoo.com.br
blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/



I – INTRODUÇÃO:

• Em geral...

• Ficamos felizes quando Deus, imediatamente, responde “SIM”;

• Ficamos muito aborrecidos, quando Ele responde: “NÃO”; e

• Ficamos precipitados, ansiosos, impacientes e duvidamos da ação Dele em nossas vidas, durante o tempo em que Ele determina: “ESPERE”!


 • PORÉM, UM HOMEM QUEBRANTADO E SUBMISSO EM SUA PRÓPRIA VONTADE, SE TORNARÁ UM FORTE COM DEUS!


II – AS RESPOSTAS ÀS ORAÇÕES SÃO CONDICIONAIS:

• (A) - Jo 14:13-14 – “E TUDO QUANTO PEDIRDES EM MEU NOME EU O FAREI, para que o Pai seja glorificado no Filho. SE PEDIRDES ALGUMA COISA EM MEU NOME, EU O FAREI".

• A resposta à oração é prometida aos que crêem em Jesus;

• Nesta passagem, pedir em nome de Jesus é pedir qualquer coisa que temos a certeza de ser do agrado dEle; Jesus diz para os Seus discípulos que o Pai lhes dará qualquer coisa que pedirem em Seu nome, “a fim de que o Pai seja glorificado no Filho”.


• (B) - Jo 15:3, 7 – “Vós já estais limpos, pela PALAVRA que vos tenho falado... se vós estiverdes em mim, e as minhas PALAVRAS estiverem em vós, PEDIREIS TUDO O QUE QUISERDES, E VOS SERÁ FEITO”.

• A expressão “PALAVRA”, (no singular - v. 3), é “LOGOS” = O ENSINO DE JESUS COMO UM TODO.

• Já a expressão “PALAVRAS” (no plural - v. 7), é “RHEMATA” = OS PRONUNCIAMENTOS INDIVIDUAIS QUE COMPÕEM O ENSINO DE JESUS.

• Desta forma, a mesma promessa de Jo 14:13-14 é feita aqui, só que agora aos que permanecem nEle e em cujo coração as Suas "PALAVRAS", isto é, “OS PRONUNCIAMENTOS INDIVIDUAIS QUE COMPÕEM O ENSINO DE JESUS", têm residência permanente.


• (C) - Jo 15:16 – “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça; A FIM DE QUE TUDO QUANTO EM MEU NOME PEDIRDES AO PAI ELE VO-LO CONCEDA”.

• Novamente é feita a promessa da oração respondida ao discípulo que permanece unido a Jesus, assim como o ramo frutífero está ligado à videira. Este discípulo pode usar o nome eficaz de Jesus com confiança na presença do Pai. Jesus vive na vida de Seus discípulos e ora com seus corações e através dos seus lábios.


• (D) - Jo 16:23-24 – “E naquele dia nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que TUDO QUANTO PEDIRDES AO MEU PAI, EM MEU NOME, ELE VO-LO HÁ DE DAR. Até agora nada pedistes em meu nome; PEDI, E RECEBEREIS, PARA QUE O VOSSO GOZO SE CUMPRA”.

• “Naquele dia” - isto é, quando Jesus tivesse voltado da morte e os Seus discípulos tivessem a certeza de que Ele estava morando neles, através do Espírito – não pediriam nada; fariam os pedidos diretamente ao Pai, em nome de Jesus, e receberiam o que pedissem.


Resumindo: POR MAIS GERAIS E INCONDICIONAIS QUE PAREÇAM SER ESSAS PROMESSAS BÍBLICAS, O FATO É QUE ELAS NÃO DEIXAM DE TER SUAS CONDIÇÕES. 

