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23 de mai. de 2009

LIÇÃO N° 09 - 31/05/2009 - "A IMPORTÂNCIA DA SANTA CEIA"

IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM ENGENHOCA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL LIÇÃO 09 - DIA 31/05/2009 TÍTULO: “A IMPORTÂNCIA DA SANTA CEIA” TEXTO ÁUREO – I Cor 11:26 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Cor 11:23-32 PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
  • I – INTRODUÇÃO:
  • A Ceia do Senhor foi instituída na noite em que Jesus foi traído. Tem como elementos o pão e o vinho, que simbolizam, respectivamente, o corpo e o sangue do Senhor. Constitui-se num sermão dramático por lembrar-nos, através de palavras e atos, a paixão e morte de Cristo. A Ceia do Senhor possui duas mensagens centrais: É memorial e profética (I Cor 11:26). É conhecida também como a comunhão, por levar o crente a participar da natureza de Cristo e do conforto espiritual da congregação.
  • II – LINHAS DE PENSAMENTOS SOBRE A CEIA DO SENHOR:
  • Existem algumas linhas de pensamento sobre a Ceia do Senhor, como veremos abaixo:
  • I Cor 11:24 – “Isto é o meu corpo” - Os teólogos católicos estabelece­ram, com base nesta afirmação de Jesus, o dogma da transubstanciação, segundo o qual, na hora da Santa Ceia, o pão se transforma em corpo de Cristo. As palavras "isto é meu corpo" e "meu sangue" são apenas metáforas, pois Jesus estava em pessoa com os discípulos ao distribuir o pão e o vinho (l Co 5.8 - onde Paulo fala sobre o pão "da sinceridade e da verdade").
  • 1 - TRANSUBSTANCIAÇÃO - Significa "transformação da substância." É a crença de que o pão e o vinho, mediante um milagre, tornam-se literal­mente no corpo e no sangue de Jesus, mantendo somente a aparência de pão e vinho, o que os leva a adorar estes elementos. Este dogma foi aprovado pela Igreja Católica no Quarto Concílio de Latrão, em Roma, em 1215 e depois confirmado pelo Concílio de Trento em 1551. A tese foi ensinada inicialmente por Pascásio Radberto, em seu tratado De Corpore e sangue Domini, argumentan­do que, na Ceia do Senhor, quando o sacerdote abençoa o pão e o vinho, estes transformam-se em corpo e sangue literais de Jesus, recebendo-se, desta forma, o alimento da imortalidade. Baseados nisto, não dão vinho para os fiéis, pois o corpo já tem, em si, o sangue de Cristo. Ora, se o pão se transforma em corpo, porque então Jesus disse: "Isto é o meu corpo"? E, o que dizer destas suas expressões: "Eu sou o caminho", "eu sou a porta,"etc? Por acaso o Senhor, por ter assim se referido a si mesmo, transforma-se, por acaso, num caminho ou numa porta literal? Também não podemos esquecer que quando Jesus disse "Isto é o meu corpo", Ele estava ali presente em pessoa e o pão não poderia ter-se transformado no corpo de Cristo, pois, repita-se, Jesus, pessoalmente, estava ali ministrando a Santa Ceia. Logo, fica claro que nenhuma comunidade evangélica poderia estar de acordo com essa teoria, que erra por se apegar à letra que mata, e não ao espírito que vivifica (II Cor 3.6). Muito cuidado, pois, com a interpretação das Sagradas Escrituras. Usar um texto fora do seu contexto é um perigoso pretexto.
  • 2 - CONSUBSTANCIAÇÃO – O teólogo inglês, John Wyclif (Wyclife), em 1379, combateu a doutrina da transubstanciação, defendendo a consubstanciação. Significa que o corpo e o sangue de Cristo se unem às substâncias do pão e do vinho. Não são literalmente o pão e o vinho, mas estão presentes. A idéia consiste de que o pão e o vinho continuam sendo pão e vinho, mas depois de abençoados recebem uma virtude que é transferida aos comungantes, o que chamam de "graça inerente." Não cremos assim, porque muitos dos que participam da ceia do Senhor, comem e bebem para a sua própria condenação.
