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10 de abr. de 2009

LIÇÃO N° 03 - 19/04/2009 - "PARTIDARISMO NA IGREJA"

IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM ENGENHOCA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL LIÇÃO 03 - DIA 19/04/2009 TÍTULO: “PARTIDARISMO NA IGREJA” TEXTO ÁUREO – Sl 133:1 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: I Cor 1:10-13; 3:1-6
PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO

I – INTRODUÇÃO: · I Cor 1:11 - Contendas e facções são obras do Inimigo para debilitar a obra de Deus e enfraquecer a Igreja. Tal situação é tão grave, que o apóstolo Paulo (que nessa ocasião encontrava-se em Éfeso) ocupou os quatro capítulos iniciais da Primeira Epístola aos Coríntios para tratar do assunto.

II - A NATUREZA DAS FACÇÕES EM CORINTO: · As contendas na Igreja de Corinto vi­nham das facções, ou grupos rivais, que eles mesmos haviam formado em torno de seus obreiros prediletos. Essas divisões provinham da carnalidade e da imaturidade espiritual.

· A igreja, via de regra, é acossada por males que vêm de fora, mas aqui temos uma série de malefícios que surgem de dentro. Oremos ao Senhor, e esforcemo-nos para que nenhum de nós sejamos conta­dos como divisionistas na Sua Igreja, ou que contribuamos para isso, porque Deus não nos terá por ino­centes.

1. As origens do partidarismo na igreja – I Cor 1:12-13; 3:4-5 - As facções giravam em torno de obreiros preferidos (l Co 1.12,13; 3.4,5). É nosso dever honrar, respeitar, prezar e amar os obreiros do Senhor, mas não fazer deles ídolos, nem deles formar grupos na congregação. As origens dessas divisões são como as raízes das plantas: ocultas. E a Bí­blia fala da raiz que produz fel de absinto (Dt 29.18; Hb 12.15). Fatores contribuintes:

a) A mesclagem de raças - Corinto era uma cidade cosmopolita de gran­de porte, com costumes, tradições e influências das mais variadas partes do mundo. b) As diferenças sociais entre os crentes de Corinto (I Cor 1.26; 11.21-22) -Esses e outros fatores não devem jamais motivar o cristão a ser contencioso, como acontecia naque­la igreja. Ali, a contenda ocorria também nos cultos, inclusive na Ceia do Senhor (I Cor 11.17-19). 2. Os grupos rivais da igreja de Corinto - I Cor 1.12 - Eram quatro esses grupos, ou facções, que o após­tolo expõe:

a) O grupo dos fundadores – I Cor 1:12 - Esse grupo gloriava-se em autoproclamar-se como o grupo de Paulo. Eles jacta­vam-se da liberdade cristã em rela­ção à lei judaica, e assim excediam-se em nome da liberdade como mui­tos cristãos continuam a fazer nos dias de hoje. Como bandeira de seu grupo, usavam indevidamente o nome do apóstolo. b) O grupo dos intelectuais – I Cor 1:12; 3:4 - Apolo era um pregador, talvez, mais eloquen­te que Paulo (At 18.24-28; l Co 2.1; 2 Co 10.10). Era um intelectual fervoroso de espírito. c) O grupo dos tradicionais – I Cor 1:12 - O uso do termo aramaico “Cefas” (equivalente ao grego Pedro) pode sugerir que esta facção fosse formada de judeus cristãos. Certamente espelhavam-se em Pedro por ser este um dos primeiro seguidores de Jesus. Não consta na Bíblia que Pedro tenha trabalhado em Corinto, mas a sua popularidade chegara até lá através desses possíveis conversos judeus. É um fenômeno que se repete hoje. Mesmo que um obreiro não visite ou trabalhe em determinado lugar, pode se tornar bem conhecido ali por outros meios. d) O grupo exclusivista – I Cor 1:12 - Nenhum obreiro era aceito por eles; só Cristo. Nisso estava o seu grande erro. Eram exclusivistas; adeptos do perfeccionismo e do pietismo. Os discípulos de Jesus tinham falhas. O Senhor o sabia, mas os aceitou mesmo assim; trabalhou em suas vidas e os melhorou. Mais tarde, uma vez o Mestre assunto aos céus, eles receberam o poder Espírito Santo e continuaram a fazer a obra do Senhor. As outras facções vincularam-se a homens, mas este grupo só admitia um líder: Cristo. Entretanto, se o próprio Cristo viesse a dirigi-los em pessoa, eles O rejeitariam. III - A CAUSA DAS FACÇÕES: 1. Havia carnalidade em Corinto – I Cor 3:1, 3 - Corinto era uma Igreja pentecostal, mas havia permitido que o “velho homem” prevalecesse em detrimento da nova natureza implantada pelo Espírito Santo (II Cor 5:17).O crente precisa ser possuído integralmente pelo Espírito Santo: espírito, alma e corpo. O mesmo Espírito que manifesta poder no crente quer operar, antes de mais nada, a santidade em nossa vida (Ef 5.9; At 11.24a).