A respeito disso, podemos apresentar:

• (1) – A RESPOSTA A UMA ORAÇÃO DEPENDE DO CARÁTER DE DEUS – Ele jamais haverá de negar a Sua própria natureza, a Sua santidade, a Sua bondade, a Sua vontade, a fim de responder às orações de uma criatura que não tem conhecimento adequado da verdadeira natureza de Deus. Estes versículos, portanto, subtendem que a resposta às nossas orações serve de um agente que redunda na glória de Deus. O Senhor, sob hipótese alguma, responderá àquela modalidade de oração que é contrária à Sua glória; e isso pelo motivo muito simples: qualquer coisa que seja contrária à glória de Deus na realidade é defeituosa quanto à Sua bondade intrínseca, ou é mesmo positivamente má, ou pelo menos, na realidade, é destituída de qualquer autêntico valor espiritual.


• (2) - A ORAÇÃO TAMBÉM DEVE SER FEITA EM NOME DE JESUS - Essa verdade pode ser desdobrada nos seguintes subpontos:

• (2.1) - Isso não significa que às nossas orações precisemos meramente acrescentar o nome de Cristo, como parte de uma fórmula litúrgica.

• (2.2) - Mas significa que nossas orações devem ser levantadas, antes de tudo, por pertencermos a Cristo, por havermos recebido o Seu nome, por estarmos identificados com Ele, por sermos, finalmente, discípulos Seus, que gozam de uma relação integral com Ele.

• (2.3) - Além disso, essa expressão, “em nome de Jesus”, quer dizer que aquilo que solicitamos do Pai está de acordo com os Seus desígnios e propósitos, promovendo a Sua glória, direta ou indiretamente, ou mesmo o avanço espiritual do crente que ora, a fim de que esse crente se torne mais semelhante ao Seu Senhor e Mestre.

• (2.4) – “Em nome de Jesus” é expressão que, provavelmente, também se aplica àquelas orações que resultam dos impulsos do Seu Espírito Santo, o qual é outorgado aos remidos com o fito de orientá-los em sua caminhada de volta ao Senhor. Somente aqueles que estão verdadeiramente imersos no Espírito de Cristo é que sentirão a inclinação de orar por aquelas coisas que realmente são espiritualmente benéficas, para eles mesmos ou para os seus semelhantes, contribuindo para o progresso da causa de Jesus Cristo neste mundo. Essas são as orações que Deus responde incondicionalmente.

• (2.5) - Essa expressão, “em nome de Jesus”, também deve forçosamente incluir a ideia que tais orações são oferecidas na confiança que temos na pessoa de Cristo.

• (2.6) - De modo geral, por conseguinte, a ideia de orarmos em nome de Jesus envolve o conceito inteiro de nossa comunhão ou intimidade espiritual com Ele, quando há uma participação que gradualmente se vai tornando mais profunda em sua própria natureza moral e metafísica, e, por conseguinte, quando tal crente está interessado exclusivamente na glória de Deus, em Sua obra e propósitos, em Seus planos e desígnios, porque, mui naturalmente, confia nEle.


• (3) – UMA NATUREZA EGOÍSTA JAMAIS SERÁ INCONDICIONALMENTE RESPONDIDA – Isto porque, se um homem faz um rogo egoístico, não precisa esperar qualquer coisa da parte de Deus – Tg 4:3.


• (4) - A MELHOR RESPOSTA PARA ALGUMAS ORAÇÕES É “NÃO” – Há homens espiritualmente débeis que não sabem do que realmente necessitam, e nem o que devem fazer.


• (5) – CADA INDIVÍDUO TEM UM DESTINO A CUMPRIR, AGORA E POR TODA A ETERNIDADE - A oração deve cooperar com esse caráter sem-par do homem, operando em seu favor o que é melhor para ele, para que possa cumprir sua missão. Jovens solteiros, talvez possam melhor cumprir suas missões nesse estado. Eles oram, pedindo um cônjuge, mas seus destinos não concordam com isso. Um homem ora, pedindo dinheiro e poder, mas, talvez, viesse a abusar do privilégio. Sua missão, talvez, requeira que ele lute pela sua sobrevivência material – Apc 2:17.