  • Os católi­cos romanos ensinam a transubstanciação; os luteranos e muitos anglicanos (ou episco­pais) ensinam a consubstanciação.
  • 3 - MEMORIAL – É a que aceitamos como fundamentalmente bíblica. Jesus ao instituir a santa ceia, disse: "Fazei isto em memória de mim" (Lc 22.19; I Cor 11.24,25).
  • 4 - SACRAMENTOS – Refere-se à idéia de que a Ceia do Senhor transmite graça espiritual ou salvífica a quem dela participa.
  • 5 - ORDENANÇAS – Esta palavra apenas sugere que a Santa Ceia foi ordenada pelo Senhor. Entretanto, não é um meio de salvação para aqueles que participam do cálice e do pão.
  • Importante observar que as teses não aceitas pelas igrejas genuinamente evangélicas, não só carecem de apoio bíblico, como associam idéias prejudiciais à fé cristã. Os defensores de tais doutrinas consideram a ceia e o batismo meios pelos quais os fiéis podem obter a salvação. Consideram ainda que "assim como o pão e o vinho nutrem o corpo, a carne e o sangue de Cristo nutrem a alma". Ora, se crêem que existem graça e virtude espiritual nesses elementos por transformação ou inerência, é lógico aceitarem que por eles se obtém a salvação. Veja que perigo traz uma heresia aparentemente inofensiva.
  • O SIGNIFICADO DA EXPRESSÃO: “O NOVO TESTAMENTO NO MEU SANGUE” – I Cor 11:25 - Significa o novo pacto que o Pai Celestial estabeleceu conosco com base no sangue de seu Amado Filho. Pois o Velho Testamento estava apoiado no sangue de bodes, bezerros, etc. Mas o Novo Testamento apoia-se unicamente no sangue de Jesus.
  • III - OS EFEITOS DA MORTE DE CRISTO:
  • a) No inferno: Satanás, após haver sido despojado, viu-se repentinamente sem as chaves da morte e do inferno (Cl 1:25; Apc 1:18);
  • b) No céu: Com a morte de Jesus, foi introduzido um novo cântico do Cordeiro, e a glória do Senhor foi maravilhosamente acrescentada (Apc 5:9);
  • c) No Universo: Houve uma reconciliação das coisas que estão embaixo com as que estão em cima (Ef 1:10);
  • d) No coração do homem crente: Foi erradicado o vírus do pecado e abriram-se-lhe as portas do Paraíso de Deus (Lc 23:43).
  • IV – A CEIA DO SENHOR ENVOLVE RESPONSABILIDADE:
  • I Cor 11.27-34 - Que significa participar da Ceia do Senhor de maneira indigna? Por certo isso não significa que tenhamos de ser dignos como pessoas, visto que nenhum de nós é capaz de relacionar-se com Deus à parte de Cristo. O que está em pauta é a indignidade de atitude e conduta. Todos somos pecadores, mas os que se têm renovado na atitude mental e revestido "do novo homem, que, segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade" (Ef 4.23-25),estão na posi­ção de candidatos à mesa do Senhor. Mas os que abrigam pecados, quer grosseiros e carnais, quer pessoais e sutis, precisam, primeiramente, de purificação (l Jo 1.7,9). Diante de tão forte advertência, é importante que examinemos a nós mesmos antes de comer o pão e beber do cálice. Mas, ao comermos e bebermos, devemos reconhecer "o corpo do Senhor". (l Co 10.16,17).
  • V – CONSIDERAÇÕES FINAIS:
  • Quando participamos da Ceia do Senhor, lembramo-nos de duas coisas importantíssimas:
  • 1) Cristo morreu e ressuscitou. Aí reside toda a força de nossa redenção; e
  • 2) Um dia Ele voltará para nos levar à casa que nos preparou. Nisto encontra-se toda a nossa esperança.
  • A Santa Ceia, por conseguinte, não é uma mera formalidade. Mas um memorial e um alerta para todo o povo de Deus. FONTES DE CONSULTA:
  • Lições Bíblicas CPAD – 2º Trimestre de 1992 – Comentarista: Geziel Nunes Gomes
  • Doutrinas Bíblicas – Uma Perspectiva Pentecostal – CPAD – William W. Menzier e Stanley M. Horton