2. Faltava maturidade espiritual em Corinto - I Cor 3.1-2 - Imaturidade espiritual crônica é um dos maiores obstáculos na vida espiritual do crente. Instituições como creches e jardins de infância precisam de rotina, disciplina, vigilância, supervisão e primeiros socorros. Mas as crianças crescem e logo tudo muda. Elas vão para outras séries, em busca de conhecimentos mais sólidos. No sentido espiritual, nem sempre isso acontece – I Cor 3:1 cf I Pe 1:5-7; II Pe 2:2.

3. Inobservância da doutrina bíblica - At 18.11; I Cor 11.2; 4.7 - Os crentes de Corinto haviam sido doutrinados. Mas continuavam alheios ao ensino da Palavra como a ressurreição (I Cor 15.12). Eles davam-se à fornicação (I Cor 5.l); tinham comunhão com os incrédulos e envolviam-se com a idolatria (II Cor 6.14-17). Eles ainda não tinham compreendido que o equilíbrio, a perenidade, o crescimento e a ortodoxia de uma igreja ou congregação local dependem, grandemente, do conhecimento e da observância das doutrinas bíblicas. A Palavra de Deus deve ser rigorosamente observada.

IV - A CURA DA DESUNIÃO ENTRE OS CRENTES: 1. Reconhecer o senhorio de Cristo – I Cor 3:22-23; 11:3b – Devemos reconhecer e submetermos a esse senhorio, isto é, a Cristo, o qual pertence a Deus como Filho Eterno e nosso Mediador. Aqui, acha-se compreendida a relação entre as pessoas da Trindade.

2. Reconhecer que as divisões fracionam a igreja como corpo de Cristo – I Cor 3:9, 17 - E quem as promove pode sofrer o julgamento divino. A divisão é obra do Inimigo (I Cor 12.25). Em Cristo todos somos um.

3. O amor promove e fortalece a união – I Cor 8:1b - Um crente cheio do amor de Deus, promove e fortalece a união entre os outros crentes, pois o amor de Deus é comunicante e apaziguador por natureza.

4. O sangue de Jesus Cristo – I Cor 10:16; Ef 2:13-14; Cl 2:13-14 - O sangue de Jesus que provê a nossa reconciliação com Deus, tem o poder, a virtude, o mérito e a eficácia de promover a paz, a união e a comunhão entre os membros do corpo espiritual de Cristo. Invoquemos, pela fé, o poder do sangue que nos remiu e aproximou-nos de Deus, para que opere a união e a unidade entre os crentes em suas igrejas e congregações locais.

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS: · Facções, grupos e divisões são sempre danosos. Tais males são chamados "obras da carne" em Gl 5.19,20. Aí, o termo traduzido por "heresias" não significa primeiramente aberração doutrinária, mas facção, grupos rivais, divisões. "Carne", nesse caso, é a natureza humana decaída e sempre propensa ao pecado.

· Bom seria termos poder do alto sem aqueles problemas de Corinto. Mas ter problemas sem poder do alto é pior. Busquemos o poder vindo dos céus e evitemos tais problemas em nós mesmos e na Igreja do Senhor. FONTE DE CONSULTA: · Lições Bíblicas – CPAD – 4° Trimestre de 1997 – Comentarista: Antônio Gilberto