• (6) – OS SOFRIMENTOS PODEM TORNAR-SE NECESSÁRIOS PARA O DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL - Seria um obstáculo, pois, estar insento de sofrimento, pelo que a oração pedindo sua remoção não será ouvida em tal caso.


•  Talvez, o mais profundo e poderoso momento na vida de oração de Jesus tenha aconecido no Monte das Oliveiras. Aproximava-se a hora de Jesus encarar a morte. Ele sabia que teria de suportar os pecados das pessoas de todas as gerações. Sob estas circunstâncias, Jesus orou: "Meu Pai, SE POSSÍVEL, passa de mim este cálice, todavia, NÃO SEJA COMO EU QUERO, MAS COMO TU QUERES" - Mt 26:39


• Desta forma, a oração pode realizar quatro importantes tarefas no sofrimento:


• (A) - Nos livra daquilo que nos faz sofrer. Deus, a Seu tempo, proporcionará uma grande vitória em nossas vidas. Ficamos livres de nosso sofrimento pelo poder de Deus, obtido na oração.


•  (B) - A oração derrama a graça de Deus sobre nós em nosso sofrimento. Aquela graça que nos capacita a suportar o sofrimento.


•   (C) - A oração nos entrega nas mãos do conforto de Deus - Mt 5:4


•  (D) - Quando sofremos, a oração derrama o caráter de Deus sobre as nossas vidas. 


• (7) – HÁ O ELEMENTO TEMPO - A vontade de Deus atua seguindo um cronograma. Podemos ir mais ligeiros que Deus. Uma oração que poderia ser ouvida amanhã não será atendida hoje.


• (8) – UM ELEVADO DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL TEM DE ACOMPANHAR UM PODEROSA VIDA DE ORAÇÃO - Contudo, a oração, por si mesma, em qualquer estágio do desenvolvimento espiritual, ajuda a desenvolver espiritualmente ao crente, e muitas orações, mesmo aquelas feitas pelos espiritualmente fracos, são miraculosamente respondidas.


III - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

• Referindo-se às grandiosas promessas contidas nos versículos analisados, esses são os tipos de passagens bíblicas ante as quais tropeçam muitas pessoas, posto que as promessas são grandes, vastas, enfáticas e ilimitadas.

• Quando passamos nossas experiencias, os resultados reais parecem escassos, desapontadores e, de maneira alguma, parecem estar à altura do que se esperava. Vejamos:

• Foi-nos recomendado...:

• (1) – “Pedi e recebereis” - De fato pedimos, mas, muitas vezes, ficamos de mãos vazias;

• (2) – “Buscai e encontrareis” - E realmente, fazemos nossos apelos para Deus, mas, às vezes, resulta em nada.

• Assim, usualmente, os primeiros problemas religiosos e as primeiras perplexidades que irrompem na mente cristã, surgem nesse ponto, ou nas suas cercanias. Por isso, só a confiança em Deus é capaz de comunicar paz à alma e transformar as incertezas de hoje em segurança futura - Jr 17:7; Sl 34:6-9; 118:8-9; Pv 16:20.


•  A verdadeira oração é submissão à vontade de Deus. Uma pessoa não pode verdadeiramente adentrar à câmara secreta da oração com reservas de sua própria vontade. O verdadeiro homem ou mulher de oração adentrará àquela câmara com as palavras de Jesus: "... TODAVIA, NÃO SEJA COMO EU QUERO, MAS COMO TU QUERES".


• Amém.


FONTES DE CONSULTA:

• Champlin, R. N. – O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Editora Candeia

• Bruce, F. F. – João, Introdução e Comentário – Editora Mundo Cristão

• Boyer, Orlando – A Espada Cortante Vol. 2 – CPAD

• McNair, S. E. – A Bíblia Explicada - CPAD

•  Tippit, Sammy - O Fator Oração - JUERP